A grande batalha da alma humana
Atualizado dia 5/28/2019 8:13:24 PM em Autoconhecimentopor Paulo Tavares de Souza
Quanto estamos diante de dificuldades, o demônio da descrença aparece, junto dele o demônio do desânimo, mas, para trazer equilíbrio aos processos psíquicos, atrás de outras trincheiras, aparecem os anjos: o da confiança e o da coragem; desta forma, uma batalha interior tem início. Esse conflitos representam a dinâmica do nosso mundo interior, da mesma forma, todo o Universo também é movimentado por contradições.
Quem sairá vencedor, o grupo demoníaco ou o grupo angelical? Isso depende daquilo que queremos reforçar em nós, pois tanto um exército quanto o outro, ambos, serão nutridos pela nossa consciência. Somos apenas espectadores desse embate, não estamos no combate, mas o nosso envolvimento, de alguma forma, irá fortalecer aquele lado que apoiarmos.
Parece um discurso esquizofrênico, mas somos todos assim: esquizofrênicos. Trazemos a luz e sombra dentro da gente e somos compelidos constantemente a escolher um dos lados. Muitos optam por apoiar o grupo dos demônios e isso, quando ocorre de forma recorrente, desenvolve vícios terríveis, difíceis de serem superados, diferente daqueles que se alinham ao exército da luz e aceitam esse confronto como uma etapa de aprendizagem.
A arma mais poderosa do exército dos demônios é o medo, seus combatentes adotam estratégias que envolvem a insegurança, a ansiedade e principalmente a preocupação. Em contrapartida, do outro lado, o exército dos anjos, responde com a aceitação, a confiança e, lógico, com a sabedoria.
A arma mais poderosa usada pelo exército dos anjos é a razão, pois esse instrumento é uma verdadeira bomba atômica contra o medo que controla o exército demoníaco. Sempre que usamos a razão, todos os construtos mentais negativos são desarticulados. O exército inimigo tenta responder com a emoção, outra arma poderosa, mas ele só consegue ter êxito diante das fragilidades criadas pela ignorância.
Buscar o conhecimento, investigar as causas de nossas mazelas psíquicas através de profundas inquirições, ainda é o meio mais rápido de fortalecer o exército de anjos que queremos lograr vencedores.
Nas escrituras sagradas, encontramos no Bhagavat Gita, uma perfeita analogia dessa batalha que acontece em nosso mundo interior, De um lado, Arjuna, o príncipe dos Pândavas, comandante do exército dos anjos. Do outro lado temos Dhritarastra, o líder dos demônios interiores, aqueles que Arjuna precisava entrentar, mas precisou do apoio de Krishna - a nossa consciência -, pois estava quase desistindo dessa luta. Arjuna viu os seus parentes e amigos do outro lado, ou seja, ele criou um verdadeiro apego por aquilo que precisava ser enfrentado. Isso acontece com todos nós, nos apegamos ao mal, pois esse inimigos são muito perpicazes, quase sempre nos consolam com algum tipo de prazer transitório, eles têm o poder de nos manter entorpecidos, entretanto, Krishna, aquele que representa o nosso Eu Verdadeiro, aquele que não está na batalha, pois sempre será o espectador, trata de insuflar o comandante Arjuna ao combate.
As trevas nunca irão vencer a luz, isso é impossível. O Sol nunca jamais conhecerá a sombra, pois a sua simples presença dissipa completamente aquilo que só existe em função de sua ausência. A sombra é uma ilusão, um campo negativo, carente da luz, ela sinaliza apenas a nossa ignorância e é justamente no solo fértil da ignorância que germina o Samsara.
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