ZOZ - Zuhra chega a maturidade
Atualizado dia 8/26/2024 8:55:46 PM em Almas Gêmeaspor Margareth Maria Demarchi
Zuhra (Mente) estava cada vez mais cansada, porque percebeu que está faltando paz dentro de si. Durante anos procurou entender as pessoas e agir da melhor forma, porém o que ela sente hoje é desânimo com tudo na vida. Neste momento tudo parece complicado e difícil.
Zuhra (Mente) chora, porque dentro dela existem muitas mágoas e decepções por ter usado o seu tempo todo buscando a aceitação do outro, e às vezes até se anulando para isso. Então ela chama a mãe e o pai para conversar, para que eles possam juntos ajudá-la a encontrar o caminho que lhe trará a paz.
ZOÉ (Pai Crença) lhe diz:
- Filha, durante anos busquei protegê-la, procurando atender as suas necessidades quando se sentia insegura e acreditava que as pessoas estavam todas analisando suas falhas. Você se escondia como tímida e eu a auxiliava para agir com esse comportamento, pois era o que você acreditava e assim se sentia melhor.
- Eu só fazia aparecer aquilo que você acreditava, pois você ainda não estava madura para perceber que o medo que tinha das pessoas era porque jamais tinha sido sincera com os seus próprios sentimentos. Assim acreditava que as pessoas iriam avaliar cada erro, da mesma forma como você também o fazia.
- Queria controlar a situação com comportamentos previsíveis e, portanto, vivia da aparência. Sua insegurança era porque desconhecia a verdadeira realidade, colocando na sua vida algumas situações que dependiam de uma decisão para obter mais confiança em si, mas você ainda tinha medo da responsabilidade e fugia. Mesmo tendo situações de pessoas que lhe eram fieis, continuava acreditando que tinha que ter cuidado e mantinha uma relação de forma desconfiada.
- O que aconteceu é que você estava distante de você mesma, porque durante muito tempo viveu para o outro se anulando para obter aprovação e para se sentir aceita. Deixou de viver para o seu talento e seu propósito de vida. Eu esperava pelo momento em que se tornaria mais experiente e contasse comigo para experimentar cada sonho e realizá-lo.
- Às vezes eu lhe dizia que você era capaz de muito, mas sem efeito, pois naqueles momentos você deixava de reconhecer o seu valor e assim criava outros mecanismos de defesa, como: ansiedade, fobias, medo e insegurança, para não se arriscar e diminuir o seu temor pela vida, pretendendo estar em uma situação de "conforto".
- Sei que poderia ter ajudado mais, porém quando tentava, você não acreditava no que estava acontecendo e desfazia-se de tudo. Então deixei você seguir seu caminho de tentativas, conforme a sua vontade e fé.
ZÊNIA (Mãe consciência) diz:
- Eu sempre procurei lhe alertar mostrando o quanto você estava contrariada com as situações, mas você nem sequer me ouvia.
Zuhra (mente) ouviu atenta, sem criticar ou justificar, pois sabia que resistiu muito a querer se conhecer. Agora tinha que olhar mais para dentro de si sem culpa, compreendendo melhor os seus sentimentos e suas habilidades, experimentando relaxada cada momento da vida, sem se preocupar com o outro, apenas sentindo suas sensações diante de cada experiência.
Zuhra(mente) diz:
- Mãe, a partir desse instante eu sinto e sei que ouço e entendo suas palavras, e continuarei a ficar atenta às suas orientações. Agora tomo conscientemente o caminho que me faz sentir feliz e em paz.
ZÊNIA (Mãe consciência) diz:
- Minha filha, então considere, eu sempre estou te alertando que a sua irmã gêmea Zivah (alma) ficou sozinha e que você nunca mais a procurou. Compartilhando com ela estes seus momentos fará com que você sinta novamente a alegria e paz.
