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Dependência e co-Dependência afetiva

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Autor Paulo Zonta

Assunto Almas Gêmeas
Atualizado em 05/03/2021 16:04:52


Muito tenho falado sobre este assunto, através de emails que recebo freqüentemente sobre estes textos. Devo alertar que caso você se identifique com os aspectos que descreverei a seguir, ou tenha percebido alguém de seu relacionamento que possa ser um dependente ou co-dependente, busque ajuda de um profissional de saúde mental para fazer um diagnóstico correto. Saliento mais uma vez que não existe auto-diagnóstico ou auto-avaliação em saúde mental, pois muitas vezes a nossa própria concepção de si mesmos está alterada e portanto, somos incapazes de fazer tal julgamento sozinhos.
Como dependência, ou adicção (termo técnico), designamos comportamentos dependentes como a álcool, drogas, fumo, e outros comportamentos compulsivos como os dependentes ao sexo, ao jogo, às compras. Mas também temos observado na clínica um grande aumento nos casos de pessoas dependentes de outras pessoas.
Geralmente o adicto descreve sentir um "vazio" que em momentos de grande ansiedade sente a compulsão em buscar o objeto de sua dependência, como que para preencher-se interiormente, e assim sanar a tensão. Ou em outros casos, a pessoa simplesmente sente que perde seu Self, e se apóia em um "outro". Nestes casos é freqüente a pessoa relatar que parece estar "despersonalizada", sente que não está viva. È como se ela precisasse dos outros para ter um feed-back de si mesma, ou até para poder sentir-se viva.
Porque uma pessoa precisa sofrer num relacionamento e se anular ? Esta é uma pergunta de difícil resposta. Isso porque cada um de nós é um ser único, e por isso nossa constituição como sujeitos foi única, e foi influenciada pelas vivências nos primeiros anos de vida, sobretudo em nossa relação com nossa mãe nos primeiros momentos e meses de vida, e até antes disso.
Quero falar também do termo "co-dependência". Usualmente definindo os familiares de pessoas adictas: alcoólicos, jogadictos, drogadictos, enfim todo tipo de vícios, que vivem um transtorno e uma verdadeira obsessão em manter-se sofrendo ao lado destas pessoas. Claro que o sofrimento em conviver com pessoas dependentes de drogas por exemplo é uma situação real de sofrimento, mas ocorre outras nuances que fazem com que a pessoa co-dependente chegue a praticamente "renunciar" à sua própria felicidade em função do adicto.
Não cabe aqui fazermos inferências sobre causas da dependência ou co-dependência, pois como já disse e volto a repetir, cada pessoa é única e somente uma análise pode resgatar este indivíduo da trama de sentimentos e emoções "emaranhados" em que se encontra. Mas podemos afirmar que a pessoa co-dependente não pode deixar sua vida de lado e assumir este fracasso, mesmo porque nestes casos ela ( co-dependente ) por mais que não aceite conscientemente, muitas vezes joga toda a culpa no adicto, e que apesar de certa culpa, não é de todo responsável pelo sofrimento do co-dependente. È preciso tomar consciÊncia de que o co-dependente tem responsabilidade em seu sofrimento, pois trata-se de conteúdos inconscientes que o levam a agir de tal forma e continuar a sofrer. Torna-se necessário a busca pelo entendimento do sentido de tudo isso, desse sofrimento, dessa obsessão, ou ainda de fobias, paranóias ou outros sintomas que se manifestam neste indivíduo e que o fazem permanecer na posição de co-dependente.

Quero salientar também, que podemos afirmar que quando um membro da família é dependente, a família está doente. Isso porque todos os membros da família são afetados pelas posições que se colocam e são colocados em relação ao adicto ( dependente ) . Cada um, também tem sua parcela de ansiedade, de culpa, de angústia que se manifesta num conjunto dinâmico, tendo como pivô o dependente.

Muitas vezes o co-dependente se torna escravo de outra pessoa (do dependente no caso), chegando a se sujeitar a abusos de toda ordem para manter o relacionamento.

Vemos isso freqüentemente na clínica em casos de mães ou esposas de alcoólicos ou drogadictos. No caso das esposas, elas chegam a ter consciência de que o relacionamento não é saudável, mas não conseguem sair desta situação, isso porque as motivações inconscientes, como culpa, medo, ansiedades e obsessão.

Para terminar, reitero que somos seres sociais, e precisamos do outro para vivermos nossas vidas com saúde e felicidade, e portanto cada um de nós têm um certo grau de dependência, que é até natural. Mas também temos um certo grau de "Autonomia" que nos mantém saudáveis, por isso se não estamos em harmonia e equilíbrio. A dependência traz situação deteriorante da pessoa, seja ela uma dependência à algo, ou à alguém.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Paulo Zonta   
Terapeuta e Coaching
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