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QUANDO A DOR DILACERA A ALMA

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Autor Lucya Vervloet

Assunto Almas Gêmeas
Atualizado em 28/11/2014 15:46:19


Há 2 anos e 7 meses que meu coração encontra-se em frangalhos pela perda de forma amadora de minha querida mãe. Desde então não tive concentração para quase nada em minha vida, apesar de estar fazendo um sério tratamento antidepressivo. Infelizmente existem pessoas assim como eu que pensam ser fortes o suficiente para aguentar qualquer trauma e "passar batido". Realmente era o que acontecia, no entanto em nossa ignorância acerca do funcionamento fantástico de nosso cérebro e suas múltiplas conexões, esquecemos que somos frágeis, vulneráveis em nossa psique.
Nunca me enganei que quando a perdesse não suportaria a dor, quando pequena dizia-lhe: Mãe, quando você morrer, morro com você. Não me lembro mais o que ela respondia, só me lembro de que era o meu maior pavor na vida. Entre trabalho, estudos, viagens e algumas paqueras, ela nunca saía um minuto de minha mente, ou seja meus atos sempre visavam a responsabilidade de servi-la a todos os instantes, protege-la de todas a dores e nunca decepciona-la. Na minha mente havia e ainda há registros de como ela sozinha no final da década de 50 esforçava-se para criar-me com dignidade. Em resumo, minha mãe, minha heroína!
A ansiedade com que vivi minha vida foi catastrófica, analisando hoje com mais distanciamento e conhecimento sobre o funcionamento da mente. E sem falar que a dela foi devastadora, no entanto, minha mãezinha tinha um mantra que ela mesma criou quando meu pai não suportou a responsabilidade de assumi-la e ajuda-la a criar-me e vendo-se só, completamente só com uma filha nos braços. Lembro-me que ela em seu otimismo e aquele sorriso lindo, dizia: O Brasil é meu"!. Eu achava engraçado, mas há muito percebi que foi sua fé que a fez criar-me com tanto esmero, amor, educação, valores, enfim, tudo o que uma criança precisa para tornar-se um adulto de caráter e valores essenciais.
Aos 65 anos constataram que ela era portadora da Doença de Parkinson, mas isto não a enfraqueceu, apenas lhe deu mais ânimo e vontade de lutar. Nesta época eu já estava me aposentando por invalidez permanente por não suportar mais o ambiente de trabalho no Serviço Público. Posso dizer que esta foi sua segunda ou terceira decepção comigo, no entanto, eu não era ela e sim o conjunto genético dela com meu pai. Mas, mais uma vez superamos este obstáculo e seguimos em frente.
Apesar de aos 33 anos já ter conhecimento e provado a Meditação Transcendental, confesso que não usei essa grande e útil ferramenta para proteger uma psique já tão combalida. O que normalmente fazemos é culpar o mundo exterior, algumas pessoas e o destino. Realmente não é fácil dominar uma mente com toda sua complexidade, emoções, sentimentos e como aprendemos no Budismo, ficarmos sempre entre o medo e a esperança. Viver pra mim é uma verdadeira Arte, a maior de todas e a qual tenho a plena intenção de desenvolver, até mesmo como sempre para valorizar todo o empenho e trabalho duro pelo qual minha mãe viveu: por mim!
O golpe fatal que me fez acordar de vez para a grande necessidade de sermos responsáveis pelo momento presente e nossa vida foi seu falecimento em uma Santa Casa do Estado do Rio, assim, negligenciada, sendo proibida de ter contato com sua filha única e amparo. Meu coração ainda não está em paz, sinto sua presença e, daria minha vida por mais um minuto com ela. Sua coragem, dignidade, honestidade permeiam meus atos, mesmo que de forma menos intensa, e seu sofrimento ainda machucam minha alma. Daqui pra frente encontro-me repetindo o padrão dela, só e com muitas responsabilidades, no entanto, somos almas distintas apesar de todo apego e amor, por isso ainda me encontro por aqui!
Sempre temos muitas histórias pra contar sobre nossas vidas e como vencemos ou não os obstáculos em busca da tão sonhada felicidade e plenitude, e por hoje é só, já me sinto mais forte por pelo menos ter escrito estas poucas linhas.
Todos sabem que perder um ente querido pode ser altamente estressante e o que posso recomendar, se for o caso, é que mesmo preparados não somos capazes de lidar com isto sozinhos e, desejo que ao contrário de mim, as pessoas possam passar por este momento tão doloroso com pessoas gentis e cordiais.



























































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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Lucya Vervloet   
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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