Quem vai escolher?
Atualizado dia 5/18/2015 8:52:00 AM em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Na análise das situações, logo é detectado que elas chegaram ao ponto em que estão apenas porque não tomaram as decisões que deveriam ter tomado em momentos passados. Aqui a grande surpresa: a maioria delas sabia o que deveria fazer, mas “não quiseram acreditar”, ficando então à espera de soluções mais agradáveis ou mais simpáticas, aos seus olhos e ou aos olhos de outros.
Não aceitam que procrastinam: deixam para depois; contemporizam: protelam para ganhar tempo, agem como o avestruz, que coloca a cabeça em um buraco para não enxergar o perigo, acreditando que ao não estar vendo a ameaça acabou, permitem a construção de verdadeiras muralhas de obstáculos, que vão se tornando cada vez mais difíceis de serem ultrapassadas.
Esse comportamento de não encarar as decisões que precisam ser tomadas para se obter resultados eficazes gera sofrimentos, dores, destruição conflitiva de lares, perdas emocionais. Mas também geram no mundo dos negócios enormes perdas financeiras.
Grande parte das pessoas quando questionada do porquê deixaram a situação seguir sem suas interferências respondem semelhantemente: “Eu pensei, eu acreditei que tudo iria se resolver sem a necessidade de atitudes tão enérgicas”. “Ele(a) falou que ia mudar, mas foi só uma representação”. “Acreditamos que o mercado ia mudar, agora vemos que não havia sinais reais disso” e assim por diante.
Há uma máxima imposta pela vida: “Quem não decide por si, deixa para a vida escolher por ela”. Decidir é fazer uma escolha. Nem sempre as escolhas que resolvem são as que gostaríamos, mas são as necessárias para as soluções das situações existentes. Não fazê-las é deixá-las ganharem mais corpo e consequentemente se fortalecerem.
Tomar decisões agradáveis é fácil. Tomar decisões necessárias exige maturidade e aceitação das ocorrências. Normalmente, as decisões necessárias contrariam muitas pessoas. Quem as faz fica por um tempo “mal vista”, sendo criticada e até acusada. Esse simples fato explica porque na política muitas decisões claras e efetivas não são tomadas, pois os políticos que as tomarem por um tempo serão mal vistos. Temem perder a reeleição.
Há também as inseguranças pessoais e os conceitos distorcidos que geram culpas onde elas não existem, propiciam campo fértil para tentativas de chantagens emocionais, situações que testam a capacidade de suportar pressões e não se submeter a elas.
Muitos acham que olhar o que se está vivendo com objetividade é ser frio e calculista. Eis mais um conceito distorcido. Olhemos um relacionamento conflitante como exemplo: o casal vive há muito tempo sem conseguir se entender, nem ele a ela e nem ela a ele, pois cada um aponta no outro o que o outro não tem ou não quer dar. Quando um deles fala em separação, o outro desmorona, ou passa a agressão e chantagens, usando de todos os recursos disponíveis; filhos, famílias, vida social, finanças etc. Após as manipulações de praxe vem a pseudo conversa salvadora: vamos mudar e tudo será diferente. Essa situação se repete inúmeras vezes, sempre com o mesmo resultado: nenhuma mudança, quando muito, apenas ocorreram sofisticações das divergências. Olhar com objetividade é analisar o histórico e ver que em todo o tempo que passou não houve nenhum progresso. Alias, houve sim: os desentendimentos e agressões estão cada vez maiores, as insatisfações não param de crescer.
Parar de sonhar com soluções “milagrosas”, pois milagre é o resultado do esforço e merecimento de cada um é o caminho. Deus não é nosso funcionário. Muitos dizem que o que Deus uniu o homem não pode separar, mas quem disse que foi Ele quem fez as escolhas? A união abençoada por Ele (com maiúscula) é feita através do amor. Poucos compreendemos o significado verdadeiro desse termo.
Texto Revisado
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