Zuhra(mente) foi então procurar a sua irmã Zivah (alma) que se encontrava no jardim finalizando uma pintura, ali ela ficou por uns instantes olhando. Percebeu há quanto tempo não se permitia um momento de observação e espontaneidade como aquele. Viu o quanto Zivah (alma) era solta em seus movimentos e o quanto o seu rosto era terno e carinhoso, mesmo sendo elas muito parecidas, nunca conseguiu perceber através do espelho o seu rosto com aquela mesma expressão de alegria e ternura de sua irmã.
Zivah (alma) percebeu a presença da irmã e deu um enorme grito de alegria, correu até ela e as duas se abraçaram como se Zuhra (mente) tivesse viajado por um longo tempo e agora tivesse retornado. Ficaram deitadas na grama e começaram a observar o céu sem nada dizer uma a outra, apenas deixando a emoção falar. Conviveram por muitos dias e a Zuhra(mente) passou a experimentar a vida de uma forma diferente.
Zuhra(mente) disse:
- Nossa! Com você comecei a sentir mais a simplicidade da vida, meu corpo se expressa naturalmente e dou boas risadas em certas situações. Me atenho ao novo de cada dia. O caminho da vida é viver a experiência com a mente livre para as possibilidades.
- Estou trazendo as coisas para o simples, estou simplificando minha a minha vida, e começo a fazer isso com pequenos exercícios que tem muito significado.
- Hoje, ao caminhar pela calçada, observei uma linda borboleta sob a folha verde de uma árvore, as abelhas retirando pólen, árvores nas calçadas com flores de cores lilás e amarela.
- Não me preocupo mais com resultados, pois ter um resultado é ter um fim e eu estou cada dia começando e aprendendo. Eu faço, eu realizo, agora estou convicta de que isso é o ideal.
- É estranho pensar assim quando vivi o tempo todo buscando a aprovação e o sucesso reconhecido pelos outros. Para isso, usei o controle das emoções para obter o resultado que me conferisse valor nas minhas relações no trabalho, família, parentes e amigos. Percebi que já não me cobrava tanto e nem aos outros.
- Agora consigo ouvir e apreciar meus pais, irmãos, meu marido, filhos e amigos. Sinto e observo mais os sorrisos, as expressões e seus olhares e quando momento mágicos como esses acontecem, eu quase não falo para não quebrar o encanto da cena que observo, sem intenção. Estou inteira só olhando e sentindo.
- Aprendi que falar muito pode também ser uma forma de buscar a atenção, interesse do outro e mostrar uma importância além da necessária. Agora não tendo necessidade de aprovação, estou aprovada por mim e consigo ouvir o outro sem interpretar ou avaliar. Isso dá uma enorme tranquilidade nas minhas relações e o mais importante, não tenho escolhas por estar íntegra naquilo que eu sinto e faço.
(O julgar e o avaliar são para aqueles que estão vivendo sem sua irmã Zivah (alma). Estar com sua Zivah (alma) permite um novo sentido ao nosso viver e nos enche de otimismo para aprendermos com o novo. Zivah (alma) orienta a reconhecer as fraquezas que cada um tem, sem culpar ninguém, assumindo seu papel de única responsável pela própria vida).
- Sinto também que compartilhar minha vida com você está me proporcionando um novo sentido, também decidi que nunca mais vou deixar de ouvir nossa mãe (ZÊNIA - mãe Consciência) pois, ela consegue perceber ao menor sinal, que algo pode não estar bem e me avisa.
- Nosso pai (ZOÉ - pai crença) ficou muito feliz porque poderia partilhar agora das crenças que irão me impulsionar para uma nova fase.
Zuhra(mente) passa a identificar o seu verdadeiro propósito de vida, aliada com o seu talento único e em parceria com sua irmã Zivah (alma).
Zuhra(mente) diz:
- Enfim, me sinto bastante segura para simplesmente ser.
Texto retirado do Livro ZOZ - Mulheres Libertem sua Alma
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