Espiritualidade - experiência espiritual do altruísmo
Autor Marcos F C Porto
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 5/3/2015 12:31:49 PM
Altruísmo é merecidamente valorizado nas abordagens de espiritualidade, psicologia como também nos da sociobiologia. É verdadeiro dizer, que nossos comportamentos estão baseados em causas espirituais e biológicas, e então altruísmo deverá ter base em ambos. Mas serão somente estes os aspectos? Não existirão outros?
Vamos então refletir sobre o tema?
Claro que encontramos inúmeras e diferentes explicações para nossa propensão ao desejo constante em ajudar o próximo.
Há inclusive o raciocínio de que nosso comportamento social não está baseado só sobre fatores biológicos, e que a psique, ou seja, o Eu Alma exerce influência decisiva na nossa atitude altruística.
Após ter realizado estudos para o Instituto Nacional de Saúde dos EUA com revelações inovadoras o neurocientista brasileiro Jorge Moll Neto em entrevista afirma que: “Altruísmo ativa a região de prazer do cérebro”. Segundo ele ao praticarmos a ajuda ao próximo, acionamos no nosso cérebro sistema de recompensa, idêntico ao de situações de prazer, como ao saborearmos o chocolate.
Então ao nos doarmos em ajuda ao próximo estaremos como resultante fazendo bem para nós mesmos, liberando em nós a dopamina substância neurotransmissora de sensação de bem-estar.
Em outro estudo Matthew Ridley zoólogo inglês no seu livro The Origins of Virtue em tradução literal “As Origens da Virtude” explora os aspectos que envolvem nosso desenvolvimento como seres humanos, e desta forma como a genética explica certos aspectos do nosso comportamento e em particular o altruísmo.
Buscando definição para altruísmo no dicionário do Professor Aurélio Buarque de Holanda Ferreira encontramos “amor ao próximo, filantropia”.
Sendo assim na opção entre cooperar ou rejeitar, escolheremos muito mais por cooperar do que por repudiar. Faz sentido?
Este fato permite que nosso comportamento altruístico se desenvolva, nos conduzindo à solução harmônica de aderirmos à ajuda ao invés de negá-la.
Auguste Comte (1798-1857) filósofo e pensador francês é sempre lembrado por ser o criador do termo altruísmo, para se referir ao que acreditava ser nossa vocação de servir aos outros, colocando os interesses do próximo acima de nós mesmos. Para explicar a propensão altruística do ser humano Comte enunciou uma lei universal que denominou de “Lei de Três Fases – Teológica, Metafísica e Científica”. Segundo ele nosso progresso é conseguido através do desenvolvimento da nossa mente na prática do pensamento, e da percepção, no entendimento do mundo ao nosso redor. Correto?
Tal fato por si só enaltece o fato de nós seres humanos insistirmos em compreender que a vida não se resume tão somente na luta pela sobrevivência, mas muito mais na busca do seu significado espiritual.
O final do século XX e início deste demonstram a transformação do conceito individualista do ser humano, sendo substituído pelo do ser humano cooperativista, ou seja, o altruísmo aponta o caminho para o futuro, onde nós não estamos mais tão focados no que conseguir dos outros, mas muito mais concentrados no que contribuir para ajudar o outro.
Praticar altruísmo está no centro da espiritualidade, e possível para todos nós como tarefa diária, e não só para os "Médicos Sem Fronteiras", para "Madre Teresa de Calcutá", para “Irmã Dulce” e outros tantos que permanecem no anonimato.
Para estarmos a serviço de alguém, teremos de perceber o que a pessoa necessita. Parece lógico; no entanto é mais fácil dizer, do que fazer, pois implica na nossa capacidade em autotransformarmos nossas próprias necessidades emocionais, e só então perceberemos as dos outros. Para estarmos verdadeiramente a serviço de alguém, devemos primeiro nos concentrar nas necessidades da outra pessoa e não nas nossas.
Poderemos, então, empaticamente nos colocarmos no lugar do outro para intuir o que a pessoa realmente precisa, com uma única intenção amorosa - a de fazer o bem, sem esperar volta. Está claro?
Assim, perceberemos que altruísmo é antes de tudo nossa disposição interior em querer o que é melhor para o outro; é o processo de desenvolvimento do Amor Incondicional por nossos semelhantes do reino humano, e também para os reinos animal, vegetal, mineral e para o planeta.
Esta experimentação e reflexão ampliará o âmbito da nossa experiência espiritual do altruísmo, indo então além das ações visíveis, pois é, acima de tudo um estado de espírito, uma disposição interior como seres integrados de Corpo – Mente - Alma em querer o melhor para os outros.
Mestre Jesus ao nos transmitir a sabedoria Divina do Amor Incondicional retrata altruísmo em preceito de relevante conteúdo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração e de toda tua Alma e de todo teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Mt 22:37-39.
O amor dedicado a mim mesmo é referencial para o amor proporcionado à outra pessoa! Este é o fundamento da experiência espiritual do altruísmo!
Nós seres humanos espirituais somos iguais em natureza e possuímos inclinações semelhantes, recebidas do Ser Maior Criador Deus, convertendo nossa criação em divinamente aprimorada.
Somos seres divinos sobrenaturais perfeitos e, portanto ao expressarmos essa semelhança com o próximo, amizade se transforma em fraternidade.
O Amor que Mestre Jesus nos convida a conhecer conosco mesmo e com o próximo, é em última analise expressão da experiência espiritual do altruísmo.
Voltaremos ao assunto.
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Marcos F C Porto – Terapeuta Holístico - Psicoterapia Holística Transpessoal – CRT 44432, Diplomado em ITC - Integrated Therapeutic Counselling, Stonebridge, UK, trabalha auxiliando pessoas na busca da sua essência, editor do OTIMIZE SEU DIA! há 23 anos, autor do livro - Redescobrindo o Eu Verdadeiro, facilitador de Grupos de Reflexão há 20 anos. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |
