A cura da família interior
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Autor Sonia Maria Milano
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/3/2005 7:04:22 PM
O que é a família interior? A família interior é constituída pelo conjunto dos relacionamentos que estabelecemos dentro de nós e dos relacionamentos que estabelecemos fora de nós com os outros. Tira uma fotografia da tua família interior, e a partir daí compreenderás como é que tu te relacionas com o resto do mundo. Respira profundamente agora, fecha os teus olhos e pede que vejas na tua tela mental interior uma fotografia da tua atual família interior. O que é que tu vês? Aquilo que tu vês na fotografia simbólica da tua família interior traduzirá a forma global do conjunto de relacionamentos que estabeleces com o mundo à tua volta.
Analisemos: Há crianças na família? Se não há, muito provavelmente as tuas relações com o mundo são muito austeras e não sabes como “brincar” ou rir com facilidade. Há crianças mas não pais nem adultos? Neste caso, muito provavelmente, brincas à vontade e és encantador por natureza mas tens tempos difíceis para organizar e orquestrar a tua vida. Os pais faltam? Certamente, tendes para te desviares da “lei” pois não há fazedores interiores da lei para te vincularem ao respeito pelas “normas”. Os adultos faltam? Provavelmente, os teus comportamentos permanecem infantis ou são próprios de adolescentes.
Compreenda que o conjunto da família interior mudará de circunstância para circunstância. Podes ter um tipo de família interior em casa, um outro no trabalho, um outro com os amigos, um outro no relacionamento com o bem-amado e outro ainda na relação com qualquer grupo com que te encontres associado, incluindo os grupos espirituais. Portanto, podes ter uma fotografia diferente da família interior consoante as diferentes áreas de relacionamento, e verificar como alteras, conforme as circunstâncias, os papéis e o script na tua dança da vida.
A família interior é uma criação metafórica que simboliza o pensamento-forma a partir do qual temos vindo a criar a nossa vida, incluindo o nosso corpo físico. O corpo físico também tem atributos associados com a família interior. Na nossa análise, o homem interior está associado com o lado direito da forma e a mulher interior com o lado esquerdo. Se há um desequilíbrio entre o masculino e o feminino interiores, um lado pode ser mais forte ou mais fraco que o outro ou pode ter mais ou menos problemas de saúde. As crianças interiores estão associadas com os dedos das mãos e dos pés, com o cabelo, as sobrancelhas e as pestanas. No caso de se verificarem quaisquer problemas nestas regiões, eles podem estar associados a problemas nas crianças interiores.
A mãe interior está associada com lado esquerdo do peito, o seio esquerdo, o pulmão esquerdo, o lado esquerdo do diafragma, da pélvis e do sistema reprodutivo. O pai interior está associado com o lado direito do peito, o seio direito, o pulmão direito, o lado direito do diafragma, da pélvis e do sistema reprodutivo. Doenças nestas regiões ou órgãos estão associados com problemas da mãe ou pai interiores. A cabeça, os braços e as pernas estão associados com o adulto interior. A perna e o braço direitos e o lado direito da cabeça estão associados com o masculino adulto, enquanto a perna e o braço esquerdos e o lado esquerdo da cabeça estão associados com ao feminino adulto. Problemas nestas regiões podem estar associados com o adulto interior, masculino ou feminino.
OS ATRIBUTOS DA FAMÍLIA INTERIOR
A família interior é composta por duas crianças interiores (um menino e uma menina) dos 0 aos 7 anos, duas crianças interiores em idade escolar (um masculino e o outro feminino), dos 8 aos 14 anos, dois adolescentes interiores (um masculino e o outro feminino) dos 15 aos 21 anos, dois adultos interiores (um masculino e outro feminino) durante todos os anos vividos como adulto, e dois pais interiores (o pai e a mãe). Para que a família interior exista e o masculino e o feminino sejam trazidos para o equilíbrio é necessário, antes de mais nada, que todos os membros da família interior estejam presentes.
Tenho constatado em atendimentos individuais e dinâmicas grupais que na maioria das famílias interiores faltam crianças, adolescentes ou adultos, tanto do respectivo sexo como do sexo oposto. A tendência é para a polarização numa vibração dominante, macho ou fêmea. No caso de uma pessoa ter a predominância da energia masculina seja ela homem ou mulher, ao longo da sua vida, isto significa que esta pessoa terá dois homens interiores, mas não terá uma mulher interior. No caso de ter ocorrido sobretudo a energia “feminina”, terá duas mulheres interiores, e não terá um homem interior. No homem pode ocorrer que a energia “feminina dupla o faça parecer um “gay” ou um “sensitivo da nova era”. A mulher também pode ter energia “masculina dupla” e assim será considerada “machona” ou forte por natureza.
Esta permuta começa cedo na infância quando se decide trocar o macho ou a fêmea interiores com um irmão ou irmã ou um dos pais. Assim procedendo, duas crianças interiores do mesmo sexo passam a coabitar e, desde essa altura, tal padrão vai continuar a operar ao longo da vida. Dentro deste padrão, a energia movida é só “macho” ou só “fêmea”, mas não corresponde à vibração do sexo de quem a move pois esta vibração comporta associados tons “machos” e tons “fêmeas”.
Através do processo de ascensão da alma, cada um constrói gradualmente um novo conjunto de tons que lhe permite correr os tons apropriados em conformidade com o sexo de nascimento. A forma “macho” foi designada para correr numa vibração exatamente numa oitava abaixo da forma “fêmea”. Contudo, aqueles do sexo masculino com vibrações “macho” têm também um lado feminino que é ligeiramente mais alto em vibração e que é um reflexo do feminino interior. Do mesmo modo, as vibrações “fêmeas” em ascensão têm um lado “vibracional” mais baixo que reflete o masculino interior.
Aqueles que estão aprendendo a fluir nas vibrações apropriadas no processo de ascensão precisam, necessariamente, atingir uma energia muito mais elevada para ocorrer os tons adequados em conformidade com o seu sexo. A energia “feminina” é parecida com a forma do movimento de um “S” que corre descendo pelo campo de energia. A energia “masculina” é mais parecida com a chuva caindo quase direita ao longo do campo de energia. As mulheres que tendem a ter energia “masculina” predominante, assumem o fluxo masculino, enquanto os homens que tem energia “feminina” assumem o fluxo feminino. À medida em que vamos acessando o processo de ascensão aprendemos a deixar fluir a energia apropriada e a permanecer nas vibrações adequadas para o nosso sexo, globalmente mais altas para a mulheres do que para os homens. Isto permite ao iniciado ter a energia num movimento descendente ao longo do campo de energia a fim de ancorar a alma na forma e se conectar a si mesmo com o centro da Terra e, assim, se manter num estado permanente de enraizamento.
Muita Luz e Amor!
Texto revisado por Cris
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Sou empresária, escritora, terapeuta e intuicionista. Lidero Movimentos de Conscientização do Feminino. Meu livro “Mistérios do Feminino” ajuda as mulheres trazerem à tona a energia da face feminina de Deus– a energia do amor. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |