A obsessão da paixão!
Atualizado dia 8/24/2015 8:14:04 AM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Parece complicado, mas não é! A pessoa precisa apenas perceber que o amor, mesmo à primeira vista, é rápido sim, mas cumpre alguns “cerimoniais” que a paixão dispensa. O amor preserva valores, os mesmos valores que o forte desejo deixa em segundo plano.
São inúmeros os relacionamentos que se iniciam sob o jugo desta força desenfreada, algo que “brota” de dentro e toma conta, impedindo que se raciocine direito e que se olhe para as conseqüências do entregar-se totalmente a ela.
Ela, muito bonita; ele, também jovem e viril. Boa aparência, bem empregado e casado, filhos ainda pequenos, uma família feliz, naturalmente possuindo suas dificuldades e diferenças a serem superadas, mas no momento, enfrentando-as. Ela, solteira, bem-sucedida e trabalhando próximo a ele. Da troca de olhares, mais que natural entre duas pessoas, à aproximação e à intensa comunicação virtual, apenas um passo.
As conversas digitadas, seja por torpedos, seja por emails se iniciam sempre de forma cordial e com manifestação de muita alegria em terem se conhecido, além de poderem estar se falando. A partir desse início, começam as manifestações de atração de um pelo outro, mesmo sabedora, ela, de que ele é casado. “Deus me livre desmanchar seu casamento”. A volúpia escrita cresce a ponto de se manifestar clara e objetivamente o desejo de um pelo outro de irem para a cama. “Algo adulto, maduro e sem compromissos”. “Nada que interfira em seu relacionamento com sua mulher”.
O desejo no ser humano é algo muito forte, que por si só não é bom nem mau, apenas é. Aí entra a vontade, o querer ou não querer aquilo que se deseja. Para se optar através da vontade, leva-se em conta valores e critérios de referência. O desejo apenas quer ser atendido. Quando por decisão não se atende um desejo, ele se esvazia e vai perdendo sua força, pois a razão conduz à conduta do homem. Quando um desejo não vem à tona para se decidir se deverá ou não ser atendido, então, sufocado, torna-se impulso e aí vai sair de qualquer forma. A esse mecanismo chamamos de intencionalidade.
Muitas vezes, o desejo se manifesta e as pessoas não estão a fim de utilizarem de suas consciências para se decidirem. Deixam-se levar para a realização sem nenhuma análise mais depurada. Muito comum quando se busca a autoafirmação. “Eu tenho o direito”; “Eu posso...”, e assim por diante.
Depois de conquistado seu objeto de desejo, a energia que provocava a volúpia se esvai e, então, fica o desinteresse.
Ela fez de tudo para convencê-lo, chegando até a jurar seu amor, pois era muito mais que simples desejo. Até que o teve e passaram bons momentos juntos. Mas sem amor, fica apenas o desinteresse. Só que nessas alturas, muitas atitudes já foram tomadas, até muitas vezes a separação.
O que era bom passou a ser um peso. Ela querendo se livrar dele e ele querendo uma união sólida e duradoura, pois se sentiu muito “amado” quando se viu desejado e disputado. Difícil agora acreditar que foi apenas uma paixão que a moveu em sua direção. Difícil aceitar que não tinha nada com amor. Apenas desejo.
Esta descrição é apenas referência. Pode ocorrer de uma mulher para um homem e vice-versa. Pode ocorrer em qualquer relacionamento que se baseie apenas em atender os desejos.
Quando colocado que o que motivou a “conquista” foi apenas um desejo, a negativa quase sempre é imediata. “Eu realmente o amava”. “Eu realmente a amava”. Se verdade, como acabou tão rápido? Amor não é um produto que se consome enquanto se usa. Quanto mais se pratica, mais se ama. O querer de seu jeito a qualquer preço gera a obsessão da paixão!
Texto Revisado
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