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A difícil prova da riqueza

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Autor Flávio Bastos

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 9/10/2008 5:14:31 PM


"O Criador experimenta o pobre pela resignação, e o rico pelo uso que faz de seus bens e de seu poder".

Segundo o "Livro dos Espíritos", em seu capítulo IX, que informa-nos sobre as provas reencarnatórias na riqueza e na pobreza, "a posição elevada neste mundo e a autoridade sobre seus semelhantes são provas tão difíceis quanto a miséria, porque quanto mais se é rico e poderoso, mais se tem obrigações a cumprir e maiores são os meios para se fazer o bem e o mal".

A riqueza, portanto, é uma prova dificílima de ser vencida porque expõe a criatura a tentações e prazeres que acirram o egoísmo, exaltam o orgulho e a vaidade e opõe sérios obstáculos ao progresso espiritual dos seres. Poucos são os que não sucumbem ao seu fascínio e compreendem a responsabilidade que a riqueza (assim como o poder e o mando) traz na extensão dos serviços de assistência, trabalho e caridade aos menos afortunados. O apego aos bens materiais a eles imantará o nosso coração, os nossos sentimentos, materializando a nossa vida e contrariando o objetivo principal da reencarnação que é a aquisição de valores espirituais para que com ele esteja o nosso coração.

Uma recente experiência ocorrida em reunião mediúnica-espírita, ilustra perfeitamente a realidade interdimensional do espírito que se encontra apegado (aprisionado) à bens materiais. É o que veremos a seguir.

A irmã, em farrapos, desorientada no tempo e no espaço, sem ter consciência de sua real situação, perambula de um lado para outro agarrada a sua caixa de jóias que tem o orgulho de mostrar a quem quizer ver.

Trazida pela equipe espiritual à reunião mediúnica, a entidade vai logo dizendo por intermédio da médium que lhe dá passagem: "Vejam quantas jóias eu tenho nessa caixa. Olhem que coisa maravilhosa! Ouro... objetos de grande valor que me pertencem. Sou uma pessoa muito rica e admirada por todos!"

O dirigente do trabalho, fazendo uso da palavra, interrompe a fala da entidade, e diz: "Minha irmã, conheces algo que brilha intensamente, mas que não é ouro nem diamante?" E continua: "Nós conhecemos sim, é o brilho do sol e da lua refletidos no oceano. O brilho da estrela no firmamento e, principalmente, o brilho dos valores espirituais de uma pessoa que é a energia mais radiante que possuímos. Já refletiste este brilho, minha irmã?"

Apegada a seus valores materiais, a entidade, indiferente às palavras do dirigente, responde, dizendo: "O importante é ter poder e eu sou muito poderosa, pois tenho muitas pessoas ao meu dispor para quando precisar. Para mim, felicidade é isso! Não estás vendo as minhas jóias?"

Experiente e intuído pela espiritualidade maior, o dirigente mantém a linha do diálogo: "Observas como o tempo passa, querida irmã, e muitas vezes não nos damos conta desse detalhe". Nesse exato momento, a equipe espiritual co-responsável pelo trabalho mediúnico, faz refletir em um "espelho" posicionado à sua frente, a real imagem da irmã. Ela reage indignada, incrédula: "Porque estás me mostrando essa velha em farrapos? Não sou essa velha, não! Sou rica, odeio a pobreza... vejam as minhas jóias!"

Na sequência, orientada pelo dirigente e levada a uma vivência em que fora muito pobre e que passara muito trabalho para sobreviver, ela começa a se sentir numa pessoa de cor negra, quando um sentimento passa a envolvê-la intensamente. Momento em que o dirigente retoma o diálogo com a entidade e sugere: "Observas, minha irmã, quem está aí lhe estendendo a mão!" Ela responde: "Sim, ela foi minha serviçal e diz que está aqui para me ajudar e convida-me para seguir com ela. Mas como posso estender a mão para uma negra? Não posso!"

O dirigente, percebendo que as duas tiveram uma relação próxima naquela vida de necessidades materiais, fala à entidade: "Ouças o que ela tem prá te dizer!" Após um breve silêncio, a irmã começa a reproduzir as palavras da segunda entidade: "Ela diz que fomos muito amigas naquela vida e que eu não aprendi nada com a experiência da pobreza. Mas que isso é passado e que é prá mim deixar de lado o orgulho e acompanhá-la, porque tenho ainda muito o que fazer no lugar em que iremos, e que esta é a minha oportunidade".

Sentindo que a irmã começa a abdicar de seu orgulho, o dirigente sugere que ela ceda ao convite da amiga. Após um instante de hesitação, a entidade resolve aceitar e estende a mão para a amiga. O dirigente, então, elogia a sua atitude e encaminha, na sequência, o fechamento do trabalho, dizendo: "Se algum irmão ou irmã ainda desejar fazer uso da palavra por intermédio dos médiuns presentes a essa reunião, que o faça, pois ainda resta-nos um tempinho". Nesse exato momento, uma entidade começa a falar através de outro médium: "É só prá dizer que estávamos aqui vendo o que se passava com a velha e dando risadas, porque ela caminhava de um lado para outro mostrando as jóias como se elas ainda tivessem valor por aqui...". O dirigente, então, questiona a entidade: "E tu, meu irmão, sabes o que fazes nesse lugar?" A entidade responde: "Sim, eu e meu amigo sabemos que não temos mais corpo. Temos consciência disso... só estávamos rindo do jeito daquela mulher esfarrapada e achando que ainda era rica". E completa o seu raciocínio: "Tem muitos destes por aqui...".

Retomando a palavra, o dirigente pergunta se ele não deseja ir para um lugar onde se sinta mais confortável e acolhido. Ele, de pronto, responde: "Nós moramos aqui, não temos casa. Mas eu aceito sim o convite. Ah! Posso levar o meu amigo?" O dirigente responde amigávelmente: "Claro, meu irmão, podes convidar todos os teus amigos que desejarem ir contigo, pois a casa é de todos". A entidade agradece, se despede, no momento em que o pensamento é direcionado numa prece de auxílio a todos aqueles irmãos que são encaminhados para o acolhimento da Luz. Na sequência, a reunião mediúnica é encerrada.

COMENTÁRIO
Os exemplos registrados nas passagens acima descritas, revelam exatamente o que estes espíritos foram quando encarnados, ou seja, de um lado o exemplo de apego à valores materiais através da riqueza, do mando e do poder. De outro lado, o exemplo de desapego à materialidade, mas uma vida, ao que tudo indica, passada sem sentido, sem a experiência consciente que pudesse ter associar o sentimento de liberdade e desapego à construção de valores direcionados ao progresso pessoal e consciencial.

Somos o resultado do que sintonizamos nas nossas experiências reencarnatórias. Somos a consequência das vidas que levamos, com todas as impressões mais intensas que registramos a partir das nossas escolhas e ações. Nesse sentido nada é diferente lá do que fomos aqui, pois permanecemos o mesmo, seja na dimensão em que estivermos. Não temos como fugir da nossa verdade interior. Somente nós podemos mudá-la.


Psicanalista Clínico e Interdimensional.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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