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Um soluço de dor no Nepal

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Autor Marilene Pitta

Assunto Almas Gêmeas
Atualizado em 29/04/2015 10:04:15



Marilene Pitta. Terapeuta Multidimensional. Sensitiva. Escritora. Conferencista em Congressos. Atualmente, está Coordenando dois eventos no Rio de Janeiro. Se tiver interesse, poderemos formar Grupos de Workshop em sua cidade. Informe-se sobre esses trabalhos. Seja bem vindo@.

Contato: [email protected]

1. Roda Xamânica, Feminino e Processos de Cura.

2. Maria Madalena – Legado Sagrado de Amor e Luz (rastreando memórias, códigos e vivências).

2009. O voo subia lentamente pelas montanhas do Himalaia. Silenciosamente, eu rezava o mantra da Mãe Kuan Yin. A cada recitação o meu coração expandia de felicidade “OM MANI PADME UM”. A joia do Lótus continuava intocada, bela, pura, perpetuada por uma delicadeza das Deusas. Quando abri os olhos às lágrimas desceram dos meus olhos cansados e vi a cadeia de montanhas do Sr. Himalaia. Majestoso e silencioso coberto por seu eterno manto branco. Pedi licença para passar (mesmo dentro de uma aeronave). Senti um arrepio na coluna, uma saudade de um tempo imemorial.

Veio á minha mente antigos rituais, oferendas, cânticos, e murmúrios com as saudações milenares. Pedi ao copiloto para contemplar o Himalaia da cabine em uma vista panorâmica. Não sei por que ele pousou primeiro e permitiu. Era um anjo flutuando no imenso espaço do planeta Terra. Continuei com o meu mala tibetano, as contas velhas e o fervor de sempre. Desci mansamente no território sagrado de Katmandu. O encantamento aconteceu de imediato.

As imagens (das Deusas do Budismo) Tara Verde! Tara Vermelha! Tara Branca! O senhor Buda imenso e todo dourado! Comandando a guarda vinha o amado Ganesha. Eu estava em casa. Minha alma sabia daquela milenar moradia. E foi assim que entre cumprimentos e risos que fui abençoada no Nepal. Tudo colorido. Não se ouvia muito barulho ( como a alucinante e deslumbrante Ìndia). Os lábios murmurando o mantra em sintonia com o tempo e o movimento de amor e devoção.

Aos poucos Katmandu foi se revelando. O povo com uma expressão viva no olhar, na reverência, na oração, nas oferendas, na arte de caminhar com a roda da oração nas mãos, indefinidamente rezando... Conectados... Amo as mantas jogadas nos ombros que aquecem e nutrem o coração. O nosso grupo harmonioso e cada pessoa vivenciando a sua experiência individual e mística.

Por todo lado às imagens do Buda da Compaixão o seu olhar seguia a todos como abraçando e acolhendo. Um povo amoroso. As cores vivas do Nepal se misturavam com a alegria de estar naquele espaço. Um perfume suave e doce dos incensos fazia o seu papel de ir purificando o ar nepalês.

Em meio a toda essa mágica experiência... Chegou o magnífico momento esperado: ver o nascer do Sol no Himalaia. Acordamos de madrugada e lá fomos por entre estrada e estrada... Plantações...Ladeiras...Pessoas caminhando sempre em frente. O vento iniciou se diálogo repentinamente.

Trouxe histórias e relatos de dor (daqueles que foram soterrados pela avalanche e fez a entrega da alma a grande mãe neve branca e severa).

Outras histórias de alegria de ter conquistado o alto e tocado na mão do Criador. Descemos e lá estava a Montanha mais alta do Planeta Terra: como uma rainha poderosa, passeava por sua cadeia de outras montanhas de uma forma altiva, bela, com o bastão do Poder. De repente, o senhor Sol soberano e nutridor das nossas vidas seus raios tocaram suavemente na face da grande montanha branca e ela num arrepio de pura energia se iluminou, se deixou amar pelo Sol e tornou-se dourada em seu manto de luz.

A magnificência e o esplendor tomou conta de todos, entre lágrimas e gratidão o silêncio era a grande oração universal.
Essa narrativa foi acontecendo na vida que se vive... Outras viagens. Outras experiências e a sensação da Montanha Branca do Himalaia sempre nas meditações ela vem com o seu manto dourado.

2015. O noticiário explodiu em imagens e registros do maior terremoto em 80 anos. Pranto. Perplexidade. Dor. Prédios milenares destruídos. Memória que se foi. A Montanha deu um soluço e causou em nós rios de lágrimas, espanto e morte. Cinco mil pessoas e tantos mais entregaram sua alma de uma forma espantosa ao Criador. Silêncio. Oração. Mantra devocional. Luto. Condição do ser humano experimentar ganhos e perdas na estrada do viver.

Mais uma vez vem um ensinamento dessa tragédia: milhares de pessoas vão ao Himalaia para o Festival de Wesak (Lua Cheia em Touro), onde BUDA expande bênçãos sobre todos nós.

Penso na sabedoria budista que nos fala na impermanência. Os prédios caíram. Os templos caíram. Seres humanos tombaram. Uma cena viva está guardada: o povo na praça e nas ruas em meio ao frio, todos juntos, se aquecendo, se consolando, se acolhendo. Seguramente o maior ensinamento da Montanha Branca de Manto Dourado. Fica a essência. Permanece a experiência vivida (mesmo assim quando se perde a memória... há de se pensar...). É significativo celebrar o Wesak em meio aos escombros por que a vida é eterna. Bênçãos de gratidão para as vidas poupadas, para as casas não soterradas, para as árvores em pé com suas raízes ancoradas na terra.

Penso no vulcão no Chile... Andes...

Na visão Xamânica: quando há um diálogo entre montanhas algo de grandioso está acontecendo na energia do planeta. Se acredita, que o acúmulo de pensamentos e ações não qualificadas dos seres humanos possa co-criar uma sinergia de explosão magnética e tudo vem á tona... Tudo... Seria interessante fazer um caleidoscópio do que está acontecendo no planeta: política, economia, dinheiro, história, educação, instituições, informática, mundo digital... etc...e tal.

Ser testemunha desse momento existencial é um terremoto interno. Que a sabedoria da impermanência nos motive vivenciar a arte de cuidar em todos os níveis e dimensões de cada ser humano e do amado planeta azul da cor do céu... Para quem pode ver agradecer a abençoar.
Mais uma vez: quando a morte chega sem pedir licença... Sacode. Acorda desse sono do faz de conta que está tudo bom e bem... (estrutura de habitação, saneamento).

Impermanência... Que venha o novo... Uma nova energia. Da dor par o amor... Unidade. Pulsa um só coração planetário e cada ser carrega o seu jeito de vivenciar sua história de vida. Fiquemos juntos como humanidade.

Bênçãos Montanha Branca do Manto Dourado do Himalaia.




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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Marilene Pitta   
Formada em Registros Akáschicos;Alinhamento Energético;Terapia Floral;Formação Holística de Base (UNIPAZ) com Pós Graduação em Terapias Holísticas;Mestrado em Educação e Desenvolvimento Humano. Consultas em Roda Xamânicas. Animal Poder.Atendimento com Conexão com o Povo das Estrelas (Arcturianos e Pleidianos). Atendimento á Distância e Presencial.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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