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Universo em Colapso

por Acid em Espiritualidade
Atualizado em 04/02/2005 12:30:52


O universo está descontrolado, expandindo-se aceleradamente. Um dia, toda a vida inteligente enfrentará o destino derradeiro: o grande congelamento. E uma civilização avançada teria que embarcar na viagem final: a fuga para um universo paralelo.

Na mitologia norueguesa, o Ragnarok, ou "crepúsculo dos deuses", começa quando a Terra é vítima de uma terrível onda de frio. O próprio céu congela, e os deuses perecem em grandes batalhas travadas contra serpentes malignas e lobos assassinos. A escuridão eterna cai sobre a Terra exposta e congelada, enquanto o Sol e a Lua são devorados. Odin, o pai de todos os deuses, finalmente cai moribundo, e o próprio tempo pára.

Será que essa antiga lenda prevê o nosso futuro? Desde o trabalho de Edwin Hubble na década de ‘20, os cientistas sabem que o universo se expande, mas a maior parte deles acreditava que o processo de expansão se desacelerava à medida que o universo envelhecia. Em 1998, astrônomos calcularam o ritmo da expansão, estudando dezenas de poderosas explosões de supernovas em galáxias distantes, eventos capazes de iluminar o universo inteiro. Eles não acreditaram nos seus próprios dados. Alguma força desconhecida fazia com que as galáxias se distanciassem umas das outras, o que implicava na aceleração da expansão do universo. Brian Schmidt, um dos líderes do grupo, conta: "Eu fiquei balançando a cabeça, sem acreditar, mas havíamos checado tudo. Relutei em dar a notícia a outras pessoas, porque acreditei sinceramente que seríamos massacrados". Os físicos correram aos seus quadros-negros e perceberam que alguma "energia escura" de origem desconhecida, similar à "constante cosmológica" de Einstein, estava agindo como uma força antigravitacional.

Aparentemente, o próprio espaço vazio contém energia escura repulsora em quantidade suficiente para explodir o universo. Quanto mais o universo se expande, mais energia escura existe para fazer com que ele se expanda ainda mais rapidamente, levando a um modelo exponencial de escape. Em 2003, esse resultado surpreendente foi confirmado pelo satélite (Ele é tão sensível que é capaz de fotografar detalhadamente o brilho residual da radiação de microondas deixada pelo big-bang, que ainda circula pelo universo. O satélite resolveu a antiga questão referente à idade do universo: ele tem oficialmente 13,7 bilhões de anos (a margem de erro da estimativa é de 1%).) WMAP(*). Os dados mostraram que a energia escura não é uma ocorrência fortuita, mas que compõe 73% da matéria e da energia de todo o universo. Para tornar o mistério ainda mais profundo, os dados revelaram que 23% do universo consiste de "matéria escura", uma forma bizarra de matéria que é invisível mas que ainda possui peso. Hidrogênio e hélio correspondem a 4%, do universo, e os elementos mais pesados, você e eu incluídos, a apenas 0,03%. A energia escura e a maior parte da matéria escura não consistem de átomos, o que significa que, ao contrário daquilo em que os antigos gregos acreditavam e aquilo que é ensinado em todo curso de química, a maior parte do universo não é composta de átomos.

À medida que o universo se expande, o seu conteúdo de energia se dilui e sua temperatura despenca para valores próximos ao zero absoluto, quando os átomos deixam de se mover. Uma das leis incontornáveis da física é a segunda lei da termodinâmica, que afirma que no fim tudo descamba para a decadência, que a "entropia" (desordem ou caos) total no universo sempre aumenta. Isso significa que o ferro sofre oxidação, nossos corpos envelhecem e desmoronam, impérios caem, estrelas exaurem seu combustível nuclear, e o próprio universo acaba, à medida que as temperaturas descerem uniformemente rumo ao zero (É como Buda já ensinava: Tudo é impermanente.) absoluto(*).

Este artigo foi publicado na Prospect Magazine, com o título O universo vai acabar. Peguei apenas a primeira parte, para poder aprofundar este tema. No futuro analisarei o interessante assunto dos universos paralelos.

MODELO HINDU

Este conhecimento científico é semelhante (pra não dizer igual) ao ensinado nos Vedas (fonte de conhecimento hindu de mais de 5.000 anos). No modelo de criação/destruição hindu (endossado no cap. 8 do Baghavad Gita) vemos que tudo é cíclico. Cada período é chamado de (Equivalente a 4,32 bilhões de anos) Kalpa(*), que se alterna entre o "dia de Brahma", e a "noite de Brahma". O "dia" seria o movimento de expansão (criação) do Universo, e a "noite" a retração (destruição).

Desta forma, um ciclo criativo completo é de 8.64 bilhões de anos solares. A duração parcial da dissolução, durante a qual todos os planetas celestiais, a Terra, e os planetas inferiores são aniquilados, e descansam dentro do abdome do Brahman, é de 4,32 bilhões de anos.

