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Como identificar suas máscaras?

por Rosemeire Zago em Psicologia
Atualizado em 23/05/2024 15:14:19


Todos sabem que as experiências do passado exercem influência significativa quando adulto, e a sensação de ter valor é essencial à saúde mental. Toda criança precisa ser amada incondicionalmente, principalmente nos primeiros anos de vida. Sem os pais como espelho de uma atitude de aceitação, a criança não tem como saber quem ela é.

Quando as necessidades emocionais de uma criança são negligenciadas, recebe a mensagem que suas necessidades não são importantes e perdem a noção de seu valor pessoal.

Todas as crianças nascem livres e naturalmente alegres. Não conhecem a culpa. Durante a infância e adolescência, algumas atitudes dos pais ou de outras pessoas que compõem o ambiente familiar da criança, como comparação, crítica, humilhação, segredos de família, indiferença, desprezo, rejeição, abandono, não permissão para expressar sentimentos, abuso emocional, físico e sexual, irão despertar emoções que causam sofrimento.

Veja o quadro abaixo:

abuso emocional (inclusive superproteção), físico e sexual, rejeição, abandono, necessidades emocionais não atendidas etc.
-> vergonha -> necessidade de aprovação e/ou reconhecimento;
insegurança -> baixa autoestima - não se sente capaz;
não se sente amado -> dor física e/ou emocional;
-> + sofrimento

O que fazemos para suportar tudo isso?

Criamos máscaras e assim nos afastamos de nosso "verdadeiro eu", o self. E quanto mais fugimos da dor que sentimos, mais forte se torna; mas essa consciência só iremos ter quando adultos.

- Máscaras:
São defesas que o inconsciente cria como proteção com o intuito de evitar a dor e ser aceito e amado. Quando não somos aceitos incondicionalmente desde quando fetos, durante a gestação, crescemos acreditando que não somos suficientemente bons e merecedores de receber amor pelo que somos. Assim, procuramos desesperadamente criar uma imagem de como deveríamos ser.
O raciocínio do inconsciente seria o seguinte:

"Se não sou amado pelo que sou, é porque não faço nada certo e não mereço receber amor, então serei diferente para conseguir o amor que tanto preciso"
Desenvolve-se assim um outro "eu" -> falso self

Ao sentir que não é aceita como é, e procurando reduzir a dor da não aceitação, a criança acaba por criar uma persona para poder sobreviver e ser o que os outros querem que ela seja.

Muitos associam a máscara com ser falso, o que não é verdade. Uma coisa é uma pessoa se fazer passar por ser quem ela não é de modo consciente; outra é entender que as máscaras são processos que acontecem de modo automático para nos proteger de dores sentidas quando ainda somos muito pequenos e sem estrutura para suportá-las.

Assim, por volta dos 6, 7 anos, desenvolvemos máscaras para nos proteger. É um processo inconsciente que nos afasta de nossa essência, onde as necessidades emocionais e os sentimentos reprimidos permanecem confinados como numa prisão. Assim, continuamos representando um papel: aquele que se espera.

Esse padrão se repete quando não identificado e não elaborado, sendo autoperpetuável, ou seja, não se atualiza sozinho, nos influenciando a agir inconscientemente.

"As próprias defesas que nos permitiram sobreviver à infância traumática, tornam-se obstáculos ao crescimento".

Na verdade, as máscaras são desenvolvidas para nos proteger das dores sentidas por não termos estrutura emocional para as suportamos e nos defendermos. Mas quando adultos, as dores reprimidas se fazem presentes, sejam por sintomas físicos e/ou emocionais; quando já temos mais recursos para entrar em contato com tudo que foi reprimido e buscar o real motivo pelo qual essas máscaras foram criadas.

É quando devemos buscar o autoconhecimento, que nos permite identificar a origem das máscaras, pois precisamos delas todos os dias, faz parte da sobrevivência; a diferença é a consciência de sua origem, que em geral são criadas pelas necessidades emocionais não atendidas.

O livro "Inteligência Positiva", de Shirzad Chamine, mostra-nos a importância do equilíbrio emocional obtido pela identificação de nossas máscaras, que ele denomina sabotadores. O autor desenvolveu dois testes que nos mostra como os sabotadores internos (que podemos entender como máscaras) estão sempre em atividade, sem percebermos, mas é possível identificá-los e assim enfraquecê-los, melhorando significativamente a ação do cérebro a seu favor.

Para ajudar na identificação dos seus sabotadores, você poderá fazer os 2 testes gratuitamente e com resultado imediato, que irá para seu endereço de e-mail em pdf. Um deles irá identificar seu QP - quociente de inteligência positiva, que mede o percentual de tempo que sua mente age em seu favor em vez de sabotando você, e o outro teste, seus sabotadores.

O resultado dos sabotadores é longo, pois contém trechos do livro para ajudá-lo a explorar cada um deles. É muito interessante, e se quiser entender mais sobre o assunto poderá obter mais informação no livro do autor.
Para fazer os testes, clique aqui

Para alcançar seu verdadeiro eu, sua essência, que está escondida sob suas máscaras, e faz parte de todo processo de cura, é preciso identificar suas necessidades emocionais. Assunto do próximo artigo.




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zago
Rosemeire Zago é psicóloga clínica CRP 06/36.933-0, com abordagem junguiana e especialização em Psicossomática. Estudiosa de Alice Miller e Jung, aprofundou-se no ensaio: `A Psicologia do Arquétipo da Criança Interior´ - 1940.
A base de seu trabalho no atendimento individual de adultos é o resgate da autoestima e amor-próprio, com experiência no processo de reencontrar e cuidar da criança que foi vítima de abuso físico, psicológico e/ou sexual, e ainda hoje contamina a vida do adulto com suas dores.
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