Gostaria de falar com todos vocês que passam apenas os olhos pelos artigos sem refletir, sem amadurecer o que acabaram de ler e depois enviam e-mails fazendo perguntas sobre o que já foi escrito e comentado muitas vezes. Minha experiência tem me mostrado que existe um outro mandamento que está sempre sendo violado por todos nós: a preguiça.
Padecemos deste mal e como queremos sempre tudo na mão, fácil e sem dor, perdemos cada dia mais a capacidade de nos esforçarmos profundamente para obtermos nossas conquistas, inclusive o nosso conhecimento e nossa reeducação.
Queremos a papa pronta, quentinha no nosso prato, na nossa boca, se for possível. Parece ser um pouco raiz da nossa raça a dificuldade de passar pela dor, pelo incômodo para chegar à resolução e à libertação.
Buscamos fórmulas mágicas, situações milagrosas que num estalar de dedos nos transcendam, nos levem ao Nirvana, ao Paraíso, à resolução de todas as nossas aflições.
E isso - que é até possível, na prática perseverante, atenta, diária dos exercícios com imagens mentais - se perde, porque o que recebo da maioria dos leitores é a queixa de que: “não me lembro”, “começo e paro”, “quando vi já estava na rua”, “ dá para mandar mais uma vez o exercício”, “perdi o papel onde havia anotado o exercício”, dá para criar um exercício para eu me lembrar de lembrar”, “juro que segunda eu começo”. E assim vamos neste mar de desculpas e postergações até que a preguiça nos domina totalmente e nos remete para a frente da TV e nos jogamos no sofá, com um pacote de bolachas nas mãos deixando que os programas nos engulam enquanto engolimos algumas mil calorias que não vão nutrir o nosso corpo... mas vão dar uma passageira sensação de energia e prazer.
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