Tristeza
por Saul Brandalise Jr. em EspiritualidadeAtualizado em 29/05/2009 11:57:02
Ela, a tristeza, faz parte de nossa vida. Mesmo que você e eu achemos que este estágio momentâneo é ruim, temos que analisar o que está por trás deste sentimento.
Ele, o sentimento, não vem por um acaso. É colheita, quer aceitemos ou não. Faz parte da vida colher dissabores. Eles são frutos de nossos julgamentos, de nossas decisões equivocadas e, principalmente, de nossas omissões. Sim, principalmente de nossas omissões, e de concordarmos com coisas que vão contra nós mesmos.
Parece ser muito mais confortável não decidir. Esperar e achar que assim as coisas acabem, um dia, indo para o lugar certo. Não vão não, se nada fizermos.
Dias atrás me senti assim: triste.
Nada queria fazer. Na realidade, gostaria de ter ido a uma farmácia e lá comprar alguns comprimidos de alegria... Aqueles de dose concentrada e que é só tomar para sentir o efeito de imediato; como se lá, na farmácia, estivesse a solução de todas as nossas dificuldades emocionais.
Algumas pessoas pensam como eu pensei. Claro que estamos equivocados e que as soluções de nossos problemas estão efetivamente em nossas atitudes.
Resolvi mudar meus hábitos... Nada aconteceu porque em cada canto em que eu ia levava comigo a mim mesmo.
Resolvi viajar... Que viagem porcaria... As melhores paisagens, em minha mente, não faziam qualquer sentido. As pessoas que estavam comigo ficavam maravilhadas com tudo o que viam e também até com aquilo que comiam. Eu, por mais que tentasse, não achava graça em nada. O vinho, como se diz na gíria, não descia...
Resolvi meditar. Fui para um local calmo, com muita natureza e uma cachoeira para enfeitar... O barulho da água era um convite ao relaxamento. Respirei fundo, fechei os olhos e me deixei levar abandonando qualquer pensamento...
Opa... descobri logo que havia problemas para serem solucionados e que dependiam exclusivamente de mim e de minhas atitudes. Eu teria que agir -e logo- se quisesse que eles não azedassem além da conta. Fui omisso no passado...
Ato contínuo, para minha surpresa, descobri que a tristeza havia ido embora.
Ela, sem que eu tentasse, apenas com a minha mudança de frequência, acabou fazendo parte do passado. Agora eu queria agir. Era tempo para isso e não havia nada que me fizesse mudar de atitude. Descobri o meu “norte verdadeiro” em poucos minutos.
Assim, pensei depois, a tristeza é um estado de espírito e, portanto, cabe a nós decidir o que fazer com ela. A conclusão é, até certo ponto, óbvia, mas no momento em que somos tomados por sentimentos negativos, queremos tudo: colo, afago, amparo, alguém para nos escutar... mas é preciso nos darmos conta de que precisamos mesmo é de atitudes para eliminarmos os problemas que estão por trás da tristeza. Na realidade, a situação é até um pouco diferente. Precisamos, sim, evitar que a tristeza nos faça companhia. Para isso é fundamental sabermos usar a nosso favor duas pequenas palavras: Sim e Não. Torna-se vital -ainda- não termos postura de omissos, de “esperarmos um pouco para ver o que acontece”...
Jamais dizer sim quando queremos dizer não. Jamais dizer não quando queremos dizer sim... Assim, com esta postura, adeus, tristeza!
Sei que nos veremos
Beijo na alma