Ver além das nuvens!
Atualizado dia 07/07/2014 07:39:17 em Almas Gêmeaspor Paulo Salvio Antolini
Primeiro, é preciso saber o que se quer, depois se organiza para atingir o alvo estabelecido. Pena que boa parte das pessoas caminha sem rumo. Aqui aproveito para pedir a vocês, leitores, que me enviem temas que gostariam de ver abordados nessa coluna.
Já estou há boas horas nos últimos dias pensando nisso. Paro para atender uma cliente que, ao me despedir dela, digo exatamente o título acima.
Cheia de preocupações e receios frente aos obstáculos que está enfrentando, sente-se receosa de acreditar que vai superar a todos eles. É o medo de se decepcionar, caso algo não dê certo. Mas ter expectativas realistas e “pés no chão” não significa não ter esperanças, não poder vibrar de contentamento quando se vislumbra algumas alternativas.
Sabem aquele dia que ao acordar e abrir a janela o vemos cinzento, úmido pela garoa incômoda que cai e que estimula o voltar para a cama? Imaginem esse estado somado aos desafios (que a maioria chama de problemas) a serem enfrentados nesse dia.
Necessário fazer a descrição de uma viagem aérea, onde o avião decola sob intensa chuva, plena manhã cinzenta e escura. Ele às vezes até trepida enquanto seus motores estão super acelerados para vencer a força da gravidade, o vento e tudo que parece estar contra o ato de tamanho objeto cheio de vidas humanas sair do chão.
Em rápidos minutos, ganha altura e através de suas janelas se vêem, feito como de fumaça, a formação das próprias nuvens, O avião está literalmente dentro dela. Mais um pouco de tempo e já se vê o brilho dos raios do sol. E então, como em um passe de mágica, o lindo e intenso azul celeste, claro e límpido, com o aconchego do calor do sol que brilha mais forte do que nunca havíamos observado.
A vida apresenta momentos como o que descrevi acima, os obstáculos se somando e acumulando, dando todo o parecer que não há saídas possíveis.
Há alguns ditos populares que devem ser afastados, pois nos atrapalham e muito. “Miséria pouca é bobagem”; “Tudo o que é de ruim marca encontro para chegar à mesma hora”; “Eu não saio dessa”; “Já estou no buraco e ainda tem gente pisando em minha cabeça” e muitos outros.
Há sim um grande e algumas vezes intransponível obstáculo: a ausência da saúde. Quando uma doença grave toma conta e impede a pessoa de poder então dedicar-se às situações do dia a dia. Fora essa, todas as outras possuem formas de se conviver, enfrentar-se.
O maior obstáculo está em se aceitar as condições que a vida impõe para que esses entraves sejam removidos. O orgulho, a altivez, a prepotência são as amarras internas que impedem os passos para a saída.
A perda do emprego, a não mais entrada do salário que garantia todas as despesas, as necessárias e também as supérfluas, a demora nesse processo transitório de uma colocação para outra, ou mesmo a ocupação, mas não compatível com os mesmos valores e benefícios. Pronto, está feito o que a grande maioria chama de desgraça. O ter que se desfazer do carro do ano e pegar um mais simples, o ter que vender a casa dos sonhos, mas que, na realidade, é um dos fatores que deixa a situação financeira ainda pior, reduzir ida a restaurantes, lojas de renome, enfim, aceitar um novo padrão de vida.
Aos que possuem essa dificuldade, entendam que estão fazendo de um período provisório, algo duradouro. Recuar não é perder, não significa não ter sucesso, significa sim saber utilizar os recursos disponíveis para se enfrentar adequadamente os obstáculos desse momento. Então, mãos à obra, ajam de acordo com o que lhes é possível e façam do recuo temporário a pressão em uma mola que os impulsionarão para bem a frente, logo mais. E se sua perda foi de um grande amor, não se perca. Ame a si mesmo.
Texto revisado
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