O Índice da bondade

   

Autor Flávio Bastos

Qual a origem do mal? A ciência desconhece a sua origem, no entanto, o Dr. Michael Stone, psiquiatra forense,  tenta traçar o perfil dos assassinos e estupradores pelo "Índice da maldade", que conforme as características do crime praticado, revela o nível de violência de seus autores. Passam por essa relação, portadores de patologias consideradas estruturais, sendo que o mais alto índice de maldade é o criminoso que age com extrema violência, torturando, estuprando e assassinando as suas vítimas.
 

Por outro lado, sabe-se que o fator educação é de suma importância no sentido do desenvolvimento de uma mente saudável. Porém, paradoxalmente, são muitos os casos de desequilíbrios mentais em indivíduos que tiveram uma educação aparentemente equilibrada por parte de seus pais biológicos ou substitutos, mas que à luz da ética humana e da ciência, cometeram crimes inexplicáveis...
 

Lembro-me de um caso que tratei há uns três anos. Era uma mulher assustada e traumatizada pela pressão psicológica que o marido ciumento e de índole agressiva exercia sobre ela, a ponto de ameaçá-la de morte caso desconfiasse de uma traição.
 

No entanto, ela ainda o amava e procurou-me na tentativa desesperada de salvar a relação que encontrava-se numa situação crítica, onde a desconfiança e o medo, confusamente misturavam-se com o sentimento de amor.
 

Após algumas sessões de psicoterapia onde o sentimento de culpa esteve sempre presente nas "entre-linhas" de sua associação livre, fomos para a regressão. Na experiência regressiva ela viu-se em uma vida anterior como uma mulher atraente que chamava a atenção dos homens do lugarejo onde morava. Era casada com o mesmo homem que era seu atual marido, e não resistindo ao assédio terminou por traí-lo com outro homem. Descoberta a sua relação paralela, o marido arquitetou o seu plano de vingança, o que cumpriu perversamente, matando-a com requintes de crueldade e depois fugindo do povoado onde moravam.
 

A partir dessa experiência, ela começou a associar elos de informações entre aquela vida e a atual, e a entender que apesar de ter sido fiel ao marido, corria sério risco de vida, porque ele continuava possessivo, violento e bastaria somente um detalhe para que se repetisse a cena macabra que ela visualizara na regressão. Marido e esposa estavam ainda muito impregnados das impressões psíquicas daquela pregressa vivência, e ele reproduzia o padrão comportamental que provavelmente o acompanhava há várias reencarnações, ou seja, o modelo onde a maldade apresentava-se como fator de desequilíbrio psico-espiritual.
 

A ciência tenta entender a mente do psicopata como se fosse a origem do mal personificado. Porém, baseado em estudos e observações, chegou até um certo ponto e parou. E essa "parada" representa a tênue linha que separa as realidades dimensionais da vida humana: a física e a espiritual. Dimensões que na verdade se inter-relacionam sutilmente, mas que acima de tudo, conservam as suas características independentes.
 

Para que o homem compreenda a origem do mal que reside em si mesmo, a ciência tem que continuar a investigação científica além da divisa entre as realidades física e espiritual, porque somente a investigação "visceral", isto é, aquela que aprofunda-se nas entranhas da natureza humana, poderá explicar os componentes psíquico-espirituais que são determinantes na formação de uma mente perversa que age com extrema violência e maldade, sem demonstrar piedade ou remorso pelo crime cometido.
 

A psicopatia, enquanto um ato de extrema violência conforme o Ìndice da maldade do Dr. Michael Stone, talvez seja o que podemos imaginar como a "personificação do mal". No entanto, se associarmos essa patologia ao fato constatado pela experiência regressiva à vidas passadas, de que temos a tendência de reproduzir padrões comportamentais, encontraremos nesse elo de ligação inter-vidas, a "chave" para o aprofundamento da pesquisa científica além da vida intra-uterina e, dessa forma, serem beneficiadas as demais patologias - esquizofrenia e as psicoses - consideradas estruturais pela psicanálise.
 

Baseado na minha experiência enquanto psicoterapeuta interdimensional e dirigente mediúnico espírita, posso afirmar que a raiz do mal encontra-se na forma como o indivíduo vem, ao longo de sucessivas vivências, fazendo as suas escolhas através do livre arbítrio. E que bem e o mal são energias que se associam aos níveis de escolhas e atos pelos quais o indivíduo é o único responsavel, pois, à medida que ele faz a sua opção pelo exercício do bem ou do mal, essas energias são "incorporadas" e o acompanham por onde estiver.
 

Quando a ciência extrair das entranhas do indivíduo a origem do mal, ficará mais fácil entender a complexidade do psiquismo humano. E portador desse conhecimento, cujas relações interdimensionais manifestam-se ainda ocultas nos diagnósticos, a verdade iluminará corações e mentes em busca da criação de uma referência que represente a esperança de cura para todos os males do homem, a partir de suas imperfeições.
 

Atingido esse patamar do conhecimento, a ciência observará que o Ìndice da maldade, aos poucos, começa a ceder seu lugar para uma energia curadora que mais combina com os propósitos do Criador em relação à criatura: a bondade.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávio Bastos    Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui.