Viveka - O Discernimento Consciencial - Parte 2
por Wagner Borges em EspiritualidadeAtualizado em 30/08/2007 14:19:50
Tão certa quanto as estações do ano e a luz do coração, assim é a evolução do homem.
Assim como a pequena gota de orvalho desliza pela superfície das pétalas da flor de lótus para, finalmente, se soltar no espaço em direção ao solo, também o espírito rola pela superfície das pétalas da flor de lótus do coração do Todo, rumo ao infinito...
Isso é certo!
O Ser ruma para a Consciência Cósmica, mesmo sem perceber. Isso está no coração de cada criatura! E não há palavras que possam desvendar o grande mistério tecido pelo Supremo no cerne do espírito.
Levantar o véu da ignorância é preciso! Para descobrir o tesouro de luz que há no templo secreto do Ser. Para soltar-se conscientemente pelo infinito...
Há um discernimento que mora na jóia secreta do coração. É pura bem-aventurança!
Quando, pelo discernimento espiritual, o Ser percebe a jóia que é, dissolvem-se os nós das dúvidas e surge o som do supremo: (OM – do sânscrito – é a vibração do Todo que está em tudo; dentro do contexto hindu, é o mantra da criação, o verbo divino, a palavra de poder do Supremo.) OM!(*)
Isso é certo!
Assim como é inevitável o encontro do Ser com a Consciência Cósmica. Tão certo quanto o amor do Divino que permeia tudo e todos.
No jardim do coração espiritual, brilha a jóia do discernimento supremo. Encontrá-la é preciso! Ou melhor, reencontrá-la e, assim, reencontrar-se consigo mesmo e com todos os seres - todos jóias do Supremo -, no jardim do coração espiritual de (Brahman – do sânscrito – O Supremo, O Grande Arquiteto Do Universo, Deus, O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos,) Brahman(*), o Senhor de todas as jóias.
E ser feliz... OM!
- Nota:
* Viveka – do sânscrito – discernimento espiritual.
NO CÉU DO CORAÇÃO, A MENSAGEM DAS MENSAGENS
Não é “lá em cima” que se recebe alguma mensagem.
E nem é “cá embaixo”, nem em canto algum do espaço.
É no céu do coração que o lance rola.
É no espaço entre os sentimentos verdadeiros...
Não há quem possa crescer por alguém.
Ninguém canta igual!
E nem os guias espirituais são capazes de transformar alguém.
Eles sabem que isso é tarefa íntima e intransferível.
Mas eles podem passar toques legais.
E, se a pessoa se tocar, realmente, as coisas mudam.
No entanto, quem poderá fazer teimosia virar sabedoria?
É dentro de cada um que o lance acontece...
Há muita confusão ancorada no porto das tolices humanas.
E muitas embarcações furadas e sem firmeza no casco.
Em lugar de consertar o próprio barco, as pessoas reclamam.
E, pior: clamam aos céus, como se fossem vítimas das marés (Cármicas - do sânscrito “Karma”: “Ação”, “Causa” - toda ação gera uma reação correspondente; toda causa gera o seu efeito correspondente. A esse mecanismo universal, os hindus chamaram “carma”. Suas repercussões na vida dos seres e seus atos podem ser denominados de conseqüências cármicas.) cármicas(*)
Quem é esperto – e desperto -, já descobriu a verdade:
Só cresce quem se esforça!
E, quem sabe isso, já descobriu a mensagem em si mesmo.
E mais: ficou contente – e seus guias espirituais também.
PS.: “A vida passa... Como tudo no universo.
Quando o corpo cai, o espírito sobe.
O corpo beija o solo; a consciência beija as estrelas”.
Isso está escrito no céu de cada coração.
Foi o Papai do Céu que escreveu, com letras de luz.
Basta ler, em si mesmo.
Nem “lá em cima”, nem “aqui embaixo”.
O lance é dentro de cada um.
Quem descobre isso, compreende...
E fica feliz da vida, como deve ser.
- Esses escritos foram inspirados pelo grupo extrafísico da (A Companhia do Amor é um grupo de cronistas, poetas e escritores brasileiros desencarnados que me passam textos e mensagens espirituais há vários anos. Em sua grande maioria, são poetas e muito bem humorados. Segundo eles, os seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável. Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso. Querem que as pessoas encarnadas saibam que não existe apenas vida após a morte, mas, também, muita alegria e amor.
Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.
Para mais detalhes sobre o trabalho dessa turma maravilhosa, ver os livros `Companhia do Amor - A Turma dos Poetas em Flor – Volumes 1 e 2´ - Edição independente - Wagner Borges, e sua coluna no site do IPPB (que é uma das seções mais visitadas no site): link Companhia do Amor(*) – A Turma dos Poetas em Flor.
São Paulo, 18 de agosto de 2007.