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A culpa não é do papai ou da mamãe

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Autor Theresa Spyra

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 26/03/2008 18:53:33



“Doía, doía muito. Minha esposa estava ali, meus filhos ali, lindos, todos disponíveis para mim, mas... eu não estava disponível para eles. Eu gostava deles, sim! Amava-os profundamente! Como eu gostaria de poder dizer isso a eles. Mas algo não me deixava. Era como se tivesse uma força me puxando para o lado contrário, dizendo que eu não posso ser feliz com a minha família. E eu ia, sempre longe deles, como um zumbi, mesmo morando debaixo do mesmo teto. Quando despertei deste pesadelo e consegui, finalmente, estar disponível para eles, eles já não estavam mais lá.”

Antes de falar sobre como apaziguar a dor interior, quero explicar um pouco sobre o porquê desta sensação. Quantos de vocês não sentem que receberam pouco do papai e pouco da mamãe? Aquela sensação de que queria um carinho, um abraço, uma palavra de apoio quando tinha problemas na escola... mas geralmente vinham broncas e recriminações. As vezes também ocorreu o contrário: fizemos de tudo para provocar e chamar a atenção, mas mamãe vinha com suas asas nos protegendo, achando que uma palavra mais ríspida iria nos ferir, e nunca era dura, mesmo quando precisávamos. Queríamos também brinquedos, presentes, coisas que não tínhamos, mas os colegas tinham. Por que eles não compram pra mim? Como não tem dinheiro? Quantas vezes queríamos papai mais presente, mais ativo, mais participativo na nossa vida, em vez de só ficar pensando em pagar contas e sobreviver. Isso quando ele não largava tudo e saía sem dar explicações, sabe lá para fazer o quê... Ah, que vontade que mamãe seja mais amorosa, forte, sensível, como toda mãe deveria ser...

Lembre-se de quando você era uma criança: quantas coisas aconteciam aos nossos olhos, e não entendíamos. A única coisa que existia era uma sensação de que não estão me vendo, e não estou certa. Não podíamos compreender o mundo do adulto. Somente compreendíamos as broncas e as cobranças. E várias vezes tentamos fazer o que eles falavam, e mesmo assim não dava certo. Não éramos aceitos na totalidade. E fomos crescendo, criando coragem, força própria, desvendando nossos próprios caminhos, e às vezes flagrávamos aquele olhar no rosto de mamãe e papai de desaprovação. Ainda nos olham como crianças erradas. Também existem os casos onde não mais olhamos para os pais. Às vezes foram eles que sumiram, outras, fomos nós que caímos fora deste convívio. No entanto, o fantasma do papai e mamãe continua sempre conosco, até quando não os conhecemos e não convivemos com eles. E aí está a questão: a psicologia descobriu que esta convivência na infância, muitas vezes é problemática e cheia de culpas e cobranças. Daí para dizer que a origem de todos os males emocionais está na infância e na criação dos pais, foi um pulo. É óbvio, não? Pois é, mas a constelação familiar sistêmica demonstra que não é nada disso!

A culpa dos males emocionais não são dos pais

Papai e mamãe não tinham olhos para nós porque estavam preocupados com os problemas deles. E muitas vezes também não tinham olhos um para o outro. Eram casados e não estavam presentes no casamento. Sabe por que isso acontece? Carregamos heranças do nosso sistema familiar em nossas costas. Assumimos responsabilidades e culpas que não tem nada a ver conosco, muitas vezes originadas em um antepassado que nem conhecemos. A constelação sistêmica demonstra que essa carga emocional, tanto a positiva, que constrói, como a desconfortável, que provoca, caminham pelo sistema familiar de geração em geração, e algumas características se manifestam em determinado membro da família. Você pode perguntar: para que isso? Maldição? Não, absolutamente não. É exatamente o contrário: é uma dádiva que a natureza nos dá, possibilitando, no momento em que uma característica sistêmica confortável se manifeste, como por exemplo a criatividade para novos trabalhos, honrarmos o nosso sistema familiar.
Você pode perguntar: e quando a característica não é nada confortável, como por exemplo, quando nascemos com excesso de timidez? Bem, também digo que é uma dádiva. Ao pesquisar estas características emocionais que estão como arraigadas em nosso íntimo, fazendo parte de nós como unha e carne, temos a possibilidade de, ao reconhecer o sistema familiar, transformar o que não está fazendo bem.
Gostaria de deixar uma coisa bem clara: não existe uma pessoa somente tímida, ou somente medrosa, ou insegura, ou sem criatividade, ou preguiçosa, ou insensível, ou rude, ou confusa, ou violenta... O contrário também é verdadeiro: não existe uma pessoa somente ativa, corajosa, segura, criativa, atuante, sensível, caridosa, focada e amável. Todos possuem todas as características dentro de si. Tanto as confortáveis como as inconfortáveis. Esta é a grande revolução no entendimento da personalidade humana, que a constelação sistêmica traz: temos todas as características, simplesmente porque todas elas já foram vivenciadas nos milhares de pessoas que fazem parte da nossa corrente hereditária, e são transmitidas, geração a geração.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Theresa Spyra   
Theresa Spyra é alemã, trainer e terapeuta com especialização em constelação sistêmica familiar, organizacional e estrutural. Estudou com a também alemã Mimansa Erika Farny, pioneira na introdução do método sistêmico de Bert Hellinger no Brasil, e aprofundou-se nos sistemas estruturais e organizacionais, com estudos no Brasil, Alemanha e Suíça
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