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A CRIANÇA ABADONADA E A CRIANÇA DIVINA

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Autor Osmar Francisco dos Santos

Assunto Almas Gêmeas
Atualizado em 11/5/2015 6:06:44 PM


Já há muito passou do tempo dos adultos compreenderem os padrões do desenvolvimento humano, especialmente os primeiros sete anos de vida. Jung disse que a maior "carga" que uma pessoa carrega é a vida não vivida dos pais. De fato nos processos terapêuticos quando monto um tipo de genograma para compreender a árvore genealógica emocional, ou seja, qual o verdadeiro lugar que aquela pessoa ocupou no desejos dos grandes outros responsáveis pela sua infância, vejo claramente as raizes muitas vezes esquecidas que deram origem a todos os problemas. Nas pessoas que, a meu pedido, trazem os sonhos para análise, em geral, os traumas da infância se apresentam como prioridades a ser resolvidas. As energias represesadas naquele tempo e espaço infantil impedem o livre acesso a organização da idade adulta, impedindo, dessa forma, a capacidade da pessoa organizar sua vida como um ser livre. O medo generalizado, as necessidades de substituições afetivas, a medicalização e/ou a justiciliazação das emoções tornam a vida monótona e parcial em relação ao programa inicial de desenvolvimento.
Quase todos nós somos, de uma forma ou de outra, meramente neuróticos, divididos entre a natureza intríseca de nossa criança interna e o mundo que nos impõe padrões de comportamentos "adequados". Nossa personalidade adulta não é mais que comportamentos reflexos criados pelos traumas da infância. Nossas várias neuroses representam estratégias desenvolvidas inconscientemente para defender a criança interior. Há casos entretatos que a agressão à estrutura infantil é tão violenta que não resta à inteligência interna que criou e manté a vida, retirar a criança para uma alienação maior ou menor. Ao apresentar comportamentos reflexos fora do padrão, esse são medicalizados e dessa forma se cristalizam, as vezes para sempre. Para muitos pais e escolas é mais fácil o filho ou o aluno carregar os sintomas de uma vida falsificada.
No desenvolvimento de uma personalidade "provisória", se esconde uma série de estratégias escolhidas pela impotência infantil para lidar com sua angústia existencial. Esses comportamentos, em geral, são desenvolvidos antes do cinco anos de idade. Quandos os adultos ignorando o processo de desenvolmento humano, acreditam ser a criança inadequada e ignorante da realidade do mundo. Um criança é um ser humano numa idade especial de desenvovimento, não um adulto em miniatura. James Hollis, em a "Passagem do Meio" - Editora Paulus - São Paulo - 2006 - Pag. 16 - escreve: "Quando o criança é oprimida, ela vivencia a imensidão do Outro jorrando através de frágeis fronteiras. Por não possuir o poder de esclher outras circusntâncias de vida, por não possuir nem a objetividade de identificar a natureza do problema como o Outro, e por não possuir elementos necessários a uma experiência comparativa, a criança reage de forma defensiva, tornando-se excessivamente sensível ao ambiente e "escolhendo" a passividade e co-dependência ou a compulsividade para proteger o frágil território psíquico. A criança aprende variadas formas de acomodação, pois a vida é vista como inerentemente opressiva para um eu realtivamente impotente.
Essa feridas, bem como as várias reações inconscientes adotadas pela criança interior, tornam-se fortes determinantes da idade adulta. A criança não consegue incorporar uma personalidade que se expressa livremente; em vez disso, é a experiência da infância que molda seu papel no mundo. A partir do sofrimento da infância, portanto, a personalidade adulta é mais uma reação reflexa às primeiras experiências e traumas da vida do que uma série de escolhas". Essa reações as quais se referem James Hollis são chadas de complexos, desde as descobertas de Freud, que disse que nós não nos livramos dos complexos por que os amamos. A questão é: Amamos nossos complexos por quê? Por que temos a ilusão que eles nos protegem, ilusão inconsciente, é verdade. Dessa forma os complexos nos impõem, por conta de nossa ignorância psíquica, uma vida limitada. Já Jung é mais incisivo com relação aos complexos. Diz ele que nós não os possuimos, mas sim eles é que nos possuem. Ficaríamos aterrorizados, essa é a verdade, ao descobrirmos que nossa vida é quase que totalmente tomada por complexos que nos impoem comportamentos repetitivos. James Hillman, importante seguidor junguiano, elabora mais dois passos teóricos a partir da Psicologia Analítica de Carl G. Jung,. aos quiais e chama de Psicologia Arquetípica e mais Além dela a Psicologia Alquímica. Porém, Hillman, na gratidão que caracteriza os grandes espíritos, credita a
Jung a origem de ambas as teorias. É importante ressaltar que uma abordagem terapêutica baseada em qualquer desses sistemas psicológicos, exigem incondicionalmente a interação do paciente, na leitura e compreenção de alguns textos que revelam, sem nenhuma dúvida, a existência e a dinâmica do inconsciente. Assim como exige a relação com ele. Os resultadas de transformação advindos desse processos são rápidos, profundos e definitivos.
Quanto aos complexos, Hilman é taxativo: "O Livro do Puer" - Editora Paulus - São Paulo - 1999 - Pág. 87: "Não podemos nos livrar de maneira neunha dos complexos; eles é que desitem de nós. Seu tempo de decadência é mais longo que a vida da personalidade individual, uma vez que continuam numa espécie de existência autônoma muito tempo depois de terem saido de cena; os complexos são parte da herança psíquica de nossos filhos e dos filhos destes, tantos naturais quanto espirituais". Importante considerar aqui, o que podemos fazer para os complexos desistirem de nós. Penso que só há uma forma eficiente: Deixá-los de lado, não dando importância a eles, mas para isso precisamos colocar em seus lugares outras consciências. A melhor delas, sem dúvida, é consciência de nós mesmos, a consciência de nosso inconsciente. Se assim não for, teremos apenas um deslocamento de nossos complexos.

