É possível viver sem amar?
Atualizado dia 5/20/2015 3:03:54 PM em Almas Gêmeaspor Maria Cristina Tanajura
Por que será que teimamos em negar a nossa própria natureza? Por que esquecemos a nossa essência e vivemos longe dela, como se ela não existisse?
Acredito que esta é a causa primeira do nosso sofrimento. A solidão que sentimos, mesmo quando acompanhados, tem aí a sua origem e quando reaprendemos a nos escutar, a buscar no silêncio orientações pra nosso viver, tudo vai clareando e se tornando mais fácil. Como se estivéssemos voltando para casa, de onde nunca deveríamos ter saído.
Por que será que somos tantos os que vivemos apartados do próprio centro, perdidos no nevoeiro, como se o Sol sequer existisse?
Ao lado desses, muitos existem que se encontraram e que funcionam como faróis nas estradas de cada um de nós. Alguns são muito conhecidos de toda a humanidade, pelo papel importante e decisivo que desempenharam no tempo de suas vidas, mas há também os anônimos, estrelas que sem alarde trazem orientação para muitos, nos locais onde vivem.
Jesus, nosso Mestre, veio nos ensinar a amar. Não através de palavras, compêndios, pois jamais escreveu uma linha sequer. Exemplificou, através de sua vida, como podemos vir a ser felizes. Mesmo nas adversidades – pois ele lutou contra inúmeras – e veio a morrer numa cruz; mas a felicidade é uma pérola muito escondida em nós, que pode existir apesar das dificuldades.
Sendo amor, essencialmente, por que não exercitamos o que somos? Por que vivemos na contramão da energia que está em nós, nos fazendo sofrer e aos outros também?
Cada dia que passa, eu procuro pensar de uma forma mais simples, pois acredito que a vida é assim. O resto, todas as teorias complicadas e muitas vezes difíceis até de serem compreendidas, afastam-nos da Verdade simples e que se impõe – somos amor e é preciso que a gente manifeste o que é.
O amor deveria nortear todos os nossos atos, os nossos pensamentos, como um potente farol que ajuda as embarcações a encontrarem o seu rumo, a se livrar das intempéries e dos rochedos.
Amor por nós mesmos – apesar das dificuldades que ainda tenhamos para serem resolvidas. Amor pelo irmão que reconheço templo de amor, tal qual eu sou.
Amor pelo que faço, seja lá o que for. Mesmo um pequeno gesto se torna sublime, se executado de forma amorosa.
Amor pela oportunidade de estar vivo, brilhando a luz que já conseguimos, na certeza de que esta é a nossa primeira e mais importante missão, como seres humanos.
O Amor nos faz companhia, preenche-nos, dá-nos colo, acaricia-nos. À medida que vamos nos autoconhecendo, num esforço constante, também vamos nos respeitando mais, perdoando-nos, tornando-nos amigos e confidentes.
Fazendo isso, também começamos a ter mais compaixão pelo outro, pois nos colocamos em seu lugar e já sabemos que luz e sombras fazem parte do mundo interior de todos nós que ainda estamos encarnados num planeta escola como a Terra.
Muitos não nos dão amor porque também não sabem ainda dar amor a si próprios. E cada um oferece o que pode. Se o outro não nos satisfaz, pois achamos que precisamos de mais, podemos nos afastar sem desentendimentos e esperar atrair outras energias que sintonizem mais conosco, neste momento.
Amorosamente iremos vencendo a nós mesmos e seremos capazes de auxiliar os outros que estiverem em nosso caminho a fazerem o mesmo. Com o nosso exemplo. Muitas vezes até no silêncio.
É preciso acordar para a necessidade de amar. Muitas coisas nos iludem, durante o dia todo, muitas nos aborrecem e nos perturbam e devem ser consideradas coisas menores. Pois o que importa é a nossa meta – aprender a amar. Só assim seremos finalmente felizes, encontraremos a paz, cumpriremos a nossa missão como estrelas que somos. Por que vivermos negando a nossa natureza? Despendendo tanta energia pra conseguir vencer batalhas menos importantes, deixando de lado o que é essencial?
Não percamos tempo. Com o Amor, tudo fica mais bonito, mais leve, ganha o seu real sentido. O mundo material, iluminado pela energia amorosa, passa a ter valor, mas sem ela, muito pouco representa, pouco nos dá!
Será possível viver sem amar? Sim, mas uma vida muito pobre de significado... Vazia, infeliz, triste. A maior parte das depressões advém daí. Será melhor viver plenamente, ou simplesmente existir?
Texto Revisado
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Socióloga, terapeuta transpessoal. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |