Ainda bem que sonhamos com o impensável
por Luís Vasconcellos em PsicologiaAtualizado em 18/06/2001 12:40:50
No interior de cada um de nós está um reino atemporal: o Inconsciente.
Na medida em que nos encontramos presos à vida do Ego Consciente só tomamos consciência deste reino ocasionalmente. No geral vivemos no Ego Consciência (cuja experiência se assemelha à caminhada em um túnel de limites e fronteiras bem restritas). O que pouca gente sabe é que isto foi aprendido, ou seja, nos foi ensinado através de educação e punição ao longo de nossa vida. Aprendemos a restringir nossas possibilidades e a chamar de "realidade" o resultado desta constrição.
Encolhemos nosso universo de possibilidades, nós movemos em meio a alternativas já conhecidas e rotineiras, e, no entanto, sempre está (e sempre esteve) ao alcance de nós o DESCONHECIDO (O Inconsciente). Ele está sempre presente, mas fora das possibilidades do Ego Consciente. A ponto de o "homem padrão" considera-lo supérfluo e até incômodo. Isto se torna possível através de um esforço diuturno de reprimir e de censurar a simples constatação de sua existência. A grande falha deste MODO ESTREITO DE FUNCIONAMENTO é que ele nos deixa "quebrados" e sem energia. Ao final deste esforço só sobra a rotina, a repetição e o saudosismo perante um tempo em que éramos mais livres, mais criativos, mais originais: os tempos da juventude e da infância: quando ainda não nos ocupávamos em afastar de nossas existências o mistério e o desconhecido.
Para resgatar nossa energia perdida temos que ter muita imaginação e muita abertura para aprender sobre nós mesmos. Temos que sair da ilusão de que nos conhecemos e de que sabemos tudo de que necessitamos para viver, ainda que tenhamos de reconhecer que sabemos um pouco daquilo que é essencial para a finalidade de nos adaptar a uma realidade vivida. Enfim, sabemos muito a respeito de algumas poucas coisas. Aprendemos a nos adequar ao mundo exterior, mas não nos ensinaram uma relação vital e plena de sentido com o mundo interior. Nosso processo de autoconhecimento e de descoberta cessa no momento em que deixamos de ter esperança e de ter reverência perante o DESCONHECIDO (O Inconsciente). Dentre nós, muitos sentem sua presença e sabem que não sabem de onde se originam as idéias, as intuições, as soluções nunca imaginadas, a meta cheia de luz que vai iluminar nosso caminho a partir daquele momento e assim por diante...
Todas as matérias apresentadas na sessão "SONHAR É ACORDAR
PARA DENTRO" (e, de modo geral, na Psicologia) perseguem o desenvolvimento, na consciência, de uma visão abrangente para com as representações (símbolos, imagens, experiências) que aparecem em nossas experiências vividas e também nos sonhos, sendo que estas surgem, não casualmente, mas significando uma experiência psicológica que tem sua lógica e sentido próprios.
Reativar este elo, este vínculo, é a forma mais direta e revolucionária de nós retomarmos o rumo enquanto seres vivos e cheios de vitalidade.
A compreensão de si mesmo é uma vivência rica de mistério e de aventura e não algo "delimitado” (terminado, encerrado) por crenças estáticas e concepções rígidas. Esta compreensão para a vastidão que se encerra em nosso próprio reino psicológico vem sendo perseguida em meu trabalho, que foi desenvolvido para colocar cada um de nós na trajetória da autoconsciência e da espiritualidade (não como uma ideologia, mas como uma vivência e uma experiência pessoal e intransferível).
As pessoas psicologicamente maduras estão ligadas à sua experiência do mundo e das pessoas, mas não se restringem a ela nem se deixam limitar ou bloquear pela "realidade vivida". Talvez por isso possam ser chamadas de criativas, intuitivas, inventivas, sensitivas, imaginativas e ter liberdade de expressão de suas idéias e obras.
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