O VERDADEIRO AMOR LIBERTA



Autor Andrea Palermo
Assunto Almas GêmeasAtualizado em 21/12/2021 14:32:20
Escrevo muito, talvez já tenha escrito sobre o tema que me vem a mente agora, mas quem escreveu antes com certeza não é essa que escreve agora e assim sigo me renovando a cada instante, a cada escrita...
Vamos falar de liberdade.
Liberdade muitas vezes nos amedronta, mas não saberíamos viver sem... Estranho?! Como associar liberdade e medo? São sensações desvinculadas. O medo limita. E a liberdade? Liberta, flui, movimenta...
O medo de ser livre só acontece quando paramos para racionalizar a liberdade, e não quando a vivenciamos, já que racionalizar pode ser comparado a racionar, reter... Não dura muito. O medo só existe porque a liberdade vive sempre sob constante ameaçada de nossas memórias. Esbarra aqui, ali, nos nossos afetos, nas nossas limitações, no direito do outro, nas resoluções, nas indecisões, nas atitudes... Enfim, a liberdade é um constante exercício, e parte dela é ilusão. Percebemos que em plenitude ela não existe, nem mesmos para os pássaros... E a fração de liberdade que nos cabe, quando a conseguimos, pode custar caro. Muito caro...
Precisei antes ser prisioneira, para chegar a essa relativa liberdade. Matei alguns sonhos, magoei algumas pessoas, abri mão de falsas ilusões e falsas seguranças, quebrei vínculos importantes, me joguei de cabeça no escuro sem saber se haveria algo em que me apoiar... Mas, valeu à pena, valeu cada momento vivido... Valeu à pena porque era o meu caminho e apenas eu poderia seguir como a forma mais honesta de encontrar a mim mesma.
Por isso, nunca consegui entender uma relação de amor que não tivesse liberdade. Amar com liberdade é um desafio muitas vezes doloroso, porque, com o tempo, vamos querendo dar formas e criar plataformas, nos prender em mãos e nos fixar em chãos. Uma tendência que só não é natural porque é memória, que possuímos de construir portos seguros, fazendo-os maiores do que são e exercer certo controle sobre o outro. Entender que nada disso garante a permanência dos amores leva tempo. Assimilar que todo sentimento é livre porque é intangível e não palpável, que todo desejo é livre porque é um sopro, implica que sejamos antes ilustres prisioneiros de nossos erros, pois na dor nos libertamos.
É apenas na liberdade que o amor se faz pleno. O amor e tudo mais. O ir e vir pela vontade própria, a não vigilância das palavras, dos gestos, a ausência de imposições, o peito aberto e sem pressões, são a única certeza de que é possível "descansar em Deus, sem pressa..."
Sejamos o barco e o vento do nosso próprio mar, não esquecendo que Deus é o comandante.
Andréa Palermo









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