Já a destruição completa da própria matéria do Universo (chamada de "corpo de Brahma") ocorre a cada " (8.64 bilhões x 30 x 12 x 100 = 3.1104×1014 ) 100 anos de Brahma(*)". Neste tempo, a criação material completa entra dentro da terceira essência da manifestação parcial do Absoluto - chamada de MahaaVishnu (ou a origem e o fim total da energia material) - e é aniquilada. Durante a dissolução completa; diz-se que todas as coisas descansam no ventre do Senhor ( (Notem, até mesmo Brahma, que seria a nossa idéia de Deus, é "reciclado". Os hindus estão MUITO à frente de nós em termos de religiosidade metafísica. Quem quiser que se engane achando que eles são idólatras por venerar Vishnu, Krishna e Brahman, que são subprodutos de Brahma, e ainda assim, deuses respeitados por todo hindu. Em termos ocidentais, eles estão como a sarça ardente que apareceu pra Moisés. São Deus, mas é apenas uma parte do TODO manifestado, ou seja, não é o TODO.) MahaaVishnu(*)) até o começo do (mais um período de 3.1104×1014 anos de renascimento e renovação do sistema solar, e de Brahma.) próximo ciclo da criação(*). Na segunda manifestação, as energias do Senhor penetram novamente dentro de todo o universo para criar e dar suporte para toda a diversidade. E na terceira manifestação, o Absoluto espalha-se como a superalma que a tudo penetra nos universos, e fica presente no interior dos átomos em cada uma das células, em tudo, visível ou invisível. De acordo com os Vedas, a criação é um começo sem fim e infinito ciclo, e não há coisa semelhante com a primeira criação.

“Todas as criaturas entram em minha Natureza no final de um Kalpa; e após outro Kalpa, Eu os crio novamente. A organização do cosmos está sob o Meu controle; é pela Minha vontade que ele, repetidamente, volta a se manifestar; e é pela mesma vontade que no fim ele se extingue”.
(Bhagavad Gita 9.7-8)BIG BANG

Mas, voltando à ciência, se o universo está condenado a ser congelado (e não houver o big crunch), então, o que causou o fato de toda a matéria do universo se concentrar em um ponto e desencadear o big-bang, que motivou toda a expansão atual? Essa pergunta continua sem resposta. Considerando que o big-bang foi um fenômeno tão intenso, temos que abandonar a teoria da relatividade geral de Einstein, que forma a estrutura subjacente de toda a cosmologia. A teoria da gravidade de Einstein surge no instante do big-bang, e portanto não é capaz de responder às profundas questões filosóficas e teológicas geradas por aquele evento.

O físico Stephen Hawking, no seu livro “Uma breve história no tempo”, nos esclarece:
"Num universo imutável, um começo no tempo é uma coisa que tem de ser imposta por algum Ser exterior ao Universo; não há necessidade física de um começo. Pode imaginar-se que Deus criou o Universo em qualquer momento do passado. Por outro lado, se o Universo está em expansão, pode haver razões de natureza física para um começo. Podia continuar a imaginar-se que Deus criou o Universo no instante do big-bang, ou mesmo depois, de tal modo que o big-bang nos pareça ter ocorrido, mas não teria qualquer significado supor que tinha sido criado antes do big-bang. Um universo em expansão não exclui um Criador, mas impõe limitações ao momento do desempenho da Criação!
A Igreja Católica tinha cometido um grave erro com Galileu, quando tentou impor a lei numa questão científica, declarando que o Sol girava à volta da Terra. Agora, séculos volvidos, decidira convidar alguns especialistas para a aconselharem sobre cosmologia. No fim da conferência, os participantes foram recebidos em audiência pelo papa que nos disse que estava certo estudar a evolução do Universo desde o big-bang, mas que não devíamos inquirir acerca do big-bang em si, porque esse tinha sido o momento da Criação e, portanto, trabalho de Deus. Nessa altura fiquei satisfeito por ele ignorar qual havia sido a minha contribuição para a conferência: a possibilidade de o espaço-tempo ser finito, mas sem (Sem fronteira no espaço-tempo não é o mesmo que sem fronteira no espaço e no tempo.) fronteiras(*), o que significaria que não tinha tido um princípio e que não havia nenhum momento de (Engraçado que essa teoria tenha paralelo mais com a teoria hindu, onde não há um Criador como concebemos Deus, criando e manipulando os elementos do nada, mas sim um sistema/inteligência auto-gerenciável e natural. Ou, nas palavras de Hawking: "O Universo seria completamente independente e nunca afectado por qualquer coisa exterior a ele. Não seria criado nem destruído. Apenas SERIA." Parece coisa de esotérico falando de Deus, né?) Criação(*). Não tinha qualquer desejo de partilhar a sorte de Galileu, com quem me sinto fortemente identificado, em parte devido à coincidência de ter nascido exatamente trezentos anos depois da sua morte"!

A teoria da relatividade geral de Einstein previa que o espaço-tempo começara com a singularidade do big-bang e terminaria com a singularidade do grande esmagamento (big crunch) - se o Universo viesse a entrar em colapso - ou ser sugado para o interior de um buraco negro, se uma região local, tal como uma estrela, entrasse em colapso.

Referência: Casa do bruxo


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acid
Acid é uma pessoa legal e escreve o Blog www.saindodamatrix.com.br
"Não sou tão careta quanto pareço. Nem tão culto.
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