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A CORAGEM DE SENTIR DÚVIDAS

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Autor Claudette Grazziotin

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/29/2004 4:42:34 PM


“...Mas a mulher madura tem um som de adágio em suas formas. E até no gozo ela soa com a profundidade de um violoncelo e a sutileza de um oboé sobre a campina do leito.”
Affonso Romano de Santanna

Há dias, venho sendo tomada por uma certa dúvida e um mal disfarçado receio, confrontando-me diante do espelho. De repente, frente à esperança de um novo tempo de amor possível, do vislumbre de um sol nascente no horizonte do caminho, toldou-se o meu coração, na dúvida diante da realidade do que eu tenho a oferecer ao novo que se aproxima.
Todas nós, mulheres, mais cedo ou mais tarde, por algum motivo significante, um dia, nos olhamos no espelho e nos damos conta, que já há muito, o viço, o frescor do rosto, do corpo se foi, embora, o sintamos, ainda, palpável e vívido em nossa alma.
E, chega o tempo, inevitável, em que a dúvida nos assalta, ao vermos passar por nós, esse sem conta de meninas-flor recendendo a alfazemas perfumadas, frescas, assim, recém colhidas, abusadas, chilreantes , hipnoticamente impudentes na sua beleza sem artifícios, e esbanjando por todos os poros, sedução e poder.
E, sentimo-nos pequenas, duvidando de nossa secreta sensualidade, do nosso corpo fermentado no mel das carícias exatas, curtido no sal das lágrimas verdadeiramente sentidas.
Duvidamos do poder de nossa atração experiente, maturada na contemplação paciente e serena da passagem dos dias, domesticando e imprimindo no corpo um eterno e excitante perfume de gardênias selvagens.
Duvidamos do nosso delicioso prazer de fruta sazonada, saboreada com gosto, com tranqüilo deleite.
Duvidamos, se o eleito vai conseguir desviar os olhos encantados dessas meninas-glicínias derramando-se em cascatas de aromas e brisas, para pousar sobre nós, seu olhar.
Se vai mesmo, preferir abandonar um caminho distraído, de sol radiante, de campinas verdejantes, viçosas e multicoloridas flores, para trilhar uma estrada pacata, pisada, marcada, previsível; com nostálgicos entardeceres e acobreados poentes.
Duvidamos se vai gostar da paisagem e se vai ter força para preterir a flor, em troca de sombra e de frutos, porque nos sabemos colheita.
Embora vacilemos sentindo-as, precisamos apagar essas dúvidas e trocá-las por nossas certezas, serenas. Porque quando o amado bater à nossa porta, desejaremos estar orgulhosas de nossa madureza, para muito amar e para sermos muito amadas.
ILUSTRAÇÃO: "O BEIJO" /KLIMT
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