Por que vivo relacionamentos destrutivos
Atualizado dia 08/08/2014 09:38:12 em Almas Gêmeaspor Valéria Bastos
Relacionamentos assim são assentados em jogos de poder, de quem tem razão e de quem está errado, do convencimento de que o outro precisa mudar, de quem tem culpa de quê, daquilo que o outro fez no passado como justificativa para isso que faço agora, das ameaças de término, das idas e vindas, da luxúria e o poder da sedução sobre o outro, do domínio financeiro, do ciúmes, posse e controle, da submissão, subjugação e dependência emocional, dos medos de abandono, insegurança, etc. São complexos autônomos que se alimentam mutuamente e cada um dos parceiros dá ao outro “jogador”, a bola no lugar certo para ser devolvida.
Conheço muita gente vivendo relacionamentos assim e dizem querer sair disso. O problema é que não querem parar de jogar. O vício é maior que o viciado. O sabor e o prazer, mesmo que negativamente orientado, de ter poder e domínio sobre o outro na relação, faz com que a pessoa invista mais estrategicamente para vencer o jogo. Dessa forma, se o relacionamento terminar, não fica com o ônus da responsabilidade. Aliás, fica o mérito de que “eu fiz de tudo para dar certo”. A quem a pessoa está enganando nesse caso? É bom lembrar que ninguém trai ninguém. Muito antes de “trair alguém”, a pessoa já traiu a si mesmo. Trair é igual a mentir, mentir para si mesmo, dizer que gosta da lealdade e verdade e faz exatamente o contrário. Mente para si, engana-se, diz que quer ser feliz, quer um relacionamento com profundidade e entrega, mas ainda está longe de ser coerente com o que diz.
Um dos jogos favoritos da atualidade é o argumento de que hoje em dia está difícil encontrar alguém legal, alguém que vale a pena. Assim, a pessoa vai se submetendo e jogando, para convencer o outro de que é essa pessoa especial também. Faz isso e aquilo, envia mensagens bonitinhas, dá presentinhos, faz surpresas etc.. Com isso, o conceito vai subindo e o outro ficando cada vez mais dependente desses mimos. Quer poder maior que esse? É jogo, jogo do subconsciente, estratégia construída por cima da carência e do medo de perder, de ser abandonado, da solidão. Ora, se a pessoa é legal mesmo, alguém maduro, verdadeiro, leal, de boas convicções, ela se leva para onde for. E quem é assim, é desse jeito na vida, em todos os lugares. Não tem facetas e não muda de acordo com o cenário e muito menos precisa tentar convencer ninguém que é bonzinho. A pessoa simplesmente é o que é.
Viver relacionamentos destrutivos é parte do aprendizado, amadurecimento e crescimento pessoal. Até certo momento da vida todos passamos por isso em maior ou menor grau. O problema é quando isso se torna um hábito e a pessoa repete o padrão consecutivamente. Aí já não se trata de necessidade de aprendizado ou coisa assim. É algo mais complexo, de dependência, vício pelo sofrimento e prazer em sentir dor. Por que no final das contas ninguém que sofrer, não é mesmo? Então porque isso se repete na vida quase do mesmo jeito? Por que no fundo a pessoa não acredita que merece algo diferente de uma relação assim. Ela cria essa realidade substancialmente com suas crenças, julgamentos de si e do outro, realimenta o ciclo ancestral que muitas vezes viveu dramas parecidos e reforça um campo mental criando cristalizações de difícil dissolução. Na mente dela só cabe aquilo, então é isso que ela cria.
Sair do círculo vicioso do relacionamento destrutivo começa pelo amor-próprio, por dizer a si mesmo que merece algo melhor. Perdoar-se, perdoar o outro, liberar e desejar o bem, abandonar o desejo de vingança, o auto-ódio, a teimosia. Especialmente, agradecer. Agradeça, agradeça, agradeça o ensinamento, o espelho que o outro foi para você, os momentos de alegria que também aconteceram, as oportunidades que teve, as lições, o crescimento. A pessoa sai melhor e pode viver algo mais saudável até chegar o momento de viver o amor que merece. O amor começa por você, lembre-se disso.
Texto revisado
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VALÉRIA BASTOS - Terapeuta Holística - Constelação Familiar, Terapia de Vidas Passadas, Deep Memory Process (Processo de Memória Profunda), Resgate de Alma, Captação Psíquica, Facilitadora de Grupos, Xamanismo. (61) 99217.1295 SEPN 513 Bloco A Sala 112 - Ed. Bitar 1 - Asa Norte - Brasília/DF E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |