Voce se ama de verdade?
Atualizado dia 9/10/2021 1:44:33 AM em Almas Gêmeaspor Paulo Zonta
Auto-estima? Amor próprio? Você sente isso por si mesmo?
O conceito que temos de amor-próprio e auto-estima, ultimamente está muito ligado à cuidar do corpo, irmos à academia, usar roupas que caiam bem, manter-se em forma e cuidar da alimentação, ou seja, cuidar do lado material, (físico) de si, mas antes e mais profundamente que isso, estão nossos desejos, nossa essência psíquica que deve ser cuidada com atenção para que possamos trazer "de dentro pra fora" a tão sonhada felicidade.
Nossas maiores angústias pela falta de amor-próprio são causadas pela não satisfação de nossos desejos mais profundos, o que poderia ser sanado se conseguíssemos viver nossa Autenticidade pessoal. Acontece que muitas defesas e bloqueios nos levam a não entrar em contato com essa nossa essência, nosso real SER. O Autoconhecimento muitas vezes é dificultado, bloqueado por estes mecanismos de nossa psiquê. Por vários motivos pessoais (pois para cada pessoa são diferentes) que nos levam a viver nossa vida fugindo do sofrimento, porém, ao mesmo tempo e contraditoriamente vivemos sofrendo pois não conseguimos "enxergar" as nossas necessidades mais primárias, pois o desejo profundo (inconsciente) nunca é realmente conhecido e decifrado pelo consciente e vivemos buscando fora o que deveriamos buscar dentro...
A saída é aprendermos a sentir, mais do que pensar como prega Osho, "ouvir" não só nosso corpo, mas também nossos sentimentos e aprender a viver mais em sintonia com nossas necessidades íntimas, profundas. Isso é Autoconhecimento.
Preparar-nos através do Autoconhecimento para não cairmos nas "armadilhas da mente", com atenção plena e constante sobre o que acontece "dentro e fora" de nós, para como dizem os orientais: "não sermos pegos de surpresa". Isso pois o que desejamos nem sempre é o que realmente necessitamos, mas todos os nossos desejos são, muitas vezes, disfarçados e encobertos. Isso quando os satisfazemos de alguma forma, pois em outros casos recalcamos e ficamos na angústia, nos sentindo mal sem saber o porquê. Há pessoas que têm um emprego razoável, uma boa família, uma vida sem muitos problemas, mas se sente infeliz, angustiada, sem perspectiva. Aprendemos desde muito cedo a agradar aos outros e que agradar a nós mesmos é "pecado". Pensar em si em primeiro lugar é visto como sinal de egocentrismo. O orgulho é visto como coisa negativa, mas deveria ser sim visto como coisa positiva pois ele tem a ver com a nossa capacidade de manter nossa auto-estima. Orgulhar-se de ser quem se é, com suas virtudes e defeitos e também saber diferenciar o que é "seu" e o que é "do outro" nas relações interpessoais, é outro ponto muito importante para que não vivamos escravo da rotina de agradar aos outros. Imagine se todos se preocupassem em somente agradar aos outros; nem sempre satisfazer ao outro nos traz felicidade. Devemos sim agradar aos outros pois vivemos em sociedade, mas tudo tem um limite e este limite vai determinar nossa capacidade de ser feliz.
Antes e o mais importante de tudo na vida é cuidar de nosso SER, pois assim, estando bem consigo mesmo, poderemos "transbordar" nossa auto-estima e amor-próprio em amor para as outras pessoas. E isso é saudável.
E então, amar o outro, mas aprender a amá-lo como ser imperfeito que é, tendo consciência primeiro de nossas próprias imperfeições; mas para que possamos chegar a isso é necessário aceitar-se e amar-se a si mesmo, conhecer-se profundamente, aceitar os próprios erros e imperfeições e, assim, com clareza e consciência, amar a si e ao semelhante.
Texto revisado por Cris
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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Zonta Terapeuta e Coaching E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Almas Gêmeas clicando aqui. |