A conquista da energia interior
Atualizado dia 7/12/2009 3:50:59 PM em Autoconhecimentopor Bernardino Nilton Nascimento
Mas não é no viver que está o ponto principal. Sob certos aspectos, isso é indiferente. O ponto é viver bem. Para os seres guiados por impulsos obscuros, que nada poderiam fazer, senão o que fazem sempre, essa questão não existe. Mas para os seres humanos, no entanto, ela é fundamental. Uma formiga é uma formiga, pelo simples fato de nascer formiga; ela preenche a sua função. Mas nascer não é o bastante para o ser humano. O nascimento não é, senão o início de um longa e difícil caminhada. E essa caminhada depende, em parte, dele mesmo. Ou seja, do fim a que ele se propõe e dos esforços a que se submete.
Para cada um de nós é inevitavel fazermos um questionamento sobre a maneira de como vamos aplicar e empregar a vida que recebemos. De outra forma, poderemos perdê-la ou gastá-la desnecessariamente, correndo o risco de ser profundamente infeliz. Cada um emprega sua vida e a goza do jeito que bem quiser, cabendo, apenas, ter a consciência do que seria mais importante para você. No meu caso, não hesito em falar que o que mais importa é trazer para fora toda a energia que Deus depositou dentro de mim. Pensando assim, é quase impossível desperdiçar um minuto sequer com algo que não te acrescentará nada de bom.
Podemos ter o pão, prazeres e alegria. Também possuir toda sorte de vantagens ou de riquezas, porém, sem energia, nos tornaremos joguetes das circunstâncias, escravos do pão que comemos, da pessoa amada ou dos bens que possuímos. Tudo o que temos será jogado ao vento. Sem energia a nossa inteligência se desmancha, o saber ficará esteril. A nossa consciência perderá o sentido e não distinguiremos o bem do mal. Sem energia, deixaremos a Terra entregue às más vibrações, à injustiça, e toda nossa consciência não servirá para nada, senão para nos fazer gemer perante os males que seremos incapazes de atacar e destruir.
Por outro lado, se você se sente fraco, privado de alegria, deserdado pela natureza e pela sorte, com energia, transformará todos esses males em algo bom. Transformará todas as misérias em recursos e todos os seus inimigos em colaboradores.
Tenha a certeza de que uma consciência viva e cheia de energia fará o mal desaparecer e o bem retornar, como fortaleza e justiça. Você vai ser uma potência concentrada, que voará para o seu objetivo, como uma flecha saída do arco. O que acontecerá se você reunir inteligência, saber, consciência, e recursos materiais para depositar tudo isso a serviço da energia? A energia é a rainha do mundo, a própria bondade, o amor, a graça, tudo o que é encantador.
Todo ser humano estremece ao se encontrar com o seu Eu interior, pois sabe que todas as suas obscuridades se encontram ali. É preciso ter um coração bem corajoso para permitir esse encontro.
Não sei se é justo o que experimento, nem qual é a fonte que alimenta esta vida, mas sinto a evidência que aqui, neste corpo, entre quatro paredes nuas, habita um poder, diante do qual, se apaga tudo quanto for fraco e pequeno neste mundo. Aqui, em meditação, a coragem aparece em um grau mais elevado, porque precisamente considero que tudo é aparentemente forte. Há uma bravura na alma, que se manifesta na ausência de todos os recursos materiais.
Graças a Deus, o sentimento de grandeza moral se acha em todos nós. E isso é muito importante porque esse sentimento fortalecerá a energia que temos dentro de nós e ela poderá se tornar a cura dos nossos males, o prazer de nossas vidas e a luz das nossas almas. Olhe para ela como os doentes para a saúde: a Luz Divina se aliando ao coração.
A nossa sociedade precisa de calma, de equilíbrio e de uma segurança profunda, que só a energia divina que trazemos dentro de nós é capaz de nos dar. Equilibrados, a nossa fibra moral se estica, não se rompre facilmente causando os estragos que bem sabemos quais são.
Permito-me comparar o homem a um belo navio moderno, engenhoso e forte. Porém, quando em alto mar vier a faltar combustivel, o magnífico navio não passará de um monte de ferro flutuando ao sabor do vento, sem rumo.
É preciso que, antes de tudo, não deixemos de nos abastecer dessa energia interior, para não ficarmos à deriva, e nossa alma, sem destino.
BNN
Texto revisado
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