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Você é surreal!

Atualizado dia 23/12/2015 01:11:55 em Almas Gêmeas
por Flávio Bastos


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"Venham até a borda, ele disse. Eles disseram: nós temos medo. Venham até a borda, ele insistiu. Eles foram. Ele os empurrou... e eles voaram". (Apollinaire)

Alguns estudiosos acreditam que a palavra surreal foi criada pelo poeta francês Guilherme Apollinaire, que remete para alguma coisa que está além do realismo ou realidade.

O termo surreal designa aquilo que apresenta características próprias do surrealismo. Surrealismo foi um movimento artístico e literário que surgiu na Europa na década de 1920 e tinha como características o irracionalismo, a negação da lógica, a incoerência e valorizava as formas de expressão do inconsciente, do abstrato, dos sonhos e do próprio instinto. Neste período, as teorias psicanalíticas de Sigmund Freud tiveram forte influência no movimento.

O marco do início do surrealismo foi a publicação do manifesto surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês Andre Breton, em 1924. Neste manifesto, foram declarados os principais princípios do movimento surrealista: ausência da lógica, adoção de uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da liberdade de criação, entre outros.

Nesta lógica, surrealidade é o que existe no contexto dos sonhos, da imaginação, do contraditório e que transcende a realidade a partir do Princípio de Realidade Freudiano, que é o caminho da sobrevivência individual e coletiva da experiência terrena ligada à dimensão física.

No âmbito da crença reencarnacionista, a surrealidade das dimensões paralelas (material e imaterial), é experenciada de uma forma mais intensa através da sensibilidade suprassensorial ou mediunidade, cujo sensitivo é o intermediário consciente ou inconsciente entre dois planos.

Estudos acessíveis a qualquer interessado apontam Emmanuel Swedenborg e as suas obras derivadas das suas visões dos planos existenciais adjacentes ao nosso. Reverendo Dale Owen que oferece detalhes na "Vida Além do Véu". Allan Kardec quando reproduziu que entre o mundo material e o espiritual, o segundo é o mais importante, pois, lá ou aqui tudo se origina e prossegue. Chico Xavier, que antes da Teoria das Super Cordas ser formulada, disse com naturalidade em entrevista que "o plano em que vivemos nada mais é que um prolongamento do espiritual", e Waldo Vieira, propositor da Conscienciologia e da Projeciologia ou Frei Albino Aresi e sua terapêutica na área da Parapsicologia.

A natureza humana é multidimensional e à medida que o século 21 avança, a surrealidade começa a transparecer naturalmente, conquistando espaços no campo do conhecimento científico e do autoconhecimento, pressionando o ser inteligente a desenvolver o que Carl Jung denominou Self ou Eu Superior.

A valorização das formas de expressão do inconsciente profundo que contraria a lógica do pensamento linear e racional, observamos no avanço da Física Quântica, na própria Astronomia que desbrava o universo com tecnologia avançada e nas técnicas terapêuticas modernas que utilizam o estado alterado de consciência como valiosa ferramenta de informações interdimensionais. Observamos também na sensibilidade suprassensorial que canaliza mensagens de seres comprometidos com a evolução consciencial da humanidade terrena e no Holismo, que nos dá a ideia do Todo Indivizível.

A fase que vivenciamos na atualidade evidencia a confusão de valores que abrange principalmente o mundo ocidental e que interfere no conjunto de crenças que, até então, eram intocáveis e aceitas como verdades absolutas. Esta cisão causa uma ruptura no conceito de realidade associada à dimensão física, atingindo o comportamental e pressionando o homem a buscar explicações através da pesquisa e da apropriação de novos conhecimentos que se renovam numa velocidade jamais experenciada.

Este constante movimento entre a busca e apropriação de novos conhecimentos, constrói a surrealidade humana a partir de um nível de autoconhecimento que torna o indivíduo agente de sua própria transformação.

Nesta direção, o alvorecer do terceiro milênio inspira corações e mentes a desenvolverem o eu superior através do processo de autodescoberta, onde o Ego assume o seu lugar em harmonia com o Self.

Portanto, é tempo de assumir a surrealidade, que é a aceitação da natureza de contatos inter e multidimensionais que caracterizam a transcendentalidade humana inserida no contexto universal, sendo a expansão da consciência o caminho para que o surreal que habita em você identifique-se com os anseios da alma na busca do Uno.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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