Bonitos, simpáticos e perversos
Atualizado dia 12/2/2015 11:03:04 AM em Almas Gêmeaspor Flávio Bastos
Sob o ponto de vista que transcende o conceito materialista das psicopatologias, a perversidade é um desequilíbrio psíquico-espiritual que acompanha o indivíduo -e a humanidade- desde tempos remotos.
O caso que abordaremos neste artigo, trata-se de um casal antissocial, ou seja, indivíduos caracterizados pela indiferença social e insensibilidade pelos sentimentos alheios; irresponsabilidade e desrespeito por normas e regras sociais, incapacidade de sentir culpa, remorso e de aprender com o erro. Geralmente, são manipuladores, sedutores e adotam a "vitimização" como forma de defesa.
No entanto, os bastidores de suas vidas passadas costumam revelar o orgulho, o egoísmo, a prepotência, a rebeldia inconsequente e a maledicência como "ingredientes psíquicos" que formam um caráter que atua através de um comportamento específico, denominado sob o prisma científico de transtorno de personalidade.
O problema é que os portadores de personalidade antissocial, antes de se sentirem "vítimas" das circunstâncias, eles fazem através da manipulação dissimulada ou deliberada, as suas vítimas reais. Por aí encontramos os estelionatários que obtém vantagens para eles próprios através da utilização de uma fraude.
Segundo o Código Penal Brasileiro, o estelionato é exposto como crime econômico e descrito como ato de "obter para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento".
Pois bem, o casal que me referi anteriormente, não chega a ser uma dupla de estelionatários como define o Código Penal Brasileiro. Porém, pelo pouco tempo que os conheci, digamos que estejam se encaminhando para tal, porque a experiência foi suficiente para constatar que encontram-se no nível da "dissimulação", ou seja, a um passo da "deliberação" ou ato executado propriamente dito.
Eles procuraram ajuda na terapia de casal porque alegavam conflito de relacionamento. No entanto, durante as primeiras sessões fui percebendo que o foco principal do suposto "conflito relacional" eram pontos de vistas divergentes a respeito de como tocar um negócio que planejavam em comum. Fui percebendo também que a vida sexual não era o problema e que carinho e afeto não faltavam no convívio diário do jovem casal. Então, qual seria o problema de relacionamento que eles alegavam existir?
Com o passar das sessões, fui percebendo no pano de fundo de suas falas, que o alegado "conflito" era uma discordância na forma de tocar o negócio, que perceptivelmente era de natureza ilícita, embora eles não declarassem ou confirmassem esta suspeita inicial, que para mim tornou-se uma certeza.
Resumindo: o casal estava tentando me manipular no sentido de ajudá-los a decidir qual o caminho ideal para o seu ilícito negócio. Ou seja: nenhum dos dois, por uma questão de vaidade e orgulho queria ceder, então tentaram usar uma terceira pessoa, que supostamente seria isenta, imparcial e indiferente ao aspecto ilegal de seus planos.
É de minha autoria, a frase: "Se você deseja compreender a loucura, conheça as raízes da perversidade a partir da semente". Frase, é claro, baseada nas minhas experiências enquanto psicoterapeuta interdimensional que investiga em sua práxis terapêutica o que existe além do "véu de Isis" que encobre a memória de outras vidas.
Nesta lógica, segundo a ótica reencarnacionista, espíritos de má índole cumprem os seus ciclos reencarnatórios, misturando-se com indivíduos de naturezas distintas. No entanto, ao retornarem à dimensão material para mais uma oportunidade de regeneração, a maioria continua fazendo escolhas e praticando atos conforme a natureza de suas índoles, sem alterar o seu modelo comportamental.
Portanto, substituir o ego e suas máscaras, pelo eu transparente nas intenções transformadas em atos, é um aprendizado que requer um longo processo de depuração. Caminho igualmente longo no que se refere à alteração de um modelo que revela a existência de vícios como padrão de conduta social. Vícios atrelados a comportamento e traços de caráter que acompanham o indivíduo vida após vida, sem que ele desperte da letargia do "conhecimento" que aprendeu a dominar: a perversidade desenvolvida e aperfeiçoada durante milênios de prática.
Bonitos, simpáticos e descolados, o casal confirmou que as aparências, às vezes, dissimulam verdades interiores e camuflam o verdadeiro caráter. Contudo, por trás de suas táticas de dissimulação, manipulação e sedução, observa-se dois indivíduos perdidos no redemoinho de uma energia deletéria que se realimenta de ações no campo da maledicência, sem senso moral ou ético de suas práticas no meio social.
À medida que perceberam a minha descoberta em relação ao real objetivo que motivou-os a procurar "ajuda", desconversaram, sorriram e se despediram. Mas antes da despedida, deixaram um cheque bancário referente às consultas das últimas duas semanas. Cheque que para mim não causou surpresa ao verificar que não existia fundo na conta bancária.
Não esqueçamos que bons ou maus pensamentos atraem energia do mesmo nível e favorecem ou desfavorecem o crescimento integral do ser humano. É a lei universal da afinidade entre sintonias iguais. A escolha será sempre do indivíduo ao utilizar regras obscuras e perversas ou regras claras e transparentes na relação com o seu semelhante e com o mundo à sua volta.
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |