A Alquimia Feminina: O Caminho Espiritual da Mulher | Parte II: O Mistério - por Zulma Reyo
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Autor Alquimia Interior Brasil
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 04/07/2019 17:36:19
Por Zulma Reyo. Publicado originalmente em lamujerinterior.es e repostado em https://alquimiainteriorbrasil.com.br/alquimia-feminina-parte-ii/
A mulher possui a chave da alquimia.
Enquanto a alquimia medieval buscou transformar chumbo em ouro, a alquimia divina procura o refinamento da matéria sintonizando com a Consciência como luz.
Uma mulher realiza a alquimia cada vez que dá a luz, perdoa, abraça as diferenças e toca outro ser humano com o calor do seu fogo-luz.
Como confirmação das coisas não visíveis no terreno sublime da sensibilidade, a alquimia, tal como a mulher que sabe que a forma é a sombra do que não tem forma, evoca a ordem primordial do universo. Cada operação que passa pelo processo do seu amor é transformada, elevada e redimida.
Aos olhos da mulher, a Verdade se revela.
Estar no presente não requer máscaras, intermediários, filtros ou condições. A sensibilidade é a joia do coração da mulher, para quem a vida, a verdade e a divindade são imediatas e diretas. A mulher, que caminha pela senda, aceita o insondável como o princípio e o fim.
Para conhecer uma mulher, devemos parar de tentar.
Quando uma mulher reza, os céus se abrem. Quando chora, a terra se acalma. Seu riso move os oceanos. Seu propósito acende os pontos de luz em toda a criação. É senhora dos elementos, una com a natureza em virtude do vazio em seu ventre, onde ressoam todos os seres vivos. A linguagem da mulher é a melodia dos rios, o troar e o sussurro de tudo. A história da humanidade é tecida através dela.
No entanto, ela, que conhece o rugido do Caos e da eternidade, caminha em segredo, escondida de si mesma. Ela, que é o mistério e a sacerdotisa do desconhecido, não encontra seu lugar no mundo de hoje. Ela que a tudo sabe sem o saber tem sido reduzida por um roteiro que nunca foi seu.
O caminho da mulher tem início no mistério e termina em um enigma, no silêncio que existe por trás das palavras e no infinito.
O PROBLEMA
Existem vários obstáculos que bloqueiam nossa visão da verdadeira feminilidade e da nossa compreensão do caminho espiritual próprio da mulher.
O pensamento exerce um controle preponderante sobre a inteligência. A inteligência real, como verdade multidimensional e multifacetada, conquistada através do exercício da percepção, tornou-se irrelevante no mundo de hoje. Não existe um termo que possamos usar para descrever a dinâmica da mulher que não esteja sujeito à imitação. Enquanto a inteligência for puramente racional, nosso mundo estará repleto de pretensos sentimentos e pretensa sensibilidade.
Não conhecemos a linguagem dos sentidos. Em lugar de sentir, os serem humanos “pensam”. Em vez de sentir as emoções, buscamos significados para determinar nossas respostas. Antes de ver o que está diante de nós, “interpretamos” segundo o hábito e a conveniência. “Associamos”, projetamos e comparamos antes de ouvir o que nos está sendo comunicado. Não avaliamos com neutralidade, mas “julgamos” segundo situações anteriores. Em lugar de usar nossa inteligência, confiamos em “respostas programadas”. A gratificação sensorial é um reflexo mental. Nossas opções baseiam-se no que “se supõe que seja” em lugar do que sabemos e sentimos ser verdadeiro.
Muitas pessoas não conhecem a diferença entre emoção, sensação e pensamento. Confundem as emoções com sensações, sensações são induzidas por pensamentos e a verdade é determinada pela crença popular.
Mulheres e homens chegam a conclusões de maneiras diferentes. A compreensão do caminho para a iluminação, como uma experiência sublime da espiritualidade e da realização do poder, é diferente para o homem e para a mulher. Isto é difícil de perceber devido à insignificância historicamente atribuída à mulher.
O impulso do homem é de possuir e conquistar aquilo que pretende conhecer. Permanece focado, permanece no centro de si mesmo. Finalmente, como observador purificado, transforma-se na Presença silenciosa sobre tudo o que percebe, estendendo-se no universo. Torna-se poderoso.
O reflexo da mulher é abraçar e fundir-se totalmente com o tecido e a textura do que pretende conhecer. Ela é o perímetro. Finalmente, no vazio, dissolve-se no que é maior que ela mesma. Poder para uma mulher no caminho da realização é a força da conexão por meio da experiência do deleite que alguns chamam de amor e não é o controle sobre o que busca.
O caminho feminino não é rigoroso, nem inflexível. Se um homem alcança a maestria, a mulher alcança o sagrado. Toda sua existência envolve explorar a vida. Sob as leis naturais, a privação não se aplica a ela. Envolve-se completamente com tudo o que faz e se encontra no todo.
De alguma maneira, ela sabe que é livre, responde naturalmente e não por obrigação. É somente nesta liberdade que ela pode servir e neste “sacro-oficio” (sacrifício) ela se realiza. Limitar uma mulher é desconectá-la da sua fonte de poder e do seu caminho.
Não há distinção entre o que é da mulher e o que não o é. Viver e respirar significa sentir em sintonia com toda a vida, o agradável e o desagradável, a luz e a sombra. Em sua condição natural, uma mulher abraça e ama tudo ao seu redor. A independência como separação é difícil para ela.
Viver em um mundo de homens significa abrir mão de tudo o que naturalmente corresponde à mulher e que não pode ser comunicado pela palavra. As motivações da mulher são essencialmente relativas à unidade e à totalidade.
O que quer dizer “ser”? Sempre estamos “fazendo alguma coisa”, mesmo em um suposto estado de Ser. A maioria das pessoas não consegue imaginar viver sem “fazer”, cada pensamento, sentimento e ação está centrado em executar, interpretar, comparar, decidir e escolher. O silêncio, a quietude e a sensibilidade como estados de ampla percepção são raros.
“Ser” é para a alma o mesmo que “sentir” é para o corpo de uma mulher. Não há atividade mental. E isto representa um conflito tremendo para a mulher educada e profissional de hoje que deve atuar como se não existissem diferenças entre homens e mulheres.
O caminho da mulher é uno em amplitude, profundidade e plenitude. Seu instrumento é seu corpo. Seu acesso é direto. O que para uma mulher seria uma tarefa simples há milhares de anos atrás, hoje se converte em conquista monumental para a inteligência feminina moderna.
Em um mundo assim, a mulher tem que reaprender a linguagem primordial da existência. Tem que remar contra a corrente para alcançar sua plenitude. A mulher deve saber e abraçar cada aspecto, aptidão e poder que seu corpo e seus sentidos oferecem diretamente. Não é uma surpresa, portanto, que encontremos tão poucas mestras femininas autênticas.
(continua na Parte III)
Tradução: Claudia Avanzi
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