A ESTRADA MÁGICA
Autor Hellen Katiuscia de Sá
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/9/2005 11:38:47 AM
Diana seguia sempre em frente. Vez por outra ela encontrava alguém pelo caminho que a ajudava com algumas dicas ou ensinava-lhe coisas a respeito do trajeto. Ela também amparava a quem pedia e a quem podia... Conhecia cenários múltiplos e via fatos interessantes. Adorava esse universo. Ver coisas, pessoas, paisagens e situações diferentes alimentava sua alma, dava-lhe mais e mais força para caminhar pela estrada mágica!
E a trilha era comprida, pensava até que não tinha fim... Ao longo de todo o trajeto ela observava pessoas que desistiram de prosseguir. Sentavam no acostamento, cansadas de tanto andar, diziam que não saíam do lugar pois viam sempre as mesmas coisas e pensavam que em círculos elas andavam; e por isso desistiam...
Alguns pediam carona a Diana mas a garota explicava que a estrada é a mesma pra todo mundo; o que diferenciava era o olhar que cada indivíduo tinha dela e, nesse caso, Diana não poderia dar-lhe carona... Cada um tinha que ver as coisas com seus próprios olhos. Essa era a magia da estrada.
Alguns viam somente dor e sofrimento. Outros, que Diana encontrou pelo caminho, diziam o contrário: viram tanta beleza e felicidade que algumas passagens pela estrada mágica foram as mais incríveis de todas!
E essas pessoas felizes disseram a Diana que percorremos a mesma estrada inúmeras vezes porque ela tem detalhes sem fim e que não podemos identificar numa única passagem. Era a mesma estrada, mas o percurso tornava-se diferente por conter sempre elementos diferentes em cada trajetória. Seria como o jogo dos sete erros. Diana sabia que havia uma imagem que todos tinham que identificar para tornarem-se mágicos. E quando acontecia a estrada mudava novamente suas feições e era isso que motivava Diana a seguir sempre em frente. A aventura da vida a chamava constantemente.
Nem tudo fora aventura ao longo dessa trajetória; Diana também conheceu o sofrimento e a saudade em suas andanças. O sofrimento ela esqueceu; a saudade queria que Diana voltasse atrás... Foi muito difícil para ela abrir mão da saudade que encontrou pelo caminho, mas a sua vontade de seguir em frente foi, e sempre será, maior do que essa saudade ora amiga, ora traiçoeira...
E Diana segue adiante porque escolheu assim! Além disso, sabia que nessa estrada mágica ela encontraria algumas pessoas novamente, mas outras não. E tempos atrás, ela resolveu definitivamente deixar a saudade no acostamento e agora leva consigo apenas as lembranças leves e felizes, o conhecimento que adquiriu ao longo de suas andanças, garra e a vontade de viver aquilo que ainda não viveu.
Buscando sempre coisas novas Diana continua seu caminho sem carregar o peso de pessoas, lugares, situações ou lembranças traiçoeiras... Porque isso aconteceu há muitos e muitos dias, semanas, meses e anos atrás... E Diana vive o aqui e o agora.
Hellen Katiuscia de Sá
28 de setembro de 2005
Texto revisado por Cris
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