O Segredo do Celibato
Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 29/09/2014 09:39:24
Na época que estamos vivendo existem inúmeros comportamentos sexuais e muitas pessoas, diante das variedades de relacionamentos, se perdem na escuridão da densa floresta do mundo das ilusões. Fundamentando nas escolas de mistérios dos Vedantas, Kabalísticas, Essênios, Alquimistas, Sufistas e no Cristianismo Cátaro faremos as colocações necessárias sobre a sexualidade humana, logicamente tendo por base a pedra angular da tradição esotérica que se opõe as tradições das sociedades materialistas e consumistas.
No esoterismo o corpo humano é representado pelo Templo de Salomão; a coluna vertebral simbolizada pelo cajado de Moisés; os dois canais invisíveis que sobem ao lado das vertebras são as duas colunas do Templo; a energia sexual que flui pelo sistema pélvico é representada pela serpente descendente ou rabo de Lúcifer; a energia sexual que sobe pelas duas colunas é a serpente de bronze ou serpente ascendente ou Kundaline; o processo de utilização da energia sexual descendente ou ascendente é denominado de Tantra.
O Tantra está associado à prática sexual dos seres humanos e esse conhecimento é transmitido a milhares de anos pelos mestres com o objetivo de conduzir a humanidade aos planos espirituais mais elevados onde possa ocorrer a simbiose com as divindades que possuem corpos de luz, no entanto, esse conhecimento foi escondido durante eras pelos materialistas que possuem o poder temporal. Os Filhos de Deus ou mestres ensinam que existem três tipos de Tantra: tantra negro; tantra cinza e tantra branco.
O tantra negro está relacionado com qualquer tipo de relação sexual para satisfazer o corpo e os desejos da mente ou ego, sendo associada com o orgasmo, a luxúria e levando o ser humano a morte espiritual. O tantra cinza é uma sexualidade ocasional somente para desenvolver a descendência genética e pode ser um caminho que conduz ao tantra negro. Tantra branco é a eliminação do desejo sexual, criação da alma, sacrifício pelo próximo, alma é a noiva e Deus é o noivo, busca união eterna entre a alma e Deus, renúncia ao orgasmo. Tantra branco ou celibatário de corpo e pensamento liberta-se a consciência do ego, despertando a consciência pura, livre de todo desejo animal. Desperta a consciência aprisionada no ego, pois o ego deixa a alma presa no sofrimento. Na antiguidade os tantristas brancos (homens e mulheres) usavam os cabelos longos em sinal de pureza, túnicas brancas, vivem afastados da sociedade materialista. Sansão era um tantrista branco, e quando os seus cabelos foram cortados por Dalila temos o símbolo da perda da pureza e mergulho no tantra negro. Jesus Cristo usava túnica branca e possuía cabelos longos e em sinal de sua pureza em vivenciar o tantra branco uma mulher derramou sobre sua cabeça o preciosíssimo perfume de nardo puro.
No tantra negro o ego domina o corpo. No tantra cinza a consciência possui domínio sobre a estrutura corporal tendo sexo carnal para procriação, no tantra branco ocorre à mudança fundamental, ou seja, a metamorfose do corpo carnal para o corpo de luz ou espiritual. Quando o ego domina o corpo a kundaline ou energia sexual flui para baixo saindo pelo sistema pélvico. Podemos comparar a uma torneira de um tanque onde a água está sempre fluindo para fora do tanque e nesse caso existe associação entre o tanque, água do tanque e a terra ou mundo dimensional formando um sistema humano que está em simbiose com o universo espacial/ temporal.
O sexo realizado sob a orientação dos instintos cria sofrimento, dor e morte espiritual, pois, quando expelimos energia sexual para o exterior não percebemos a sutileza do mundo espiritual. O orgasmo é simbolizado pela maça envenenada que foi dada a Branca de Neve e a maça oferecida por Eva a Adão. Doce aos sentidos físicos, mas, um veneno à alma. Comê-la resulta em inconsciência e em sono eterno. Sono da consciência o qual o ser humano perde o conhecimento direto e pessoal de Deus, dos reinos mais elevados da natureza.
Por esse motivo o fruto da árvore do conhecimento era proibido e a energia sexual nunca deve ser solta a fim de satisfazer as sensações físicas, pois, a energia usada para manter a vitalidade espiritual da consciência é expelida pelo orgasmo. Quem descobre o desejo animal é conduzido ao sofrimento e a dor. Sexo é a caixa de Pandora da mitologia grega que quando aberta liberta os agentes do mal no mundo: medo, orgulho, vergonha, temor, dor, vazio. Pela descoberta do orgasmo o ser humano ficou nu, perdeu o corpo de luz.
A humanidade, através do orgasmo, ganhou um novo conhecimento: o conhecimento do sofrimento. Através do orgasmo a humanidade aprendeu a desejar o corpo do outro se afastando da verdade eterna. Expelindo energia sexual, a humanidade perdeu seus sentidos internos, não percebeu mais Deus diretamente. Tudo que é doce aos sentidos físicos é um veneno para a alma. No orgasmo a humanidade jogou fora a sua imortalidade, morrendo para o mundo espiritual. A partir do momento em que a humanidade passou a usar a força sexual para estimular o desejo, o fogo de Eva foi invertido fluindo em direção oposta e nesse caso, o famoso “rabo de satanás” ou serpente descendente estimula as sete virtudes invertidas, os sete pecados captais: luxúria, orgulho, raiva/ódio, preguiça, gula, ganância, inveja.
No momento em que a consciência emerge superando o ego inicia o processo de afastamento do mundo e diminuição das influências egóticas. A pessoa entra na senda do desenvolvimento espiritual através do celibato fazendo com que a serpente ascendente elabore novo sistema que possibilite o nascimento do ser transfigurado, ou seja, do Sagrado Anjo Guardião que é harmônico com a Luz. Assim podemos dizer: “Eu e Meu Pai somos um”.
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