O constrangimento pela riqueza!
Atualizado dia 6/4/2017 6:17:04 PM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Eis um dos grandes focos desse comportamento, vivermos culturas que pregam a busca do sucesso e simultaneamente condenam os bem-sucedidos, como sendo os culpados pelas mazelas do mundo. Religiões fazem isso, trazendo inclusive o paradigma de que ter muito é estar em pecado, como se quem muito conquistou foi apenas por meios escusos e não por esforços próprios e suas capacitações.
Na atualidade, políticos pregam a criminalização dos bem-sucedidos, atribuindo a eles a existência da pobreza, eximindo-se assim de suas responsabilidades no não repassar para o povo aquilo que arrecada, pois o que deixaria os menos favorecidos em posições de melhores atendimentos, como saúde, educação, foram utilizados em manutenções que não visam o bem-estar público.
Porém, não é só isso. Há culturas orientais onde os superdotados intelectualmente se marginalizam, até chegando ao suicídio por estarem fora da média. Há vários registros dessa ocorrência. Assim como também esconder filhos com necessidades especiais, pois se envergonhavam disso.
Ainda bem que isso está deixando de existir, pelo menos não se vê mais relatos de tais fatos. Eram pessoas “normais”, tanto o rapaz como a moça vinham de famílias de classe média, sem passarem necessidades, porém, que “davam duro” para suas manutenções. Seus pais tinham suas casas, trabalho e podiam desfrutar de alguns passeios sem que isso os levassem a passar necessidades.
Conheceram-se no trabalho, ambos cresceram de tal forma que em menos de dez anos estavam em posições de grande responsabilidade nas organizações que trabalhavam e, consequentemente, salários e benefícios também estavam à altura de seus méritos. Ele tem uma postura tranquila quanto ao que conquistou. Desfruta dos direitos adquiridos e é alguém que faz muito além do que se imagina pelos que necessitam. Não por sentimento de culpa, mas porque está nele o contribuir com o que pode para aqueles menos afortunados.
Ela, também desprendida em suas ações, apesar disso, carrega grande culpa por ser diferenciada e ter tudo que tem. Isso a impede de desfrutar do bem-estar que merece. Confunde reconhecimento próprio com egoísmo e não ser solidária aos menos favorecidos. E como já dito acima, sua forma de agir, baseada no constrangimento a faz parecer altiva e arrogante, quem a observa a julga tentando ser superior aos demais.
Outro casal, ela sendo sempre presenteada com joias e outros presentes que o dinheiro pode comprar, porém, que expressam o amor de seu marido e não o materialismo que muito podem julgar ser, deixando de usar das joias e mesmo desfrutar dos confortos disponíveis por considerar que seria ostentação de riqueza.
Pura baixa autoestima. Não se sentirem merecedoras do que possuem, do que conquistaram por seus méritos, de que não há a igualdade pregada pela vã filosofia. Todos são iguais sim, porém, a diferenciação se encontra nos esforços e merecimentos de cada um. Verdade que há merecedores que não recebem, entretanto, não faz dos que são reconhecidos, bandidos ou usurpadores. Os conceitos pregados devem ser refletidos, mas ficar apenas com os que realmente procedem. Identificar as distorções que se colocam para levá-las à posição de subserviência à vida e atender interesses escusos e, pior, desmerecerem-se em suas conquistas.
Texto Revisado
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