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Liberte-se do apego emocional!

Atualizado dia 11/12/2015 7:55:17 PM em Almas Gêmeas
por Flávio Bastos


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"Se você é capaz de ser feliz quando está sozinho, você aprendeu o segredo de ser feliz". Osho

Uma definição mais clara e ligada à psicologia informa que a codependência ou a dependência (apego) emocional "é uma condição psicológica ou um relacionamento no qual a pessoa é controlada ou manipulada por outra que é afetada por uma condição patológica".

Segundo o DSM-5, os critérios diagnosticados para o Transtorno de Personalidade Dependente são: uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a comportamentos de submissão e apego, que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme veremos a seguir.

1) Ter dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento de outros.
2) Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das principais áreas de sua vida.
3) Tem dificuldade em manifestar desacordo com outros devido ao medo de perder apoio ou aprovação.
4) Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (devido à falta de confiança em seu julgamento ou em suas capacidades).
5) Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.
6) Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho, devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.
7) Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e amparo logo após o término de um relacionamento íntimo.
8) Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria sorte.

Na Psicoterapia Interdimensional, as regressões de memória têm revelado que as origens do apego ou dependência emocional podem ultrapassar a barreira do tempo presente, transportando o problema para além da situação intrauterina do indivíduo, ao sintonizar uma ou mais vidas passadas.
O padrão emocional que trazemos de outras vidas diz respeito à forma como nos relacionamos intimamente na vida atual, pois são situações que somam durante a trajetória do espírito encarnado, cujo conjunto das experiências determina o nosso comportamento relacional íntimo.

No contexto existencial corpóreo, devemos considerar que cada pessoa traz consigo a síntese de seu passado, que quando associada às experiências do presente pode potencializar, enfraquecer ou até mesmo anular os aspectos negativos que formam o modelo emocional-comportamental do indivíduo.
Casos que envolvem sentimento de posse ou dependência, ciúme exagerado, vitimização, baixa autoestima e necessidade constante de aceitação ou aprovação, geralmente, possuem fortes vínculos com o passado remoto em sintonia com ocorrências infantis da vida atual.

Embora as feridas emocionais relacionadas à dependência emocional sejam antigas, não custa sugerirmos a "cicatrização" através de algumas dicas encontradas no artigo da psicóloga americana Rheyanne Weaver. É o que veremos a seguir, nas "Cinco formas para se tornar menos dependente".

1) CONSCIÊNCIA DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

É o primeiro passo para começar a superar os sentimentos. Sem ter consciência do que está acontecendo, tudo vai continuar como está e o sofrimento tenderá a continuar. Ao passo que se uma mudança for buscada, ela pode ocorrer com a criação de mais autoestima, autovalorização e/ou com a ajuda da psicoterapia.

2) RECONHEÇA O SEU VALOR

Reconheça o seu valor próprio e trabalhe para aumentar a autoestima, que pode ser melhorada com o foco em pensamentos positivos sobre si mesmo, percebendo suas limitações bem como suas conquistas, estabelecendo metas e objetivos, ajudando outros e fazendo o que te faz sentir bem. Aceite as suas decisões e observe a sua capacidade de fazer o que é melhor para você (e solicite ajuda se você precisar).

3) PERCEBA QUE VOCÊ TEM O CONTROLE DE SI

Perceba que você tem controle de si, incluindo seus sentimentos, emoções e ações. Algumas vezes acontecem eventos na vida que são incontroláveis, mas você precisa perceber o que você pode controlar. Não permita que outra pessoa controle o caminho que você deve seguir.

4) RECONHEÇA AS SUAS NECESSIDADES EMOCIONAIS

Reconheça as suas necessidades emocionais e não dependa de uma única pessoa. Ou seja, trabalhe para construir uma rede de relacionamentos (amizades, colegas, familiares) e também considere a importância de fazer terapia. Afinal, na terapia podemos falar coisas que não falaríamos em outros tipos de relacionamento.

5) NÃO PROGRAME O SEU DIA A DIA DEPENDENDO DE OUTRA PESSOA

Perceba que você também possui necessidades que são importantes e você precisa ser o responsável pela sua própria vida e fazer as suas coisas independente dos outros. Você pode se comprometer e reconhecer as necessidades do outro, mas você tem que lembrar igualmente que você tem que viver sua vida para além do relacionamento.

CONCLUSÃO

No sentido de ampliar a visão do tema apego-desapego em nossas vidas, tomemos como referência uma antiga história budista que aborda a relação do mestre com o seu discípulo: "Os dois estavam a caminho da aldeia vizinha quando chegaram a um rio caudaloso e viram na margem uma bela moça tentando atravessá-lo. O mestre zen ofereceu-lhe ajuda e, erguendo-a nos braços, levou-a até a outra margem. E depois cada qual seguiu o seu caminho. Mas o discípulo ficou bastante perturbado, pois o mestre sempre lhe ensinara que um monge nunca deve se aproximar de uma mulher, nunca deve tocar uma mulher. O discípulo pensou e repensou o assunto; por fim, ao voltarem para o templo, não conseguiu mais se conter e disse ao mestre: Mestre, o senhor me ensina dia após dia a nunca tocar uma mulher e, apesar disso, o senhor pegou aquela bela moça nos braços e atravessou o rio. Respondeu o mestre: Tolo, eu deixei a moça na outra margem do rio. Você ainda a está carregando.

A reflexão sobre até onde vai o limite do apego ou desapego em nossas vidas tem como parâmetro ou mesmo referência, a necessidade de adquirirmos uma visão holística da existência, ou seja, a visão de que tudo está conectado, integrado, formando um Todo, um Uno.

Nesta lógica, a visão holística tende a nos libertar, gradativamente, do eu-egoico, do eu-dependência ou do eu-posse, e formar uma consciência em sintonia com a Nova Era de transformações previstas para a humanidade terrena, fundamentada no perfil de ser humano que reúne as seguintes características:

1) Ativo e autodeterminado: autonomia para a "reconstrução do mundo".
2) Pacífico: sensibilidade e criatividade para a criação de formas de luta.
3) Solidário: opõe-se ao acúmulo de bens como fonte de poder. Busca a justiça social.
4) Autoconsciente: busca a felicidade, o bem-estar e a paz, desde que atendidas as necessidades básicas de sobrevivência.
5) Intuitivo e dotado de visão holística.
6) Pleno de amor: o amor descarta a competição, o egoísmo, a possessividade, a inveja etc.. Estimula a adesão, a participação e o "compartilhamento".
7) Sensível ao belo e criativo: observa, sente, capta, empolga-se com detalhes do mundo.
8) Voltado ao espiritual: ser espiritualizado, buscando internamente um encontro com a manifestação divina que existe em cada um de nós.

Esta será a realidade social e mundial, que passa por um novo modo de relação do ser humano com o mundo: uma nova visão do cosmos, da natureza, da sociedade, do outro e de si mesmo. Ou seja, um processo de desapego do velho padrão emocional-comportamental que nos acompanha há muito tempo.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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