A Linguagem da Raiz
Atualizado dia 4/6/2015 7:24:40 AM em Almas Gêmeaspor Marcos Spagnuolo Souza
Através do desejo que busca o prazer, observamos que o desejo em si é uma força que atrai algo para si e nessa condição o ponto central é a própria satisfação do ego. O ego é um estado de desejo que gira em torno do seu próprio deleite. A força do desejo egótico é centrípeta voltando para si mesmo e não para o outro. Por outro lado, o criador possui o atributo da doação, é a força infinita que se dá. Observamos que o ego está em uma situação diametralmente oposta ao criador e, nesse caso, nós que somos movimentados pelo desejo egótico, não possuímos nenhuma relação com o criador de todas as coisas. A força do ego é centrífuga e a força do criador é centrípeta em direção ao outro, para fora de si.
Para evoluirmos espiritualmente, precisamos mudar a nossa natureza para nos assemelharmos ao criador, sendo esse o objetivo primordial da vida. Evolução é substituir o amor no sentido de satisfação do nosso próprio corpo pelo amor de doação, entregando-nos totalmente ao processo de nos oferecermos em sinergia com toda obra do divino (desejo transcendental).
Devemos ter consciência que a nossa evolução não se inicia ou se realiza através dos desejos que resultam no nosso prazer, pois, nenhuma coisa situada no mundo das trevas pode satisfazer o desejo transcendental. O desejo transcendental é o entendimento do por que estamos nesse mundo da obscuridade e sentir; tocar; alcançar o mundo espiritual.
Inútil procurar a espiritualidade nas manifestações do mundo, aqui em baixo. Devemos subir desse mundo até o mundo espiritual, penetrarmos nas raízes nos conectando ao estado mais elevado que simbolicamente significa conectar o ramo à raiz. Nós somos ramos desconectados da raiz primordial e o trabalho espiritual se resume em nos ligarmos novamente a ela. A nossa consciência é que faz a conexão, somente ela e mais ninguém.
Existe uma barreira energética que separa o mundo da raiz (mundo espiritual) do mundo onde estão os ramos. O mundo dos ramos é o espaço das imagens, das formas, do espaço/tempo e temos que transcender esse espaço e nos harmonizarmos com a verdadeira realidade, com o mundo das causas, com o universo das raízes, não podemos falar das raízes a partir do ramo. Enquanto formos ramos separados das raízes, continuamos nas trevas, no mundo inferior. Nada físico, no mundo do nublamento, possui força espiritual ou condições para nos elevar ao mundo das raízes; assim, podemos dizer que a conexão somente pode ser feita de cima para baixo e não de baixo para cima.
O ponto do coração ou consciência é criado pelo mundo das raízes em nós, é a semente lançada em nossos corações pelo mundo espiritual, pelo mundo das causas, assim sendo, somente com o desenvolvimento dessa semente é que ocorre a união do ramo com a raiz. A partir do momento que temos o ponto no coração não precisamos voltar a essa vida, pois iniciamos a nossa caminhada para estamos juntos e no interior do criador.
Devemos esclarecer que a raiz é uma força que governa tudo e se eleva acima do ego, não possui conexão com as coisas do mundo que estamos inseridos, possuindo relação com o ponto do coração e é através desse ponto que existe as possibilidade do ramo unir-se à raiz.
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