A essência do feminino contém a semente do amor
Atualizado dia 4/25/2007 2:40:30 AM em Autoconhecimentopor Vera Godoy
Nossa missão como homens ou como mulheres, há muito determinada, passa por essa escolha.
É tempo de colheita e somos nós, mulheres, que realizamos esse serviço escolhido e aceito. Mas, o que andamos plantando?
Estaremos semeando nosso futuro com o pólen de nossa verdadeira essência? Sabemos que não... e a sociedade está se comportando de acordo com esse plantio, em relação ao nosso verdadeiro papel e sua influência nos moldes da geração futura.
A própria mulher não entende com clareza seu lugar, busca respostas em tudo, menos dentro de si mesma e acaba entrando nos julgamentos, e como isso significa um estado mental estagnado, ela deixa de crescer e se tornar una com sua própria essência.
Ao buscar incessantemente um caminho que nos faça mais feliz e íntegras, acabamos, muitas vezes, tirando conclusões sobre nosso destino nesta vida, a partir de coisas pequenas, padrões e crenças que foram condenados e motivo de muita insatisfação na antiguidade.
Negamos a essência do feminino, confundindo-o com submissão, fraqueza, e fragilidade, passando uma imagem que em nada se assemelha àquelas que são mulheres autênticas.
Somos responsáveis pelo rumo que a humanidade tomará!
O amor é a nossa natureza e por ele somos movidas. Temos dentro de nós o fogo sagrado, e é fundamental que cada uma exerça esta consciência com orgulho e com responsabilidade. Temos sofrido através dos tempos por não nos conscientizarmos da real importância do nosso papel na sociedade, que tenta controlar e desvalorizar a feminilidade, e acabamos não sendo respeitadas por esse atributo.
Nós, mulheres, temos o poder em nossas mãos, e devemos direcioná-lo para construir uma sociedade mais justa, onde o respeito pelo outro predomine.
Na Índia, Sri Sarada Devi (1853-1920) que é chamada afetuosamente de "Santa Mãe", foi a esposa de Ramakrishna, companheira espiritual e, apesar de viver uma vida muito simples, despretenciosa e extraordinariamente modesta, deixou ensinamentos com os mais altos conteúdos espirituais.
Através dela, o hindu atual descobriu a perfeição do ideal da feminilidade, que tanto tem solidificado sua cultura. “Nela se vêem realizadas aquela sabedoria e doçura que a mais simples das mulheres pode alcançar.
A grandeza da sua cortesia e sua mente incrivelmente aberta foram, maravilhosas.
Qual é a fonte do magnetismo desta personagem em todos os aspectos, que mudou o destino das mulheres de seu país através de seu exemplo, fazendo-as mais respeitadas pelos homens e admiradas pela sociedade?
Ela conseguiu captar, na sua vida e no seu ser, o valor fundamental que reside por trás da feminilidade da mulher e que transcende todas as distinções baseadas meramente no sexo e seus atrativos. A realização da mulher como mulher, como mãe, como fêmea, a realização, em carne e osso, do Eterno Feminino.
O próprio Sri Ramakrishna reconheceu a eminência espiritual de Sri Sarada Devi, mas, diferente da maioria dos aspirantes espirituais que abandonam todos os contatos mundanos ao entrarem na vida religiosa, ele a acolheu ao seu lado quando ela, no devido tempo, veio requerer seus direitos junto a ele.
Passado algum tempo, quando foi interpelado por este fato, Sri Ramakrishna, disse: “Quanto a mim, a Divina Mãe mostrou-me que Ela habita em toda mulher, e sendo assim, aprendi a olhar para toda mulher como Mãe. Ela não desejou arrastar minha mente para o plano mundano, veio somente para me ajudar no caminho que escolhi”.
Sua missão, no mundo, foi fazer as mulheres se tornarem conscientes da sua natureza divina inata e desempenharem este significativo papel com facilidade e naturalidade. Longe de se esquivar de um mundo de distrações e desejos mundanos, ela o abraçou, envolvendo-o em seu amor, preservando a naturalidade e a paz de sua personalidade.
Mirando-nos nesse exemplo, temos que buscar antes de tudo revelar o amor, que é parte latente em nós, para alimentar primeiramente a nós mesmas, para nos tornarmos fortes e preenchidas de uma vontade infinita de mudar hábitos, atitudes, e nossa realidade limitada.
Exercitar a generosidade, tanto conosco como com nosso mundo, e generosidade brota da consciência. Reconhecer os limites que nos impusemos ao longo do caminho e, pacientemente derrubá-los, um de cada vez. Saber que essa conquista é possível, mas precisa ser feita, um dia após o outro, unindo nossa vontade com responsabilidade, e reconhecer a imperfeição que alimentamos em nós, transformando-a na perfeição que potencialmente somos em essência.
Deixar que a generosidade presente em nossa essência, se derrame sobre o mundo alimentando a tolerância que gera a compaixão. Manifestar toda feminilidade sem se preocupar com os julgamentos, percebendo que ele só alimenta nossos limites, sabotando nosso discernimento e estreitando nossa visão.
Mãe Maria nos diz:
“Lembrai-vos que se algo de vossa realidade vos afeta é porque ela existe dentro de vós e precisa ser identificada e não mais tolerada, mas sim transformada na compreensão de que se criastes algo tendes o mesmo poder para transformar esse algo exercitando a única força que tudo transforma, o amor - o amor incondicional, irrestrito e verdadeiro - que sempre vos mostra que Deus existe em vós”.
Então, mulheres, já é hora de transformar o que ajudamos a criar para nós mesmas, assumir essa responsabilidade no momento presente é entender que podemos plantar algo muito superior, para que no futuro muitos possam despertar e redescobrir o caminho da felicidade, da harmonia, da paz e da Luz.
Plantar no coração dos homens, a semente do amor.
VERA GODOY
Participe do RESGATE DA ALMA FEMININA NO MÊS DA GRANDE MÃE
Texto revisado por: Cris
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