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MEDIUNIDADE & ANIMISMO - Parte II

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Autor Maísa Intelisano

Assunto Almas Gêmeas
Atualizado em 12/4/2005 12:16:19 PM


Animismo como coadjuvante no fenômeno mediúnico

Quando Kardec, ainda em O Livro dos Médiuns, pergunta aos espíritos se "o espírito do médium influi nas comunicações de outros espíritos que ele deve transmitir", recebe a seguinte resposta: "Sim, pois se não há afinidade entre eles, o espírito do médium pode alterar as respostas, adaptando-as às suas próprias idéias e às suas tendências." Em seguida, Kardec lhes pergunta se "é essa a causa da preferência dos espíritos por certos médiuns", ao que os espíritos respondem: "Não existe outro motivo. Procuram intérprete que melhor simpatize com eles e transmita com maior exatidão o seu pensamento."

Vemos, portanto, que mais que parte integrante, o animismo é, até certo ponto, condição necessária para o fenômeno mediúnico, garantindo a sintonia adequada para que a transmissão seja o mais fiel possível às idéias do comunicante. Sem o conteúdo do médium é muito mais difícil para o espírito transmitir-lhe suas idéias e o que pretende com elas. De posse do conteúdo mental e até emocional do médium, no entanto, torna-se muito mais fácil para o espírito fazer-se entendido podendo, assim, transmitir com mais naturalidade e desenvoltura o seu raciocínio.

No livro Mediunismo, Ramatis nos diz que "mesmo na vida física é necessário ajustar-se cada profissional à tarefa ou responsabilidade que favoreça o melhor êxito ou eficiência para alcance dos objetivos em foco. (...) Da mesma forma, o espírito do médico desencarnado logrará mais êxito ao se comunicar com o mundo material, se dispuser de um médium que também seja médico. Quando o médium e o espírito manifestante afinizam-se pelos mesmos laços intelectivos e morais, ou coincide semelhança profissional, as comunicações mediúnicas tornam-se flexíveis, eloqüentes e nítidas. (...) Os espíritos não se preocupam em eliminar radicalmente o animismo nas comunicações espíritas, porque o seu escopo principal é o de orientar os médiuns, aos poucos, para as maiores aquisições espirituais, morais e intelectivas, a ponto de poderem endossar-lhes, depois, as comunicações anímicas, como se fossem de autoria dos desencarnados."

Notamos, assim, que a preocupação com o animismo é muito mais de médiuns e dirigentes, do que dos espíritos que se comunicam nas reuniões mediúnicas.

Mediunidade consciente, semiconsciente e inconsciente

Mediunidade consciente é aquela em que o médium, como o próprio nome diz, permanece consciente durante todo o transe, registrando a mensagem e quase tudo o que se passa à sua volta durante a comunicação e participando ativa e conscientemente do fenômeno, imprimindo à mensagem muito de suas características pessoais. Neste caso, a comunicação se faz mente a mente, telepática e/ou energeticamente, sem o desdobramento do médium. Mais de 70% dos médiuns apresentam este tipo de fenômeno.

Mediunidade inconsciente é aquela em que, ao contrário da anterior, o médium, a partir da ligação com o espírito comunicante, fica inconsciente, incapaz de registrar qualquer parte da mensagem ou mesmo de qualquer coisa que ocorra à sua volta durante o transe. Neste caso, o médium é totalmente afastado de seu corpo físico, permanecendo projetado durante a comunicação, e o espírito assume o comando do órgão físico correspondente ao tipo de mensagem (psicografia - braço e mão; psicofonia – garganta; ectoplasmia - cérebro), a ser transmitida, sem que o conteúdo da mensagem passe pela sua mente.

Entre as duas, poderíamos citar a mediunidade semiconsciente que é aquela em que o médium percebe o que se passa à sua volta, mas não é capaz de registrar completamente todos os detalhes, nem mesmo da mensagem que está transmitindo. Neste caso, o médium é afastado parcialmente de seu corpo físico e o comunicante se coloca entre este e o seu perispírito, ligando-se tanto com a sua mente como com o órgão físico correspondente ao tipo de mensagem, atuando duplamente.

Importante notar que fenômeno mediúnico consciente não é o mesmo que fenômeno anímico. No fenômeno consciente, a mensagem não é do médium, embora ele esteja consciente de todo o processo e participe do fenômeno que ocorre com ele, sem interferir no seu conteúdo, sem deturpar a idéia central da mesma. O estilo, o vocabulário, a forma e o tom da mensagem são seus, mas o tema, a idéia, a essência e o conteúdo são da entidade. Por este motivo, médiuns conscientes costumam transmitir mensagens muito parecidas em termos de estilo e forma, porque é mais ou menos como se recebecem dos mentores um tema e alguns tópicos para redação e coubesse a eles desenvolvê-los, com seu jeito e palavras.

Já no fenômeno anímico, é o espírito do próprio médium que se comunica e dá a mensagem através de seu próprio corpo em transe, na maioria das vezes sem que tenha consciência de que é ele mesmo que está passando a mensagem, mesmo que esteja consciente do fenômeno e durante o fenômeno. Ou seja, ele pode até estar consciente de tudo, mas não tem consciência de que é ele mesmo que está se comunicando e transmitindo uma mensagem. Ele pode acompanhar o desenrolar da comunicação, mas não sabe que o comunicante é ele mesmo, ou uma porção inconsciente de sua própria consciência ou espírito...

Importante ressaltar também que é possível a espíritos encarnados se afastarem de seu corpo físico, em desdobramento ou projeção, e se manifestarem por intermédio de outros encarnados que sejam médiuns sem que, no entanto, este seja um fenômeno anímico. Na verdade, este é um fenômeno mediúnico entre encarnados (ou entre vivos como, incorretamente, se convencionou chamar, já que vivos somos todos encarnados e desencarnados), pois caracteriza-se pela interação espiritual de duas consciências encarnadas diferentes.



Parte 3

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Maísa Intelisano   
Psicoterapeuta com formação em Abordagem Transpessoal, Constelações Familiares, Terapia Regressiva, Florais de Bach e Reiki II, é também tradutora e revisora; palestrante e instrutora em cursos sobre espiritualidade e mediunidade; e fundadora e presidente do Instituto ARCA de Mediunidade e Espiritualidade.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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