DE VOLTA AO COMEÇO




Autor Katia Leoni
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 6/25/2020 9:26:39 PM
De volta ao Começo...
A casa era estranha, mas, estava me sentindo confortavelmente acolhida, em uma intimidade bastante familiar.
O quarto que vislumbrei, ao abrir os olhos, acomodava dois beliches, indicando ser um dormitório coletivo para quatro pessoas. A iluminação era pouca, uma certa penumbra não favorecia muito a visualização.
Lembro que acordei porque um latido insistente de cachorro de pequeno porte invadiu meus ouvidos atrapalhando meu sono. Ao tempo que acordava, ouvi o ruído de um carro se afastando como se estivesse saindo de casa.
Como o animalzinho não parava de latir, me dirigi até o local de onde parecia vir o barulho decidida a prestar o devido socorro. Abri a porta do banheiro e de dentro pulou uma cadelinha de pelo curto, amarelado, uma mistura de basset e pincher, belo SRD como a maioria dos cães que já tivemos.
Tentei segurar a danadinha, mas, ela me deu um drible e depois de fazer festa e lamber-me as pernas desceu correndo pelas escadas e eu segui a correr atrás.
A escada que eu descia ligava o andar de cima, onde estavam os quartos, ao andar de baixo. Desembocava na sala e logo em frente estava a varanda.
Quando Brodinha saiu (esse era o nome da cadelinha), ouvi a voz de minha mãe reclamando porque ela tinha saído e, num lapso consegui identificar o quarto que dormíamos eu e minhas irmãs no Cabula e a escada do sobrado da Rua Ladário em São Paulo.
Senti que o carro que tinha saído era dirigido por meu pai e não estavam em casa ele e as minhas irmãs, mas, eu tinha certeza da presença delas no ambiente.
Não visualizei minha mãe, entretanto, ouvia um barulho de água jorrando de uma mangueira como se estivesse sendo feita limpeza de algum lugar.
O que você está lavando aí, mãe? Os galinheiros senão fica tudo sujo, porque ninguém lava direito mesmo.
Minha mãe sempre dizia que não fazíamos as coisas do jeito dela e que não gostava de pedir ajuda. E a gente até que fazia tudo do nosso direitinho, ao nosso modo, é claro.
Não consegui vê-la. O sonho acabou primeiro. Eu acordei feliz, um sorriso no rosto, a sensação de haver dormido em excelente companhia.
Tomara que tenha sido um aviso, dos laços que nos unem para além da matéria. Tive a impressão de ser um convite para uma nova construção, um novo núcleo familiar.
Antes mesmo do convite se concretizar quero sinalizar com o meu aceite com muita honra e com o coração cheio de alegria.
Eu topo.
Katia Leoni
25/06/2020









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Katia Leoni Sou médica por graduação e Terapeuta por afinidade. Trabalho com Terapia Floral, Reiki e Tarot Cigano. Orientadora espiritual. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |