A Busca Espiritual



Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 19/12/2010 22:48:36
As recordações mais remotas que tenho sobre espiritualidade é acompanhando minha mãe no centro espírita que freqüentava em Belo Horizonte. Lembro também, ainda criança, fazendo a campanha do quilo pelas ruas de minha cidade, recolhendo doações nos domingos. Batia em cada porta e pedia um quilo de alimento não perecível que era entregue no final da manhã ao dirigente do centro espírita. Os anos passaram e lembro com intensidade do tempo que passei estudando no seminário. As recordações mais fortes do referido período é a lembrança do padre Carlos, meu confessor; as benções do santíssimo aos domingos antes de recolhermos ao dormitório; dos meus colegas que guardo boas lembranças e finalmente do medo de praticar pecado e ser punido eternamente por Deus. A idade foi avançando e me lembro estudando Kabala com um velho rabino em sua casa. Duas vezes por semana batia nas portas da residência do rabino que morava nas proximidades da Praça Raul Soares, e lembro-me, dos seus olhos amigos e de seu comportamento acolhedor. A grande dificuldade no estudo da Kabala foi justamente não saber o hebraico o que me impossibilitava de avançar na referida sabedoria milenar. A filosofia Vedanta entrou na minha vida, e durante vários anos a estudei com afinco não esquecendo o meu mestre espiritual Hridayananda Goswami. As exigências da filosofia Vedanta me impossibilitaram de continuar caminhando na referida senda de amor incondicional a Deus. Bhagwan Sheree Rajneesh foi o mestre que me mostrou a necessidade de desconstruir o existente para avançarmos em direção ao infinito. Rajneesh ensinava que existem duas razões para nascer mais uma vez: para receber ou para oferecer. Quando nascemos para receber somos dependentes, e quando nascemos para oferecer, somos independentes. O ensinamento de Rajneesh que me marcou profundamente foi o seguinte: "Se você acredita que é o corpo, então afirmarei com toda a força que você morrerá, não possui a mínima chance de salvação, já está morrendo. Se você acredita que você é a alma, então direi que você nunca nasceu e nunca morrerá, pois, a questão da morte não surge". A idade foi passando e hoje, sozinho em meu escritório, somente sei que Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo e que não preciso buscá-Lo devido a sua onipresença, não preciso pedir nada a Ele por causa de sua onisciência e que tudo que me acontece é vontade Dele devido sua onipotência. Sei também que todo pensamento que elaboro sobre Deus é falso em decorrência de sua infinitude. Vivencio que a comunhão com Deus somente é possível no silêncio interno.









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