A diferença da igualdade
Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/8/2007 6:57:04 PM
Certa vez, na busca do sentido da vida e como se estivesse desorientado em um labirinto, um autor desconhecido escreveu esse texto que sintetiza perfeitamente o desconhecimento que o homem tem de si mesmo: "Só procuro o sentido da vida para tentar compreender o sentido que querem dar à minha nesse mundo de labirintos e espelhos, onde todos aparentemente parecem deter a razão pura, mas sem de fato se aperceberem que pouco ou nada sabem a respeito do "ser" em cada um desse "nós" que navega por esses tempos imemoriais".
Esotericamente, por seus caminhos tortuosos e desconhecidos, o labirinto é considerado um símbolo da iniciação e representa a descoberta do centro espiritual oculto, a dissipação das trevas para o renascimento pessoal na luz, superação dos obstáculos e o encontro do caminho da verdade.
Buscar o desconhecido é trazer para si a magia do universo. Portanto, o labirinto, símbolo presente nas mais diversas culturas, remete ao caminho difícil que devemos trilhar para crescer interiormente. E a diversidade cultural que ele representa é um reflexo das diferenças individuais do ser humano que deve ser considerada e assimilada quando decidimos percorrer a trilha do autoconhecimento. Porque, apesar de sermos uma unidade no "uno", antes somos individualidades à procura das nossas verdades interiores.
Somente teremos a percepção da evolução, quando percebermos que apesar de vivermos em um mundo globalizado, massificado e interconectado por uma fantástica rede de informações, ainda somos seres únicos que necessitam assumir a sua diversidade para poder seguir o caminho do crescimento. E o labirinto com as suas passagens tortuosas e estreitas onde cabe um índivíduo de cada vez, simboliza, à medida que permite acesso livre a todos e, paradoxalmente, a um de cada vez, a história da humanidade no seu sentido coletivo e, respectivamente, a história do indivíduo no seu sentido único e espiritual.
Somos como pedras isoladas de um quebra-cabeças que quando reunidas formam um grande conjunto que representa o Todo, o Uno. No entanto, para podermos alcançar essa visão da totalidade, é imprescindível que respeitemos as diferenças humanas e a diversidade existente na natureza, observada como significativos fragmentos que somados formam a imensa teia da vida planetária.
Por isso, a milenar simbologia do labirinto excita tanto a nossa imaginação, porque no fundo sabemos que apesar de retornarmos para mais uma experiência no convívio com os nossos semelhantes, o desafio da vida, assim como o desafio do labirinto é único e exclusivo, e que somente seremos Todos Um quando tivermos a visão independente de que somos peças isoladas a ingressar no labirinto do autoconhecimento a fim de inserir a nossa pequena verdade a uma só e imensa verdade universal.
Razão impura no purificar da idéia
Ainda ontem proibida e agora desenhada.
Razão pura para onde me levas sem querer,
Ainda hoje pensei e hoje te direi,
A pureza da razão na desordem da idéia.
Não me empurres para o abismo escuro,
Sem a razão da idéia que um dia,
Desenhaste em tela branca o sentido,
Dessas linhas de arco-iris vibrantes.
Porque ainda ontem foi amanhã,
E sem o amanhã, não teria a razão
Que outrora me deste para viver
A paixão desta razão impura.
Porque ainda hoje foi ontem,
E sem o ontem não teria sonhado,
A diferença da igualdade com paixão.
"A razão da diferença", autoria desconhecida
Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
