A dor de não ser ajudado/tratado: Clínicas de Reabilitação para quê?
Atualizado dia 01/07/2015 15:00:03 em Almas Gêmeaspor Goretti Lima - EFT
O problema é verificar a repercussão da lei, na prática. A realidade mostra sua face quando adentramos numa clínica de reabilitação, seja ela para transtornos mentais ou para dependentes químicos. Tive a oportunidade de ver/testemunhar, como profissional, que a lei é, muitas vezes, ignorada, sobretudo no que diz respeito ao tratamento humanitário que todo o ser humano merece. Quando se busca a cura ou manejo adequado de um transtorno mental ou quando se pretende deixar de lado uma vida prejudicada pelo uso de drogas, de forma voluntária ou, em casos mais extremos, de forma compulsória, no mínimo, busca-se atenção, orientação, compreensão, respeito.
O abuso do poder nestes locais é frequente, onde o “doente, dependente, adicto” é uma “fera” que precisa ser domada. Nada de confiança nesta pessoa que “fracassou” no seu projeto de vida. A força é utilizada. Haldol é instrumento de tortura, utilizado para os que “perturbam” a “paz” deste ambiente de “reabilitação”.
Gente que não precisa tomar neurolépticos é punida, caso se comporte de forma que perturbe o ambiente. Informações sobre o tratamento são negadas. Famílias são enganadas. O sigilo é falho. Postura médica autoritária. Enquadramento destes pacientes/internos em diagnósticos que mais parecem opiniões subjetivas. Jogo de poder aberto, manipulador, vigilante, onde o prazer é dominar.
Como tratar alguém que já enfrentou tantas dores, desta forma desumana? Sem voz, sem vez, tratados como pessoa perigosa, que pode, a qualquer momento, “atacar” os profissionais da casa, como pode um ser humano já enfraquecido pela doença/dependência química, voltar a confiar em si mesmo e/ou na sociedade?
Os novos modelos de clínicas de Reabilitação são bem modernos, movidos pelo marketing aberto do lucro, com páginas na internet e outdoors espalhados pela cidade, apresentando um sem-números de atividades que visam à cura, com variados profissionais, iludindo as famílias e a sociedade. Lá dentro, a realidade mostra o contrário, salvo raríssimas exceções.
Para que psicólogo nestes locais, onde seu trabalho será desmanchado assim que ele der as costas, por um monitor agressivo e autoritário, por uma punição subjetiva só porque não concordou com o que quer que seja dentro daquele estabelecimento, por uma prescrição médica feita, muitas vezes, por telefone?
Infelizmente, neste país, falta fiscalização. Não adianta solicitar isto ao Ministério Público, pois não há como se fiscalizar todos estes locais que se prestam a reabilitar pessoas com transtornos mentais ou vítimas da dependência química. Por isso, famílias, abram os olhos, escutem seus entes queridos, fazendo o devido filtro, sem cair na conversa velada dos que formam a equipe médica destes locais. O discurso que se ouve, muitas vezes, é falso. E mesmo cansados de sofrer a dor e a cruz de ter uma pessoa da família com esse tipo de problema, não percam o amor e não permitam que o tratamento desumano seja dado aos seus. Cabe a vocês fiscalizarem.
O amor, e só o amor, cura tudo. Meio-amor e meio-tratamento é o mesmo que NADA.
Goretti Lima, Psicóloga e Terapeuta em EFT
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Psicóloga Clínica, Hipnoterapeuta, Terapeuta em EFT, Reiki Nível I e II, Consteladora Familiar Sistêmica, Hipnoterapeuta Yageriana, Colunista no Jornal Portal do Sertão - Arcoverde/PE. Blog com artigos no www.efterapia.com e no STUM. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |