Rompendo com ciclos de repetição
por Silvia Malamud em PsicologiaAtualizado em 08/04/2020 11:35:04
Você já se deparou vivendo repetidas situações que trazem desconforto emocional?
Roberto, por exemplo, é excelente profissional, mas toda vez que recebe promoção em seu trabalho, algo de ruim lhe acontece impedindo que sua nova conquista se realize ou dificultando-a. Na ultima vez, quebrou a perna de tal modo que teve que ficar imobilizado por tempo suficiente para que o início do novo status de trabalho fosse dificultado. Já era a terceira vez que algo desastroso lhe acontecia em vésperas de evoluir... Coincidência? Acaso? Azar? Autossabotagem?
Luiza sempre que engatava num namoro, após cerca de quatro meses de convívio, situações diversas provocavam o rompimento afetivo...
Vivemos ciclos repetitivos, muitas vezes em versões de cenários parecidas, mas com o mesmo conteúdo emocional. A maioria de nós frequentemente passa por versões de sonhos muito semelhantes, versões estas que absolutamente sempre evocam desconforto ao acordar.
O movimento de evolução da alma sempre é o mesmo, acordados ou dormindo todos estamos querendo nos tornar mais lúcidos sobre questões de difícil acesso. Transpor seguindo adiante mais fortalecidos, libertando-nos para viver diferentes experiências e aprendizados é o objetivo. Enquanto a "alma" no sentido de entidade maior não aprender suas lições, não conseguirá seguir adiante em determinadas áreas de sua existência. É a lei.
Terapias profundas de reprocessamento como EMDR e Brainspotting costumam dar conta dessas movimentações e mudanças nos ciclos repetitivos de vida.
Terapias em que apenas se sabe o motivo dos problemas, normalmente não dão conta de transformá-los, a ponto de se mudar definitivamente padrões de funcionamento. Vínculos emocionais profundos e obscuros não fazem parte de experiências precoces que tivemos e são de difícil acesso.
No EMDR, por exemplo, o paciente pode passar pela aventura de assistir a si mesmo em seu nível mais profundo de funcionamento. O máximo é a perplexidade que ocorre à medida que associações profundas e desfuncionais ficam às claras e se reprocessam mudando as respostas tanto neurológicas como emocionais. Certamente, uma grande e lúcida aventura da consciência!