A ÉTICA DA FÉ!
Autor Carmem Calmon Lacerda
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 20/07/2011 09:54:08
Após lançar artigos ligados a doenças, principalmente males emocionais ou mentais, recebo alguns e-mails procurando ajuda ou simplesmente comentando o artigo. Felizmente não recebo e-mails agressivos. São apenas seres em busca de alento para suas dores.
Fiquei surpresa em receber alguns ontem após o artigo: "Quero matar minha sogra" ter ido ao ar.
Obviamente o título deixou muitos internautas curiosos, principalmente quem acompanha meu trabalho sabe que este pensamento não passaria pela minha cabeça.
Eu, na verdade, escrevi o texto de madrugada após ter um sonho no qual a história me era contada pela segunda vez no mesmo dia, porem, desta vez, como na maioria de meus sonhos, eu via tudo acontecer de forma fantasiosa, mas, muito real. Curiosa pelo fato de ultimamente estar dormindo muito melhor do que jamais dormi, resolvi levantar e fazer um chá ou alguma atividade que me mantivesse longe da cama e do rola pra lá e pra cá que apenas nos desperta ainda mais.
Logo me vi em frente ao computador (que fica na copa, pertinho do chá, do fogão e da tentação...) pensando: "Mas, Carmem, você já não combinou contigo mesma que não vai fazer atividades que possam aumentar a insônia?" Sim, fiz este acordo comigo, mas me sentia tão descansada e em paz, que resolvi passar algo deste sentimento para o papel, apenas registrar.
E assim surgiu a narrativa da história que havia me contado alguém que realmente faz uma enorme diferença em minha vida. Eu o fiz, também, como forma de agradecer ao universo a grande chance que me havia sido dada naquela noite de escolher entre uma atitude perniciosa, que iria ao menos entristecer ou mesmo prejudicar alguém importante para mim, de quem gosto mesmo, porque a pessoa errou, como se eu nunca tivesse errado.
Na outra ponta da consciência, a chance de fazer vibrar a compreensão e admitir que infelizmente para mim, sou responsável pelo que ocorre ao meu redor. Atraímos MESMO as energias boas e/ou ruins que nos acertam como flechas: de amor ou de dor!
Enfim, em mais uma linda noite de Segunda Feira, o amor venceu e fiz as pazes comigo mesma, fui abençoada com um prazer enorme que só mesmo a certeza de ter agido corretamente dentro do que prego: paz, amor, caridade, esperança, pode nos proporcionar.
Porém, uma pessoa me perguntou se eu poderia explicar melhor a mensagem da história pois ela estava iniciando sua busca moral/espiritual e queria mais detalhes caso eu me dispusesse a faze-lo. Conhecia (a mãe contava), semelhante história, mas nunca havia parado para pensar detalhadamente a respeito. Como não acreditava em coincidências e também não tinha o costume de ler minha página sempre, ficou surpresa com o titulo e decidiu ler, mais surpresa ficou com a "coincidência" e decidiu me escrever.
Então, explico como sinto. CARIDADE, este foi o principio espiritual e moral que aprendi em primeiro lugar em minha vida, de meus pais, principalmente pelo exemplo de uma mulher (minha mãe) que acolhia com carinho, mesmo não concordando plenamente, todos que o marido (meu pai) levava diariamente para almoçar em casa, e que geralmente saiam levando um par de sapatos ou uma muda de roupa.
- "Mas, meu bem, era quase nova, para você trabalhar, oras! Dizia ela, ao que meu pai respondia com um sorriso e a chamava para um cafezinho acompanhado de um cigarro e uma melodia no violão - ela não resistia, desistia se entregava ao "doido varrido de seu marido", como o chamava nestas horas.
Na Segunda Feira foi este aprendizado que em impulsionou, me peguei pensando: em que parte de meu caminho eu esqueci este aprendizado de berço? Em que parte do caminho eu deixei que a urgência em acalentar meu ego ferido fosse maior do que a urgência em compreender o outro. Onde esqueci meus estudos profissionais e de terapeuta me tornei cliente: confusa, amedrontada, temerosa do que os outros pensariam caso eu não buscasse maior compreensão do fato ocorrido. Em que pedaço de meu caminho eu abandonei minha fé no que sou e sinto e dei asas ao "melindrismo"? E, como nas histórias de meu pai, tudo deu certo no final.
Então, esclareço: o texto "Quero matar minha sogra" foi, inicialmente, uma maneira de registrar um fato maravilhoso que havia acontecido, um presente que me foi ofertado pelo Pai através de um ser que amo.
HOJE o que tenho a dizer é que realmente há uma mensagem, a de que a Fé remove obstáculos que achamos que não podemos nem ao menos contornar, e que a esperança realmente não é a ultima que morre, ELA NÃO DEVE MORRER! A ética deve primar em nossas relações e conflitos devem ser conversados com a outra parte, diretamente sem intermediários senão o nome é "FOFOCA", e que, os erros estão lado a lado com os acertos, apenas uma questão de escolha.
Mas o mais importante, eu creio, é saber que, mesmo quando erramos em pensamento ou atos, existe ainda uma chance, ela se chama AMOR: tenha amor no coração e em um instante este flash que eu tive irá acontecer a você e verás que de outro ponto de vista que as coisas não são sempre o que parecem, as vezes uma palavra basta.
A mensagem é , na verdade, muito conhecida de todos nós:"Não faça ao outro o que não deseja a ti!"
Amemos muito,
Eu te amo
Kri
Avaliação: 5 | Votos: 7
Trabalho e estudo Aromaterapia, Florais de Bach e Califórnia, Terapia do Barro (GEOTERAPIA) e Shiatsu Emocional. Sou Reflexoterapeuta e Fitoterapeuta. Muito confiante e feliz com o meu trabalho, faço com estudo e amor. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