Sobre o desenvolvimento da criança, conforme vimos, quando não atendido gera grandes dificuldades na vida adulta e consequente o desperdício de enormes recursos, vários autores, principalmente sob a influência de Freud, escreveram a partir dos anos cinquenta, vastas e profundas, que, ao que parece, ficaram restritas no mundo acadêmico, pois, provavelmente por falta de interesse político e ignorância de responsáveis pelas crianças, pais e educadores, não vingaram, conforme deveria, a favor das crianças e de na construção de uma mundo melhor. São inúmeras as obras elaboradas por pessoas sérias e competentes que se debruçaram na compreenção do desenvovimento humano. Obras essas tão libertadoras que evitariam os desperdícios causados pelas lutas exitenciais, poupariam o finito meio ambiente, além de criar uma relação de fraternidade expontânea entre as pessoas, pois seria restaurada em cada um um a origem da verdadeira criança divina.
Quanto à criança divina, como a citada no Novo Testamento na conversa de Jesus com José de Arimatéia: "A não ser que o homem volte a ser criança e não entrará no reino". Nos restas entender o que é voltar a ser criança e o que é o reino? Também Nietzsche em "Assim falou zaratustra", no trecho das tres transmutações, quando o camelo se tranforma em leão e este, finalmente, em criança diz: "Mas dizei, meus irmãos, de que ainda é capaz a criança, de que nem mesmo o leão foi capaz? Em que o leão rapinante tem anda que se tornar uma criança? Inocência é a criança, e esquecimento, um começar- de -novo, um jogo, uma roda rodando por si mesma, um primeiro movimento, um sagrado dizer sim.

Pensando a respeito do estrutura infantil, sabemos que ela por não julgar, também não guarda ressentimentos, muito menos sentimento de culpa, assim sendo não desenvolve jogos de manipulação do outro se não ensinado pelos adultos que não reconhece e por isso não valorizam, o mundo encantado da infância. Quando nos envolvemos com o mundo de fantazia das crianças, considerando a importância e seriedade dessa fase, deixando que essa fase seja vivida plenamente, sem nos preocuparmos em impor limites que transgridem o mundo da fantazia; a criança cresce com grande auto estima e, a partir desse incipiente ego feliz, se estabelece as bases sólidas de uma vida adulta equilibrada. Há um ideia antiga e errada de que quando a criança é educada de forma livre dentro de suas fantazias, ela torna intolerante e impositiva. Os limites podem ser introduzidos na criança de forma lúdica e mágica, dentro de sua capacidade de entendimento, nunca sob coerção, quando isso acontece, cada um de nós adultos, precisamos resgatar nossa criança interior abandonada, para, assim, voltarmos à criança divina.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Osmar Francisco dos Santos   
•Participante do Núcleo de estudo Junguiano do Rio de Janeiro; •Palestrante e autor de trabalhos sobre Psicologia Junguiana publicados em revistas universitárias e outras; •Psicoterapeuta transpessoal da linha Junguiana; •Administrador de Empresas e Consultor de Qualidade Total na Área de Recursos Humanos. •Atuação em Consultório particular.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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