Menu
Somos Todos UM - Home

A dor alivia quando olhamos para ela

Facebook   E-mail   Whatsapp

Autor Theresa Spyra

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/3/2008 1:33:35 PM


Atendi um senhor. Ele estava muito preocupado com o seu filho único, adotivo, porque o rapaz é viciado em drogas. É um bom moço, ele diz, mas o problema é que, de tempos em tempos, ele dá uma sumida, e quando volta, está naquele estado!
- Eu até poderia dar umas porradas nele! Disse-me o senhor, de forma nenhuma aparentando que ele realmente queria fazer isso. Mas, não ia adiantar nada... completou.
- É verdade! Seu filho não se vicia porque é sem vergonha, ou não presta. Nem é pelas más companhias, como você diz. Todo mundo que bebe, fuma, cheira, faz sexo desenfreado, pula o muro, está na verdade buscando preencher um vazio emocional profundo. Quando tocarmos neste vazio, e ele “tomar posse” deste vazio, a tendência é não se drogar mais.
- É verdade! Eu queria saber porque ele faz isso. Tem tudo, o menino! Boa educação, carro, capacidade, uma família que está com ele...
- Pois é... mas é um erro pensar que a gente faz alguma coisa, como entrar num vício, porque existe deficiência na educação, falta de conforto, falta de apoio... Todas as pessoas tem vários sentimentos interiores. Gosta de uns, não gosta de outros. É mais agressivo, ou mais pacífico. Vai à luta, ou espera as coisas acontecerem. Tem paciência, ou é extremamente agitado. Tudo isso é natural, e não existe o certo ou errado. Cada um é cada um. Mas sabe o que leva alguém a ter uma determinada personalidade, por exemplo, mais apegada à agressividade?
- Não.
- É herança. Provavelmente genética, embora a ciência ainda não comprove. Chamamos isso de sistema familiar. Basta ver que os bebês já apresentam características, como calma ou agitação, logo nos primeiros dias de vida. E esta característica persiste por toda a vida.
- Não é o ambiente que forma a personalidade?
- Os impulsos mais profundos já nascem com o bebê. Todo o resto é colocado por cima dos impulsos básicos. Daí, os teóricos inventam um monte de teorias que não podem ser provadas e, o que é pior, não resolvem nada. Dizem que é culpa da mãe, do pai, do complexo disso ou aquilo...
- Mas e meu filho? Por que ele se droga? Como fazer ele parar de se drogar?
- O que seu filho quer, exatamente?
- Não sei...
- Pois é. O seu filho sabe, inconscientemente, que a droga poderá matá-lo, e ele assume esse risco. Qualquer ser humano que assume um risco de morrer, está indo contra o instinto mais básico, que é a sobrevivência. Uma pessoa que permite morrer, tem que ter um valor, uma apego a algo maior que a própria vida! Dá pra entender que esse vazio emocional dele é mais forte que o instinto de viver?
- Sim.
- Esse instinto, que é mais forte que a própria vontade de viver, nunca poderia ter sido causado por fatores externos, como uma má educação, um abandono, um maltrato na infância. Como eu disse, as emoções básicas já nascem com o ser humano. E são elas que determinam os acontecimentos exteriores, e não os acontecimentos exteriores determinam as emoções.
- Como assim?
- Já temos dentro de nós as tendências para alguns impulsos, para um tipo de personalidade, para a propensão ao uso de drogas ou outros vícios. Isso a ciência já admite. Este instinto de viciado, ao ser colocado frente a frente com a droga, pode disparar a qualquer momento.
- Então eu estou certo! O ambiente faz a pessoa se viciar...
- Se a pessoa não tiver a propensão, não. Quantas pessoas já pegaram, conviveram com drogados, até experimentaram, e nunca se viciaram?
- É verdade. E como resolver?
- É necessário que seu filho esteja disposto a aceitar esse vazio interior. Podemos resolver com um trabalho de constelação sistêmica, onde ele sentirá em si mesmo o que significa esse “tal vazio”, que o leva a consumir drogas, mesmo gostando muito de você e da sua família. Na constelação, estas emoções ficarão à tona, e poderão ser entendidas, aceitas, e automaticamente, elas deixam de fazer peso...
- A pessoa fica curada?
- Depende. Mas o vazio emocional dói menos, e com isso a vontade de preencher o vazio com drogas fica cada vez menor.

Entender suas emoções. Aceitar suas dores interiores e olhar para elas, sem medo, sem culpa, sem raiva. Elas estão aí por um motivo. Ignorá-las só aumenta a força e o incômodo. Observá-las, e deixá-las ir, alivia e cura. Nem é preciso entender isso. Basta, simplesmente, permitir.


Siddho Theresa Spyra é consultora e facilitadora de Constelação Familiar Sistêmica e Constelação Estrutural Sistêmica


últimas vagas para a próxima constelação sistêmica em grupo nesta semana! – clique aqui e saiba mais!



Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 10


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

foto-autor
Conteúdo desenvolvido pelo Autor Theresa Spyra   
Theresa Spyra é alemã, trainer e terapeuta com especialização em constelação sistêmica familiar, organizacional e estrutural. Estudou com a também alemã Mimansa Erika Farny, pioneira na introdução do método sistêmico de Bert Hellinger no Brasil, e aprofundou-se nos sistemas estruturais e organizacionais, com estudos no Brasil, Alemanha e Suíça
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.
Veja também
Deixe seus comentários:



© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 

Energias para hoje



publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2025 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa