A Chave
Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 31/12/2015 19:14:40
Durante eras e eras o microcosmo foi se formando, adicionando corpos grosseiros e sutis (físico, etéreo, astral, mental) todos eles controlados pelo ser denominado ego. Durante a era do peixe o ego e seus corpos atingiram o ponto mais alto, o cume do desenvolvimento para viver nessa dimensão dialética. A próxima era é denominada de aquário que irradia Luz do Sol central com maior intensidade despertando a “Rosa Branca” ou “Flor de Lotus” ou “Santo Graal” que está localizado no centro da mandala ou do microcosmo ou no núcleo do ego.
A “Rosa Branca” é a semente que está em potência no nosso interior originada diretamente do pensamento divino, todos nós estamos grávidos do Espírito Santo. É a criança divina ligada diretamente as energias emanadas do “Criador Supremo” refletindo as vibrações dos mundos sublimes. A missão do ego, que é o nosso eu agora, se resume no reconhecimento do desabrochar da “Rosa Branca”, se alimentando das energias irradiada do núcleo central do sistema humano, do “Santo Graal”. O ego é transmutado em “Cavaleiro Templário”, ou “Cavaleiro da Rosa Branca” ou “Cavaleiro do Santo Graal”. A sua espada é o símbolo da energia que irradia despertando as “Rosas Brancas” no mundo dos mortos e dos vivos, sendo o guardião da estrada real, protegendo os peregrinos para a “Cidade Santa” ou “Jerusalém Celeste”.
O ego servindo a “Rosa Branca” morreu para os prazeres efêmeros da dimensão espacial/temporal, possuindo uma nova veste elaborada com malha de luz e portando a espada de ouro símbolo da luz que penetra no âmago dos egos que habitam o mundo dos vivos e também no reino dos mortos. O servidor do Graal pode ser simbolizado também pelo ser humano com sua túnica branca símbolo da pureza, ou pelo sanyasi que renuncia o mundo dos prazeres egóticos.
A estrutura egótica em sinergia com a energia da “Rosa Branca” continua vivendo no plano tridimensional, sendo uma chama na escuridão que nutre todas as outras “Rosas Brancas” que estão dormentes no mundo da materialidade e nas esferas sutis. A partir do momento em que inicia acoplamento estrutural entre a energia aquariana, o átomo centelha divino e o sistema egótico torna-se cada vez mais ativa o processo de transfiguração que se resume na transmutação dos corpos utilizados pelo ego e do próprio ego em um campo de luz possibilitando a harmonização em dimensões que transcendem em vibração o plano em que estamos vivendo, ou seja, ocorre a transformação das impurezas do ser humano (chumbo) em um ser angelical (ouro), realizando o potencial espiritual inato através de uma jornada de transformação, também chamada de individualização cósmica.
Houve um período de construção da estrutura humana e do ego que governa todo o aspecto humano. No núcleo dessa estrutura ou mandala existe a semente do verdadeiro “ser” denominada “Rosa Branca” que é o ser imortal que precisa germinar. Essa “Rosa Branca” é alimentada pela força divina e começa a se manifestar. O papel do ego que governa toda composição humana é se oferecer a “Rosa Branca” colocando-se a serviço desse núcleo. O ego não desaparece, mas, continua vivendo nessa natureza espacial/temporal servindo a “Rosa Branca” até o momento da transfiguração onde toda a mandala se transmuta em corpo de Luz voltando ao reino original. O objetivo da nossa atual vida não é continuar satisfazendo os desejos do ego relacionados com essa dimensão que estamos, e sim, prostrar-se diante do núcleo central onde o ego e sua estrutura se transformam em “Cavaleiros Templários” ou “Cavaleiros do Graal” ou “Cavaleiros da Rosa Branca” servido a Luz eterna e se colocando na senda para ajudar os peregrinos chegarem a “Terra Santa” ou “Nova Jerusalém”.
Em síntese, na era do peixe a personalidade quadrupla do ego foi formada, e na era do aquário desabrocha a “Rosa Branca” dando formação a uma nova estrutura que pode romper as barreiras do estado de consciência espacial/temporal, todos os laços materiais e tudo que é perceptível aos sentidos, passando do finito para o infinito, do relativo para o absoluto, do temporal para o eterno colocando-se perante a Consciência Criadora do Cosmo perceptível e imperceptível.
Nós não somos somente o que a razão nos diz. O projeto humano rompe as barreiras do tempo e das dimensões e nos coloca perante um deus que não é somente Deus em nós engendrado a partir das profundezas da psique, é também Deus que nos atinge de fora levando-nos para uma outra vida que não está sujeita a corrosão.
O primeiro passo é a formação da chave que é a concepção nítida da dinâmica humana, o segundo passo é a “Rosa Branca” absorver as energias divinas e o ego se render a essa criança interior, e o terceiro nível é a justaposição entre o ego e a estrutura da “Rosa Branca” iniciando o processo de transfiguração que culmina no ser de Luz que se coloca diante de Deus.
Estamos na escuridão e também as almas dos mortos porque perdemos a chave que possibilita romper as barreiras do estado de consciência comum que permitiria entrar em um novo mundo antes nunca imaginado. A chave é uma visão clara e nítida do objetivo humano nessa dimensão, traduzida de modos diferentes, sendo que esse conhecimento passa pela compreensão da estrutura microcósmica, ou seja, a nossa formação primordial.
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