Preciso conviver com meu ex-marido e sua esposa atual para provar que superei?
Atualizado dia 2/26/2013 3:12:41 PM em Almas Gêmeaspor Terapeuta Eliana Kruschewsky
Uma situação se torna um problema por falta de conscientização, conhecimento e autoconhecimento.
Irei concentrar a atenção na situação afetiva das pessoas, precisamente em casos de separações onde uma das partes nunca concordou com o afastamento do outro, independente de sexo.
Raramente uma relação se finda, entre casais, por um comum acordo. Pode até existir esta conscientização mútua e o casal, resolver, amistosamente, se separar. Sabemos que, na maioria dos casos, um dos dois não desejaria ter sido “abandonado”. E se tal separação se der, por conta do surgimento de uma terceira pessoa, a situação fica, perigosamente, mais sensível e traumática.
Após um período de menos de 10 anos, um casal próspero se separou porque ele se “apaixonou” por outra e comunicou, honesta e amistosamente, para sua jovem esposa. Por mais honesto e amistoso seja o procedimento do homem, esta notícia repercute como um meteoro na cabeça e na vida desta mulher. Simplesmente, ela desaba chão abaixo e esta situação afetiva rompida começa a gerar sentimentos na energia emocional.
Primeiro, ela começa a se culpar e se achar a última mulher do mundo em uma escala de felicidade; ela começa a relembrar situações passadas desde sua infância onde perdia pessoas, fazendo referência à sua personalidade. Ela começa a se odiar terrivelmente e a se sentir fracassada, embora seja uma mulher bonita e de sucesso profissional.
Após este primeiro momento, ela passa a culpar o homem, a achar que ele não tinha o direito e que ele a traiu. Este tipo de energia mental gera também bloqueios na energia emocional e, então, passa a odiar todos os homens da face da Terra.
Depois ela começa a investigar quem é esta mulher que roubou o marido dela e daí a coisa vai longe, porque ela quer não só saber, mas existem casos em que a esposa quer acabar com a pessoa que destruiu seu casamento. Nesta hora, qualquer pessoa que der opinião a favor desta infeliz que roubou o marido da outra, fica fadada também a ser cúmplice. Então, amigos, tomem cuidado com as palavras nestas horas.
Observe como uma situação vira problema afetivo quando a pessoa começa a julgar todos e a se subjugar como vilã da história. Cria-se, neste instante, o chamado trauma emocional e esta mulher fica altamente vulnerável a este assunto, ao ponto de não querer saber o que se passa com o ex-marido...?
Esta ex-esposa não teve filhos com este ex-marido e, de repente, o novo casal aparece grávidos? E detalhe, todos residem em uma cidade de menos de 100 mil habitantes e a ex-esposa e ex-marido trabalham no mesmo ambiente...
Realmente deve ser uma situação não muito confortável, receber e ter que conviver com uma notícia desta para o resto da vida. Muitas mulheres se desequilibrariam para sempre, outras cometeriam atos impensados e definitivos, e outras, no mínimo, nunca mais conseguiriam ter um relacionamento sem ter o fantasma da traição ou do abandono rondando suas vidas.
A questão é que tudo pode ser amenizado, administrado e mantido na paz se, a parte mais dolorida, neste caso a ex-esposa, tomasse conhecimento do seu processo existencial e espiritual. Claro que com ajuda, ela poderia entender muitos aspectos que envolve as pessoas deste caso. Poderia perceber talvez que, embora ela o amasse que ele teria uma missão com a outra pessoa. Ou poderia entender que este triângulo pudesse ser configurado em uma competição originada em outras vidas e que o ex-marido seria o objeto da competição. Ou poderia descobrir que um dos dois teve seu processo evolutivo acelerado, que ela precisava estar só por um tempo para se preparar para uma necessidade divina de ajudar pessoas futuramente. Enfim, existe uma série de possibilidades e de conscientizações que ajudaria e amenizaria tal sofrimento.
Em respeito a tal sentimento, devo deixar claro que uma pessoa que passou por isto, deve ter vindo com este evento registrado em sua grade de programação divina em prol de um crescimento espiritual. Se assim o for, ela terá este registro, durante esta vida atual, mas que nem por isto seja motivo de desequilíbrios, muito pelo contrário.
Meu artigo "Será que sabemos o que seja orai e vigiai" ou a prática dos Vigilantes do Peso ou dos Alcoólicos Anônimos, caberiam aqui como caminho. Um ex-obeso, um ex-alcoólico, nos dois casos a questão é de vigiar. Observe que uma coisa é ver um belo bolo de chocolate com morangos e outra coisa é querer comê-lo. Uma coisa é ver um copo de cerveja na mesa e outra coisa é prová-lo e uma coisa é ver o seu ex-marido com a atual esposa ao lado e um lindo bebê e você querer se deprimir ou se sentir mal com isto, porque desejaria aquilo para você. Quando falo vigiar (no aspecto afetivo), refiro-me a vigiar os seus sentimentos. Você sabe que a cena é uma tentação assim como o bolo para o ex-obeso e a cerveja para o ex-alcoólico. Só que você tem que saber que cair na tentação vendo uma cena é uma opção e você sabe que os resultados não são bons.
Vigie sua energia emocional, enviando uma mensagem para ela: "eu já sei o que vou sentir se eu me importar com o que vejo e sei que não quero ficar triste nem depressiva porque mereço estar bem e ser feliz. Este comando é o mesmo para você resistir ao pedaço de bolo, é o mesmo para você resistir ao copo de cerveja, isto porque você sabe que pode colocar todo o trabalho por água a baixo.
Sou contra a “Teoria do Enfrentamento”, em que defende que devemos enfrentar o problema de frente. O ex-obeso tem que ficar cercado por comidas gostosas e engordativas, o ex-alcoólico tem que viver em bares cercado de garrafas de bebidas e que uma ex-esposa, tenha que ver seu amado ex-marido se beijando com a atual esposa ou viver no mesmo ciclo de amizade e convivência diária. Isto não funciona, porque você pode ter conquistado um equilíbrio dentro da situação e enfrentar cenas deste tipo pode colocar tudo a perder.
Isto porque existe um registro em um compartimento de nosso cérebro e se ele for mantido fechadinho, é porque podemos guardar as situações não boas até por respeito à nossa evolução, mas ficar toda hora mexendo nesta situação, vira masoquismo desnecessário, configurando-se em um outro tipo de desequilíbrio.
Se este for seu caso, o caminho é autoconhecimento, conscientização dos processos espirituais, acompanhamento terapêutico e saber que temos nossos processos kármicos que devem ser utilizados para um crescimento, mas não devemos remexê-los, uma vez que já foram utilizados e que já surtiu seus efeitos em nossa vida.
Portanto, aceitemos nossos processos, mas não precisamos viver com eles pendurados no pescoço. Não assinamos nossos contratos espirituais para exibicionismos e sofrimentos e, sim, para evolução espiritual.
Texto revisado
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Eliana Kruschewsky Terapeuta, Palestrante, Educadora. Serviços: Avaliação Radiestésica, Reiki, Cromopuntura, Florais e Tarô Terapêutico. Brasília-DF. Ministra cursos de: Mandalas em fios, em vidro e em tela. Radiestesia/Radiônica, Tarô Terapêutico. www.portalvialuz.com (61) 3551-2003 (61) 8189-8843 Tim E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |