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CRÔNICAS DA VIDA INVISÍVEL - DESCULPE, VOLTO JÁ!...

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Autor Christina Nunes

Assunto Almas Gêmeas
Atualizado em 9/30/2014 10:20:25 PM


Há muitos anos atrás assisti a um filme do cinema americano intitulado Cidade dos Anjos,  de que gostei muito, porque, embora de maneira bastante simbólica, ilustra de maneira romanceada e bonita o papel dos chamados "anjos da guarda" - os guias espirituais, cuja existência é explicada de forma mais fidedigna na Doutrina Espírita.

O filme conta a história de um "anjo", interpretado pelo ator Nicolas Cage, que, junto às falanges que o acompanham na proteção aos "vivos", toma-se de amores por uma médica (Meg Ryan) a quem passa a auxiliar insistentemente, até que ela, de algum modo, se dá conta de sua presença, o "vê", e inicia-se dali um lindo romance entre os dois.

Claro que a ação desses chamados "anjos" não acontece exatamente como mostram as imagens, de um efeito mágico maravilhoso, exibidas na trama. Os guias espirituais de verdade não ficam aos montes sentados em prédios altos durante um tempo enorme, observando o que acontece aqui embaixo. Embora eventualmente, por alguma necessidade, possam faze-lo. Mas o que quero dizer é que realmente todos contamos com nossos amigos e protetores espirituais, agindo em nosso auxílio a partir da vida invisível ao nosso redor, de modo constante.

No entanto, possuem, eles, múltiplas outras ocupações e compromissos - assim como nós mesmos enquanto estamos reencarnados, pois esses amigos das dimensões invisíveis nada mais são do que o que nós somos, em nossa jornada evolutiva durante várias vidas sucessivas na matéria. Já estiveram por aqui, portanto, e contaram, por sua vez, com auxílio valioso dos seus mentores e guias da invisibilidade - talvez que mesmo de nós, enquanto nos demorávamos nas nossas moradas mais verdadeiras. E agora somos os que retornamos ao aprendizado material, contando, certamente, com a sua inspiração amorosa em nosso auxílio, em diversas situações.

Meu mentor desencarnado, por vezes, me conta historietas pitorescas, e uma delas é que, de vez em quando, em compasso com nossas peripécias de reencarnados aqui embaixo, eles têm que deixar alguma conversa pela metade, - quando não se trata de compromissos sérios se desenrolando e dependendo de suas presenças na invisibilidade, caso em que alguém os substituí em nosso auxílio - e se despedir, com um "desculpe, volto já!"

Isso acontece naquelas situações em que, sabendo instantaneamente pela linguagem do pensamento, que precisamos com urgência de suas presenças para algum auxílio de emergência, demandam nossa esfera densa de vida em frações de segundos, para uma inspiração de última hora, ou ajuda preciosa n'algum outro sentido.

Hoje, outra vez, isso me aconteceu.

Saía do trabalho cotidiano por volta das dezoito horas, e atravessava a Avenida Presidente Vargas distraída, sem definir ainda a melhor condução a tomar para retornar para casa, quando uma voz sutil pareceu falar no meu ouvido: "Vá de metrô!"

Todavia, mergulhada no imenso tumulto de dezenas de pessoas atravessando comigo em debandada, de conjunto com o barulho ensurdecedor de carros e do vozerio da multidão entrecruzando em todas as direções, não me detive naquilo. Passou quase despercebido, e, quando vi, já tinha corrido para dentro de um ônibus parado no sinal, que me pareceu bastante convidativo para me proporcionar voltar para casa ao menos sentada, ouvindo músicas, ainda que, em relação ao metrô, isso represente mais ou menos um quarto de hora de atraso na chegada em casa.

Perdi, com esta decisão precipitada, boa ocasião de evitar um enorme sobressalto, vivenciado logo mais à frente, quando, tão logo o veículo virou na Avenida seguinte, parou num engarrafamento onde, de súbito, desencadeou-se imensa gritaria e desespero na rua, entre as centenas de passantes, e os motoristas e ocupantes de carros e dos ônibus atulhando a rua larga!

Um arrastão rebentou do nada! E só consegui entrever, em estupor, encolhida dentro da condução na qual, comigo, outros passageiros falavam em grande alarido para todos guardarem celulares e fecharem janelas às pressas, um bando de garotos de idades variadas entre dezessete e vinte anos correndo doidamente nas calçadas e entre os veículos, perseguidos inutilmente por alguns guardas municipais atarantados, enquanto arrancavam e furtavam, sem cerimônia, aparelhos celulares de vários passantes perdidos entre gritar, fugir, ou se manterem paralisados nas calçadas, sem ação ante a brutalidade da ação inusitada!

Por vários minutos, o desespero, efetivamente, foi total, em meio ao pandemônio do horário do rush do Centro do Rio de Janeiro!

De meu lado, quando o ônibus enfim conseguiu vencer a paralisação do trânsito e seguir caminho, baqueei de volta no assento e elevei com ímpeto uma prece a Jesus e à assistência espiritual, tentando manter um mínimo de equilíbrio, porque, com o coração praticamente saltando pela boca, o ar me fugindo, faltou pouco para me ver abatida por uma síncope, em decorrência do susto descomunal experimentado ali, por todos, em situação de desamparo, e em grande estado de consternação!

Menos de uma hora depois estava em casa, contando o episódio para os filhos, ainda mal refeita do susto, e prevenindo-os com as lições que se poderia extrair do episódio. E, após, mais tranquila, descansando, enquanto ainda me lembrava do acontecido, enfim senti a presença do amparador amoroso que, de mansinho, comentou: "Eu lhe adverti, querida, para ir hoje de metrô! Tente ficar mais atenta às vozes íntimas que lhe podem ser de valia, quando estiver no tumulto das ruas"...

Ao que, a reboque de me emocionar com o conselho atencioso, pensei que, hoje, no princípio da noite, certamente foi mais uma ocasião em que meu orientador das dimensões invisíveis se viu na necessidade de abandonar, em caráter de emergência, algum diálogo com pares da Espiritualidade, e avisar, antes de se inteirar previamente do risco que eu correria e ir ao meu encontro de súbito, naquela Avenida importante da minha cidade:

- Desculpe, volto já!...

Eis, amigo leitor, o novo episódio da nossa série de Crônicas da Vida Invisível.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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