O Medo da Mudança
Atualizado dia 10/12/2015 10:59:03 PM em Autoajudapor Suzy Reigado Ferreira
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar.
Começo hoje com a estrofe da música de Lenine O Medo e Canção:
Esta é uma das estrofes da bela canção de Lenine, Medo. A palavra "medo" vem de metus (latim), que tem a ver com "meticuloso". O meticuloso tem medo de errar, de magoar, de cair. É medo bom. Já o medo de que fala a canção é medonho.
O medo pode causar “inquietação, temor, ansiedade”.
O sujeito meticuloso, palavra que vem de meticulus, diminutivo de metus, é uma pessoa que tem “medinho” de ser apanhado em falta e por isso trata de fazer tudo certo.
Temor é uma palavra que deriva do Latim timor, “medo, temor”, do verbo timere, “recear”. Uma pessoa pode não ser propriamente medrosa, mas que tem dificuldades em se relacionar com os outros é tímida, derivada de timor.
Temos outras palavras que vêm daí, como timorato e intimorato, respectivamente “o que tem "medo" e que não tem medo.
Apesar da Vida ser uma eterna mudança, normalmente temos medo dela, quer seja uma mudança por conta própria ou mudanças que acontecem independentes de nossa vontade.
Apesar de crer que toda mudança é sempre bem-vinda e que elas ocorrem sempre em favor de nosso aprendizado. Algumas nos parecem incompreensíveis como a morte de um ente querido, uma pessoa querida que se muda para longe, um amor que até então nos parecia “permanente”, um abalo financeiro, nossa saúde de ferro, enfim, muitas formas de mudança.
E ela já faz parte de nossa vida desde criança, não é verdade! Medo de falar, medo do escuro, medo das responsabilidades, medo do envelhecimento, do erro, do julgamento, enfim, qualquer tipo de ação mensurável ao nosso respeito.
As mudanças e os novos começos levam sempre a grandes ou pequenas transformações. O fim do velho ciclo e o começo de outro costumam provocar muita ansiedade e se estas não forem levadas com flexibilidade e paciência se tornarão um grande fardo em vez de uma mudança positiva em nossas vidas. Aceitá-las é fundamental! Mas o que, na verdade, provoca esta instabilidade é não conseguir deixar o passado para trás e de certa maneira nos parece que há um ranço. O desligamento e a atitude positiva e fiel de si mesmo torna tudo possível e esta sombra que sempre impomos a nós mesmos é a culpada por tantos medos ao longo de nosso caminho. Não existe a comparação do velho em relação ao novo, apenas são ciclos diferentes para uns “bons” para outros “ruins”.
A maioria das pessoas não gosta de mudar, pois a mudança provoca uma certa desestruturação, porque nos sentimos seguros com o que conhecemos e confiamos ou pensamos que é confiável.
Como saber discernir o falso do verdadeiro e o justo do injusto. A isto chamamos de “discernimento” e este reconhecimento só é obtido pela própria tentativa em mudar, renovar, reconhecer, conceber ou regenerar são verbos cuja origem é a mesma.
Esta perturbação angustiosa pode ser perante um risco ou uma ameaça real ou imaginária. Este conceito também se refere ao receio ou à apreensão que alguém tem de que venha a acontecer algo contrário àquilo que pretende.
O medo é uma emoção que se caracteriza por um intenso sentimento habitualmente desagradável, provocado pela percepção de um perigo, seja ele presente ou futuro, real ou suposto. O medo é uma das emoções primárias que resultam da aversão natural à ameaça, presente tanto nos animais como nos seres humanos.
Biologicamente falando, o medo é um esquema adaptativo e constitui um mecanismo de sobrevivência e de defesa que permite ao indivíduo responder, face a situações adversas, rápida e eficazmente.
Para a neurologia, o medo é uma forma comum de organização do cérebro primário dos seres vivos, com a ativação da amígdala alojada no lóbulo temporal. E ele é necessário para o organismo se adaptar ao meio psicologicamente.
Precisamos, então, dar um mergulho em nosso interior para encontrar a fonte de todas as respostas, pois só assim conseguiremos fazer um julgamento que não precisa ser perfeito, mas deve ser autêntico e único. E é graças à nossa firmeza interior ou FORÇA que dominamos os acontecimentos, as circunstâncias de nossa vida e o nosso Destino, e não graças à força física, nem a violência.
Mudamos somente através da força da alma, do amor, da firmeza moral, do poder do espírito, da energia controlada e da consciência ativa, porque apenas elas podem “controlar” os nossos medos.
Viver é aprender através de nossas experiências e suas consequências, que mudam, evoluem e regressam ao ponto de partida onde foram geradas, os ritmos e ciclos imutáveis da Vida.
A métrica está para a razão, assim como o coração está para o amor
Aprender a medir os resultados de nossos atos e transformar- se dono do próprio Destino e de si mesmo, é o sentido profundo de nossa própria existência.
Pena que o Ser humano nunca entendeu verdadeiramente a Morte de um ciclo para o outro. Como todos os exemplos que até então tivemos como a “morte” de Jesus Cristo e de todos os Avatares que passaram pela Terra provocando a morte de certos padrões de pensamento e compreensão da Vida e a favor de novos outros.
Cujo simbolismo não nos deve reportar a tristeza e sim alegrias!
“A Doutrina Secreta ensina o progressivo aperfeiçoamento de todas as coisas, tanto dos mundos como dos átomos. E este estupendo aperfeiçoamento não tem começo e nem fim imaginável. Nosso “universo” é apenas um de um infinito número de Universos, todos eles “filhos da necessidade”, porque na grande cadeia cósmica de Universos, cada elo acha-se numa relação de efeito com referência ao antecessor e de causa com referência ao sucessor”.
(A doutrina Secreta de – Helena Blavatsky)
Como poderemos trabalhar nossos medos? Talvez, através da meditação, abstinência em tudo, observações dos deveres morais, pensamentos agradáveis, boas ações e palavras amáveis, como também da boa vontade com todos e o total esquecimento do EU, são os meios mais eficazes de obter conhecimento e preparação para recepção da Sabedoria Superior.
E esta sabedoria está disponível o tempo todo, só nos falta tirarmos o Medo do próprio Conhecimento!
Namastê
Até o próximo encontro.
Suzy Reigado
Texto Revisado
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