Ver a Vida como ela é
Atualizado dia 16/07/2023 23:27:30 em Almas Gêmeaspor Valéria Bastos
Ficamos perambulando, presos na roda de Samsara, tentando encontrar algo em que se apoiar. E nesse anseio, muitas vezes a busca e o caminho espiritual é o que resta. Mas, não diferente da outras dimensões da vida, também criamos o nosso próprio mundo espiritual, preferencialmente cor-de-rosa, um lugar onde não há sofrimento e no qual tudo se explica, um lugar onde as coisas acontecem da forma correta e justa e, claro, lá todos são bonzinhos e receberei muita ajuda.
Enquanto isso, a vida prossegue e os mesmos hábitos continuam: os de procrastinar, adiar, deixar para amanhã, não conseguir se encaixar na vida, não saber lidar com o dinheiro, não se realizar no trabalho, não aceitar a família, ter dificuldades nos relacionamentos, não conseguir colocar em prática aquilo que se promete, não mudar internamente, reclamar da sociedade etc..
Fica então a pergunta: onde está o erro, afinal? Puxa vida, se já estou no caminho espiritual há tanto tempo, se pratico tanta coisa legal, positiva, se ajudo as pessoas, por que ainda há sofrimento em minha vida?
Porque ainda estou no estado de separação, ainda divido as situações da vida em categorias boas e más, ainda tenho preferências pelo prazer e aversão pela dor, ainda separo o mundo espiritual do mundo material, ainda não consegui interiorizar o “conceito” de que todos somos um, tudo é um; ainda julgo, discrimino, reclamo, separo, sinto amor e ódio, tristeza e alegria...
Nesse estado de separação, o sofrimento é inevitável. Aliás, o sofrimento faz parte da vida e é natural, como tudo o que existe. O problema é como o encaramos, como o alimentamos, como nos nutrimos e nos tornamos viciados nele. Esse é o verdadeiro problema. É preciso compreender que a vida é como ela é, que tudo é impermanente; um dia se ganha, outro se perde, um dia estamos felizes, outro dia estamos tristes, um dia com saúde, outro doentes. Faz parte. Precisamos compreender, aceitar, olhar; ver tudo como transitório, passageiro, sem essência duradoura. Com isso vem um olhar mais neutro, mais flexível, menos intransigente e duro de nossa parte. Assim, começamos também a nos enxergar dessa forma, sem nos exigir tanto, sem nos cobrar e julgar pelas coisas não feitas. Vêm a energia e a disposição da qual precisamos, começamos a mudar o que é possível no agora, fazemos diferente neste instante; amanhã é outro dia, serei outra pessoa, não há como prever o que irá acontecer.
Estar totalmente no presente, no aqui e agora, sem expectativas, sem interpretações, apenas sendo. É muito libertador, é como despertar de um sonho cor-de-rosa que se tornou cinza com o passar do tempo. Ver as cores reais da vida, o colorido e também o preto e branco. Não pintar um cenário diferente e viver dentro dele, fora da realidade. É bom viver a vida, mas melhor ainda é viver a vida como ela é.
Texto revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Valéria Bastos VALÉRIA BASTOS - Terapeuta Holística - Constelação Familiar, Terapia de Vidas Passadas, Deep Memory Process (Processo de Memória Profunda), Resgate de Alma, Captação Psíquica, Facilitadora de Grupos, Xamanismo. (61) 99217.1295 SEPN 513 Bloco A Sala 112 - Ed. Bitar 1 - Asa Norte - Brasília/DF E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |