A perda da autoestima
Atualizado dia 11/30/2015 11:40:40 AM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
É muito freqüente entre casais haver um deles, em sua maioria são os homens, que exercem uma influência intensa e negativa sobre seu par, buscando a anulação do outro. É como se só assim aquele que faz isso pudesse brilhar. Em alguns casos, é também usado como uma forma de manter a parceira sem expectativas que possam afastá-las dele.
Uma jovem de vinte e poucos anos, lindíssima, era constantemente ridicularizada por seu namorado, o que a fazia se sentir péssima e não merecedora da atenção em seu círculo de amizades. Chorar e chegar às raias da loucura era o seu dia a dia. Após algumas sessões, começou a identificar pontos incoerentes no discurso de seu namorado. Certo dia, teve forças para confrontá-lo e rebater suas afirmações. O rapaz perdeu seu equilíbrio. Passou a dizer coisas sem nexo e, de repente, virou as costas e foi embora. Ela não mais quis saber dele. Seu sentimento havia se esgotado por tanta dor e humilhação que ele lhe havia impingido. Impingir significa fazer acreditar em uma coisa falsa.
Por muito tempo, recebeu ligações, emails e tentativas de reatar o relacionamento, mas ela não aceitou. As notícias que teve desse jovem adulto foram muito tristes, pois ele se encontrava desestruturado com a perda de quem dizia amar muito.
O fato de manter as pessoas sob controle através da destruição da autoestima é algo muito comum e usado desde os primórdios. Forte instrumento de poder empregado pelos que não possuem autoconfiança e segurança de ser capaz de manter um relacionamento em condições naturais e sem manipulações.
Não ocorre apenas em relacionamentos amorosos. Também em relações profissionais. Aqui é mais conhecido como assédio moral.
“Se perder essa vaga não achará emprego em lugar nenhum” é uma das frases mais comuns e que tem em sua mensagem o “você não é bom no que faz e apenas eu aturo você... e lhe dou chance”.
Quando a autoestima é atacada, começa a se instalar a necessidade de conquistar e agradar a outrem. E quando a pessoa se dá conta, está infeliz e subjugada a situações e pessoas, abomina essa situação e não percebe como sair disso, pois caso venha a reagir diferentemente, será rejeitada, o que reforçará a baixa autoestima. Tornou-se uma “bola de neve”.
Como a pessoa perde o próprio centro, ficando afastada de si mesma, ela não percebe a verdadeira saída desse círculo vicioso: olhar para si mesma e aceitar-se como verdadeiramente é, sem tentar mais agradar ninguém, sem se lançar às conquistas que apenas lhe dão uma aparente sensação de ser aceita e amada, sensação que se dilui no exato instante em que o outro age sem considerar o que, aos olhos da primeira, seria a demonstração de amor, acolhimento e admiração.
Quando isso ocorre, culpa e ansiedade são presenças constantes, impedindo que a paz e a tranquilidade interior se estabeleçam.
Ninguém deveria aceitar ser desrespeitada pelas outras pessoas. Querer ser aceita não significa pagar esse preço, pois não haverá sinceridade e honestidade na relação e muito menos alegria e felicidade.
Relações neuróticas são muito mais comuns do que se quer acreditar. Está muito mais próxima de cada um do que se é admitido. São relações onde desajustes emocionais e sociais se fortalecem, minando qualquer possibilidade de estabilidade pessoal, afetiva ou profissional.
Quando as pessoas param para identificar cada relação que possuem e o fazem sem medo das conclusões, por mais que possa doer, promovem uma verdadeira renovação de seus círculos de convivência. Afastam-se de muitos, por mais caros que lhes sejam e passam a conviver apenas com os que as reconhecem por serem elas mesmas.
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