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Bola de cristal

Atualizado dia 21/03/2015 12:13:40 em Almas Gêmeas
por Paulo Salvio Antolini


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“Você pensa que tenho bola de cristal?” Quantas vezes você já disse e já ouviu esta frase? Algumas vezes, quando questionado, respondeu: “Eu tenho bola de cristal”.
Atribui-se às mulheres o exigir dos homens que eles tenham uma em pleno uso, isso por serem mais enigmáticas e gostarem de ter seus pensamentos e desejos captados e tornados realidade, sem a necessidade do falar, mas na verdade não é um privilégio feminino: também o sexo masculino utiliza-se desse artifício quando lhe convém.
Há situações em que o jogo da conquista e o charme que essa situação desperta são gostosas de serem vividas e muito bem recebidas por ambas as partes. O buscar acertar o desejo dela (e) traz um encanto ao relacionamento, possibilitando momentos amorosos e, inclusive, bem-humorados entre o casal.
Mas nem tudo e nem sempre é romance. Os relacionamentos estão a cada dia se mostrando mais e mais superficial, onde as pessoas não estão falando o que é necessário e com clareza, falam deixando margens à interpretações dúbias.
Outro título para esse texto poderia ser “falta de assertividade”, pois a existência do precisar de “bola de cristal” se deve principalmente ao fato de não ser assertivo no que se faz necessário dizer.
A cada dia que passa fica mais forte o isolamento entre as pessoas, fazendo com que cada um vá se tornando mais e mais individualista e como tal, quando necessário compartilhar algo surge o grande obstáculo: a impaciência em ter que expressar o que é necessário e argumentar, convencendo e/ou consensando com o outro sobre o assunto.
Outro fator que leva a utilização da “bola de cristal” é o constrangimento que as pessoas desenvolveram por, justamente, não estarem mais preparadas para o diálogo. Aqui muitos são as alegações: vergonha, não querer magoar ou ferir, acreditar que o outro vai se sentir diminuído, como se não tivesse capacidade para chegar ao dito por si mesmo etc.. Todas elas mascaram a dificuldade de expressão e relacionamento que as pessoas, sem se darem conta, estão cultivando.
Observar duas crianças a conversar quando brincam pode ser uma excelente aula de comunicação e feedback, checagem de compreensão do dito. “Pegue o carrinho para você, fique com ele para brincar.” O coleguinha responde: “Eu vou pegar o carrinho para brincar, senão eu só ficava olhando, né?” O outro ri e responde: “É isso mesmo e você também quer brincar, né? Eu quero que você brinque comigo”.

Adultos entendem que serão infantis se falarem exatamente o que estão pensando ou sentindo. E então, tão crescidos e maduros não conseguem ser compreendidos. Tem sido muito comum nos relacionamentos o maltrato disfarçado, as pequenas agulhadas, o fazer de conta que não escutou ou não viu, tudo como forma de chamar a atenção e “fazer o outro sentir” na pele por não ter percebido o que, só com a existência da “bola de cristal” se descobriria o que se passa no não dito.
As relações amadurecem ou se deterioram conforme os envolvidos se posicionam dentro delas. Isso vale para todo e qualquer tipo de relação e quando a tônica é ficar esperando que o outro adivinhe ou perceba o que está ocorrendo. Prejuízos enormes com custos de todas as formas ocorrem. As origens de boa parte dos conflitos encontram-se na busca da utilização da “bola de cristal”.
Criar condições para o fortalecimento das relações significa interagir francamente e com transparência, eliminando os “joguinhos”. Não são necessários e se estão sendo usados é porque a pessoa não está de fato querendo resolver situações ou se fazer entender. Quanta infelicidade é cultivada porque a pessoa fica se auto testando: “Vamos ver o quanto eu sou importante para ele(a)”.
Encontre novamente o “quadro negro”, aquele em que se escreve com letras garrafais para poder ser lido mesmo a distância e aposente a bola de cristal, transforme-a em um abajur e verá que aumentará a luz na relação.

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